"Para amanhã, (hoje) é possível a continuidade desse comportamento e com isso nenhuma novidade relativa a volatilidades deverá aparecer. Os negócios encontram enormes dificuldades para serem concretizados, já que as liquidações externas, e por tabela os preços vigentes, não contribuem para que a liquidez volte à rotina cafeeira", afirma.
De acordo com a Mellão Martini, as operações no mercado cafeeiro encerraram o dia inalteradas. Em NY a posição julho trabalhou entre a máxima de 60 e mínima de 230 pontos, fechando com - 35 pontos, ou -0,35 cents/lb. No mercado interno, o volume de negócios permaneceu restrito.
As bolsas de NY e Londres operaram em queda, com variação de até 2,6%. A posição julho em NY fechou a R$ 298,94/sc.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O Dólar finalizou o dia em leve alta de 0,04%, cotado a R$1,6574 ontem, quarta-feira, mantendo-se praticamente inalterado em relação à cotação de terça. A elevação da taxa básica Selic pode atrair ainda mais dólares do exterior, aumentando a oferta da moeda no mercado nacional, o que poderá pressionar baixas ao patamar de até R$1,60, de acordo com o diretor operacional da NGO Corretora de Câmbio, Francisco Gimenez.
Até às 10h de hoje, a moeda oscilava entre R$ 1,6570 e 1,6635, com previsão de alta, após divulgação de indicadores desfavoráveis nos Estados Unidos sobre mercado imobiliário e setor produtivo.
Segundo o InfoMoney, o cenário internacional mais tenso desta sessão também é influenciado pelo resultado desfavorável do Credit Suisse, com baixas contábeis próximas a US$ 5,4 bilhões, o que trouxe novamente à tona os temores em relação à "saúde" das instituições financeiras.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
A bolsa de Londres fechou em baixa, com os contratos para maio/08 apresentando variação negativa de 60 pontos em relação ao dia anterior, cotados a R$224,15/sc. Os contratos de vencimento previstos para setembro/08 apresentaram desvalorização de 62 pontos, fechando a R$228,32/sc. Cada 10 pontos são equivalentes a R$0,98 aproximadamente.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
BM&F segue em baixa, desta vez com desvalorização de US$0,40 a US$0,50 para todos os vencimentos. Posição maio/08 fechou a US$ 161,50 ou R$ 267,67/sc e a posição julho/08 a US$ 162,90 ou R$ 269,99/sc.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
O preço de mercado segue estável em todas as principais praças do País. Ontem, quarta-feira 23 de abril, a saca do café Arábica tipo 6 bebida dura para melhor foi vendida a R$ 255,00 em Guaxupé; R$ 250,00 no Triângulo Mineiro (safra nova) e Zona da Mata e R$ 260,00 em Franca, SP. Em Vitória da Conquista, BA, a saca do café despolpado também foi negociada a R$250,00. O índice Cepea/Esalq fechou com queda de 0,62%, cotado a R$ 257,26/sc.
O Conilon tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13, em São Gabriel da Palha/ES, também manteve o preço da saca estável, a R$ 208,00. O índice Cepea/Esalq teve nova baixa, de 0,64%, fechado a R$ 219,99/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Julio Frare, Equipe CaféPoint