Os contratos para mar/08 fecharam em 147,95 cents/lb (R$ 341,91/sc), leve alta de 5 pontos (+0,03%). Com igual variação positiva, set/08 ficou em 154,80 cents/lb (R$ 357,74/sc). A maior valorização foi no vencimento dez/08, 15 pontos (+0,10%), cotado em 157,90 cents/lb (R$ 364,91/sc).
Em NY, o volume operado nesta terça-feira foi de 48.980 contratos, o volume de opções de venda e compra foi de 23.552 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 190.373 contratos com redução de 766 lotes em relação a sessão anterior, de acordo com Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros.
Segundo informações da Dow Jones, a Kraft Foods elevou os preços de suas linhas de café, Maxwell House e Yuban, em 15 cents por medida de 11 a 13 onças (medida de peso equivalente a 28,34 gramas). O café instantâneo foi reajustado em 3 cents por onça. "A medida foi uma resposta a alta sustentada das cotações do café verde desde nosso último reajuste, em outubro", afirmou Bridget MacConnell, porta-voz da companhia. A Procter & Gamble, dona da marca Folgers, e Massimo Zanetti, proprietária da Chock Full o` Nuts, anunciaram aumentos semelhantes entre ontem (11) e hoje (12).
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Diante do bom humor predominante nos mercados externos na sessão desta terça-feira (12), o dólar encerrou em queda, recuo de 0,70% e cotado a R$ 1,747 (compra), fortemente pressionado pelo noticiário corporativo, de acordo com o InfoMoney.
Com o intuito de amenizar a deterioração das condições de liquidez, Citigroup, Bank of America, Countrywide e mais três instituições financeiras também dos EUA anunciaram o plano Project Lifeline, a fim de ajudar os mutuários com risco de execução de hipotecas.
Outra notícia que foi bem recebida pelo mercado foi a declaração do presidente da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, anunciando oferta a grandes seguradoras norte-americanas para absorver cerca de US$ 800 bilhões das obrigações financeiras das instituições.
O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro subiu cerca de 2,3%, elevando o bom humor interno e influenciando a cotação da moeda brasileira.
E como de costume, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista em leilão nesta terça-feira, com taxa de corte em R$ 1,7487.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
O mercado do robusta, em Londres, apresentou mais um dia de queda. Os contratos para mar/08 fecharam em US$ 2.197/ton (R$ 230,29/sc), recuo de 13 pontos (-0,59%). Maio/08, com desvalorização de 11 pontos (-0,49%), ficou em US$ 2.227/ton (R$ 233,43/sc).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
A BM&F, que operou em alta (exceto no vencimento mar/08), apresentou a maior volatilidade dos últimos cinco dias úteis, nesta terça-feira. Mar/08 ficou com 1,48% e set/08, 1,39%. A cotação ficou em US$ 175,00/sc (R$ 305,73/sc) para mar/08, queda de US$ 0,25/sc (R$ 0,44/sc), com 1.271 contratos negociados e 3.770 em aberto. Para set/08 foram negociados 2.531 contratos a US$ 184,10/sc (R$ 321,62/sc), alta de US$ 0,25/sc (R$ 0,44/sc). Em aberto ficaram 23.461 contratos.
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Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Sem grandes surpresas nas bolsas, o dia foi de estabilidade nos preços do mercado físico. O indicador Esalq-arábica registrou ligeira queda (-R$ 0,24/sc), cotado em R$ 280,12/sc. No entanto, comparado ao mês anterior e a três meses atrás, registra alta de 3,79% e 15,06%, respectivamente. O indicador para conilon teve alta de R$ 0,88/sc, fechando em R$ 214,99/sc. No comparativo de um mês e três meses, registra menor valorização do que o arábica, 2,28% e 4,53%, respectivamente.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint