O volume operado foi de 1.274 contratos futuros no pregão viva-voz e 6.678 contratos na ICE (Eletrônico), o volume de opções de venda e compra foi de 6.123 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 155.570 contratos com aumento de 452 lotes em relação a sessão anterior, de acordo com Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros.
Segundo Mauro, os preços se movimentam cruzando a linha de média móvel sem uma tendência claramente definida. O suporte está em 128,30 - 123,70, e as resistências em 131,45 - 133,00.
A Safras & Mercado apontou para 2008/09 uma safra brasileira de café entre 47,60 a 49,90 milhões de sacas. Já a produção 2007/08 foi ligeiramente revisada para cima de 36,5 milhões de sacas para 37,1 milhões de sacas, em função de rendimento acima do esperado em alguns estados. A produção total de arábica 2008/09 foi indicada em 35,7 a 37,3 milhões de sacas, com aumento de 39% a 45% sobre 2007/08 (25,65 milhões de sacas). Já a safra 2008/09 de conillon foi colocada em 11,9 a 12,6 milhões de sacas, devendo ter crescimento de 4% a 10% na comparação com 2007/08 (11,45 milhões de sacas). Veja posição do CNC contrária a essa estimativa aqui.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar (compra) fechou a R$ 1,795, desvalorizado 1,52% em relação ao dia anterior. Na semana, apresenta queda de 0,34%.
De acordo com notícia do InfoMoney, a Merrill Lynch propõe um estudo sobre o câmbio internacional que acusa vulnerabilidades diante da conjuntura atual. Segundo o banco de investimentos, o dólar já está relativamente desvalorizado frente às principais moedas globais. E a situação tende a piorar.
A provável seqüência de cortes na Fed Funds Rate deve levar o juro básico norte-americano a 2,50% ao ano até o final de 2008, prevêem os analistas. Se comprovado o ajuste, haverá bastante espaço para a queda do dólar.
Por outro lado, outras autoridades monetárias importantes ainda não sinalizaram medidas sólidas de flexibilização. Nesta semana, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra decidirão suas taxas de juro, sem perspectivas de afrouxamento.
Alguns fundos soberanos já anunciaram a intenção de diversificar ativos, reduzindo a exposição à moeda norte-americana. Outros devem fazer o mesmo nos próximos meses, gerando um efeito em cadeia contra a confiança na divisa como reserva de valor.
Se a China e o Oriente Médio confirmarem rumores de troca agressiva do dólar por outras moedas, a desvalorização assumirá um ritmo mais contundente. Porém, tal movimento é pouco provável; seria prejudicial às políticas comerciais dessas regiões.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Londres registrou alta nesta quarta-feira. Os contratos para jan/08 fecharam a US$ 1.771/ton (R$ 190,72/sc), valorizados 31 pontos (+1,78%). Mar/08 apresentou alta de 27 pontos (+1,53%), cotado a US$ 1.792/ton (R$ 192,98/sc).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
Dia de volatilidade baixa na BM&F, 0,28% e 0,44%, respectivamente para dez/07 e mar/08. Dez/07 fechou a US$ 157,30/sc (R$ 282,32/sc), alta de US$ 0,60/sc (R$ 1,08/sc), com 68 contratos negociados e 647 em aberto. Mar/08 ficou em US$ 163,80 (R$ 293,99/sc), variação positiva de US$ 1,25/sc (R$ 2,24/sc), negociados 919 contratos, ficando para o dia seguinte 9.012.
Foram negociados 130 contratos de opções nesta quarta-feira.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
No mercado físico, estabilidade na maioria das praças. Houve queda, no entanto, em Franca/SP, para o arábica tipo 6 (bebida dura para melhor), cotado a R$ 258,00, recuo de R$ 2,00/sc. Em Araguari/MG, a saca apresentou alta de R$ 5,00, cotada a R$ 260,00. O indicador Esalq-arábica fechou em R$ 260,93, valorizado R$ 2,72/sc.
O conilon segue estável nas praças levantadas, Vitória/ES e São Gabriel da Palha/ES. O indicador Esalq-conilon fechou a R$ 206,56, alta de R$ 0,92/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint