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Café faz nova mínima pressionado pelo macro

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 16/02/2016

3 MIN DE LEITURA

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O ano de 2016 começou com grande nervosismo dos investidores, mal acostumados com as constantes ajudas dos bancos centrais das principais economias do mundo. Os medos são de uma contínua desvalorização da moeda chinesa, da revisão de crescimento mundial parcialmente influenciado pela recessão brasileira, da queda acentuada das commodities que expõe os bancos financiadores de matérias-primas, e até dos estoques de títulos corporativos em um cenário macro que pode ceivar lucros das empresas.

Foto ilustrativa: Roberto Seba / Café Editora
Foto ilustrativa: Roberto Seba / Café Editora

A alta volatilidade das bolsas de ações e das commodities está exacerbada também pela liquidez mais baixa, e assim virou comum o petróleo, por exemplo, oscilar 5% em uma sessão, sendo que em alguns dias o preço salta ou desmorona até 12%!!

Na última sexta-feira o CEO de um banco americano disse que estava aumentando sua posição em ações da instituição, dizendo que o preço do papel está muito baixo, uma forte indicação que animou os mais desesperados. Um banco alemão, o maior do país, soltou uma nota dizendo que também compraria suas ações negociadas no mercado livre, sinalizando que tem caixa suficiente e dissipando, ao menos momentaneamente, a percepção de fragilidade da empresa.

O café começou o ano caindo depois de encerrar 2015 a US$ 126.70 centavos por libra – este é meu primeiro comentário de café desde 13 de dezembro. Influenciado pelo mau humor dos mercados, Nova Iorque fez uma nova mínima desde 2 de janeiro de 2014 e Londres buscou os patamares que não víamos desde maio de 2010.

Curiosamente não foram os fundos os únicos responsáveis em achatar as cotações. As origens deram suas contribuições com vendas no mercado futuro maiores do que se esperava. O fluxo no mercado físico brasileiro, colombiano, hondurenho e vietnamita deu indicação aos agentes de que as elevadas exportações não diminuiriam tão rapidamente – na verdade o Vietnã vinha de embarques menores, acelerando um pouco mais apenas recentemente.

O clima voltou ao noticiário no fim de janeiro apontando seca em regiões da Colômbia com o potencial de reduzir a safra em 1 milhão de sacas. Mais do que o número absoluto creio que a interrupção do crescimento da produção no país que voltou a produzir acima de 12 milhões de sacas é um fator positivo para o terminal, dado que os outros países produtores de café lavado há tempo estagnaram o volume produzido.

No Brasil a falta de chuvas no norte do Espírito Santo também compromete a safra do conilon, para 2016/2017 com a perda de chumbinhos, murchamento dos frutos e também a diminuição do potencial para o ciclo de 2017/2018 em função do baixo crescimento vegetativo. Desta forma a esperada super-safra de 60 milhões de sacas (número de alguns agentes) não será mais uma realidade, resultando em uma oferta global próxima do equilíbrio com o consumo. Se considerarmos os estoques de passagem baixos nas origens e estáveis no destino, o viés para os terminais acabam sendo positivos – isto se o dólar não se fortalecer muito mais.

O índice do dólar está pontualmente mais fraco com a perspectiva do FED aumentar os juros apenas mais uma vez em 2016 ao invés dos quatro incrementos que os mercados apostavam em dezembro – a derrocada dos ativos de risco é o motivo da revisão.

O sentimento predominante neste momento é de uma nova queda nas cotações do café não apenas pelos fundos terem já coberto uma boa parte de suas posições vendidas, mas também pela fraqueza do Peso Colombiano e do Real, que mantém estes dois países mais ativos no lado vendedor.

Por outro lado é bom observar que muito das vendas brasileiras são fixações já da próxima safra, e também algum volume de 2017/2018, diluindo assim a pressão vendedora no início da colheita. Quem está ficando vendido apostando que os produtores serão mais agressivos a partir de maio pode se surpreender.

Para finalizar, os estoques certificados do contrato “C” não param de cair, reflexo dos firmes diferenciais de reposição e no FOB, outro fator positivo já sentido no estreitamento da estrutura (spreads).

Se o mundo no mercado financeiro não acabar, o petróleo parar de cair e o Brasil tentar não fazer mais trapalhadas políticas e fiscais, Nova Iorque pode voltar a trabalhar próximo de US$ 130.00 centavos por libra, nível que fundamentalmente faz mais sentido do que as cotações de US$ 100.00 centavos que os baixistas crerem ser mais “reais”.


Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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