Londres também fechou em queda frente ao dólar em alta, com desvalorização de dez dólares por tonelada. A moeda americana fechou o dia a R$ 1,6679 após divulgação de indicadores desfavoráveis nos Estados Unidos sobre mercado imobiliário e setor produtivo.
De acordo com Mauro L. Dos Santos, da Investbras Mercados Futuros, em NY o volume operado nesta quinta-feira foi de 13371 contratos, o volume de opções de venda e compra foi de 8542 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 155.657, com redução de 1429 lotes em relação à sessão anterior. Os estoques certificados tiveram aumento de 7173, somando 4.371.484 sacas.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o Infomoney, o dólar comercial encerrou esta quinta-feira em avanço frente ao real após sessão movimentada pelas incertezas quanto à economia norte-americana e pela perspectiva de que o aperto monetário no Brasil será promovido em curto prazo. Internamente, o fraco desempenho de blue chips afastou investidores, dado o recuo nos preços internacionais de commodities.
Os negócios desta quinta-feira foram afetados pela instabilidade em Wall Street, onde indicadores contrastantes abalaram a confiança de investidores. No cenário corporativo, os dados não são menos destoantes e somaram-se para que os mercados apresentem volatilidade nesta sessão.
Na pauta de indicadores norte-americanos, as encomendas de bens duráveis e as vendas de residências novas vieram piores que o esperado; já os pedidos por auxílio-desemprego forma menores que o previsto.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
Em Londres, queda de 10 pontos para a posição julho/08, que fechou a R$228,57/sc. Para maio, baixa de 13 pts por tonelada, ficando em R$224,27/sc. Na semana passada, o robusta chegou a ser cotado a US$2344/t em maio, ou seja, 103 pts a mais, a maior alta do mês. Cada 10 pontos são equivalentes a US$0,6/sc aproximadamente.
A colheita de café da Indonésia está acontecendo mais devagar do que se esperava devido às chuvas que estão impedindo tanto a colheita como a secagem dos grãos. Por outro lado, cerca de 1000 toneladas são esperadas para a próxima semana, advindas da principal província produtora de café de Lampung.
Na Índia, os preços do café foram segurados pela apertada disponibilidade de café arábica lavado e pelo grande interesse de compra por parte das empresas de café solúvel. "As Companhias de café espresso demonstram muito interesse de cobrir estoques de robusta antes de junho", afirmou um operador de Bangalore.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A BM&F segue em baixa com desvalorização de US$4,95 para os vencimentos de maio/08, cotados a US$156,55/sc. A posição julho/08 fechou também em queda, a US$ 159,00/sc. Baixa de US$4,15/sc para a posição setembro/08, fechada a US$161,50/sc, com 3053 contratos negociados. O dólar, para efeito de conversão, foi fechado a R$1,6679, de acordo com o Banco Central.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
Queda de R$ 10,00 no preço da saca do Arábica tipo 6 bebida dura para melhor negociada nas praças de Franca, SP e Vitória da Conquista, BA. Em Guaxupé, a saca foi vendida a R$249,00, R$6,00 a menos do que no dia anterior. O preço de mercado do café segue estável em todas as outras praças do País, a R$ 250,00/sc no Triângulo Mineiro (safra nova) e R$ 255,00/sc na Zona da Mata mineira (safra nova). O índice Cepea/Esalq fechou com queda de 1,90%, cotado a R$ 252,36/sc.
O Conilon tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13, em São Gabriel da Palha/ES, manteve o preço da saca estável, a R$ 208,00. O índice Cepea/Esalq teve nova baixa, de 1,59%, fechado a R$ 216,49/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
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Julio Frare, Equipe CaféPoint