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Conseguirá o café descolar do macro?

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 05/10/2009

4 MIN DE LEITURA

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Comentário Semanal - 28 setembro a 2 de outubro de 2009

A semana se encerrou com as bolsas de valores ao redor do mundo em sua maioria fechando em baixa em função de sinais de que a recuperação das economias será lenta com a sombra do desemprego piorando, como comprovado na sexta-feira a perda dos postos de trabalho maior do que esperada nos Estados Unidos. Nem a revisão mais positiva do FMI com relação a perspectiva do crescimento do PIB mundial em 2010 de 2.5% para 3.1% em 2010 conseguiu animar os investidores.

O dólar americano firmou levemente contra a maior parte das outras moedas, com exceção do real brasileiro, que venceu a batalha se fortalecendo ainda mais. O índice Bovespa também bateu as outras bolsas, subindo principalmente depois do anúncio da vitória do Rio de Janeiro como a sede das olimpíadas de 2016. Se a história serve como referência, diz-se que o mercado acionário dos países escolhidos para sediar os jogos sobe em média 2% nos 5 primeiros dias após a escolha feita - o Ibovespa apenas na sexta subiu 1.18%.

Para as commodities, a performance foi bastante positiva até a quarta-feira, quando se deu o encerramento do 3º trimestre. Os fundos se esforçaram para manter os ganhos em carteira e mostrar aos seus clientes, porém na quinta e na sexta parte dos ganhos foram devolvidos.

O café, por outro lado, não escorregou nos dois primeiros dias de outubro e fechou a semana com alta de US$ 2.65 por saca em Nova Iorque, e US 4.50 por saca em São Paulo. Em Londres o movimento foi de queda de US$ 1.02 por saca.

Notícias de que o fundo de um banco alemão comprará 5 mil lotes entre os dias 19 e 30 de outubro serviram de estímulo para a puxada, mas mais importante do que isto foi a ausência de vendas de origens, a firmeza do Real e o estreitamento da arbitragem de BMF/ICE, sem falar é claro dos fundos terem parado de vender.

Os preços, por enquanto, estão respeitando o intervalo entre 125.00 e 130.00, e um fechamento abaixo ou acima dos respectivos níveis, em um dia de alto volume de negociação, definirá os próximos objetivos.

O relatório de posicionamento dos participantes (o COT) divulgado na sexta-feira, 02, animou um pouco os baixistas que acreditavam em quedas maiores, já que os fundos apareceram com uma posição líquida comprada de 14 mil lotes, apenas 1200 lotes a menos do que na uma semana antes, e depois de uma queda de 12.55 centavos por libra-peso.

Os altistas por outro lado dizem que, como os fundos aproveitaram para liquidar uma parte da posição bruta vendida (e não venderam mais apesar da queda), significa que os fundos não vão ficar "short" (vendidos).

Do lado fundamental, a estória não se alterou no que se refere à oferta de café nas origens, que continua limitada, e com a queda da bolsa secou mais ainda. Prova disto é o incrível estreitamento do diferencial de reposição no Brasil que para os cafés finos está em apenas um dígito negativo, e da arbitragem que está em -13.65 centavos.

Para deixar ainda mais apavorados os exportadores brasileiros ou dealers-internacionais que estão vendidos em diferenciais, e descobertos, as chuvas contínuas no cinturão de café no Brasil traz à memória o excesso de chuva na Colômbia no ano passado, que resultou em uma safra menor este ano. Porém, parece que a florada que deve abrir esta semana deve tranquilizar um pouco.

A busca por cafés de bebida tem sido ingrata, já que os produtores represam a venda deste tipo de café e se desfazem dos riados, dando a impressão que acabou o café fino. Para contra-balancear o efeito de escassez, o volume de embarque não está pequeno, e o importador por enquanto não se mostra preocupado com o abastecimento, e tão pouco com o preço, pois sabe-se lá como há vendedores oferecendo diferenciais agressivos.

Vamos torcer para que o mercado tenha encontrado um "chão" e volte a subir mais, e que isto aconteça nas próximas duas a três semanas, antes que nossos irmãos produtores da América Central e Colômbia comecem a vender a sua safra, com receio de que o Brasil faça o mesmo caso uma florada bonita e promissora se materialize. Um outro risco que o café corre é ser empurrado para baixo caso haja uma continuação da queda das bolsas e de liquidação de commodities.

Para finalizar, notamos um incremento razoável da posição comprada de pessoas-físicas na BM&F, antecipando a puxada de Nova Iorque e causando o efeito aqui mencionado da arbitragem. Há sempre um receio de que estas compras sejam devolvidas rapidamente caso o mercado americano não mantenha os ganhos e volte a testar os 125.00 centavos. Embora a indústria tenha bom interesse de comprar no mercado abaixo deste nível, uma nova onda de venda de fundos pode ser mais forte e limpar estas compras. Tomem cuidado!

Tenham todos uma ótima semana e muito bons negócios.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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