O café para março 2008 ainda trabalha sem uma tendência claramente definida porém sob leve pressão. Um fechamento acima de 127,45 cents/lb poderia ser positivo para os preços, segundo Mauro L. Dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros. Segundo ele, o suporte está em 125,05 e 122,60 e a resistência, em 127,45 e 130,10, valores onde existe a maior presença de compradores e vendedores.
Segundo dados do Cecafé, 149.170 sacas de café foram embarcadas nesta sexta-feira. Destas, 138.530 foram de arábica e 10.640, de conilon. No acumulado do mês, 1.488.287 sacas foram exportadas, 3,02% mais que o mesmo período do mês anterior (1.444.580 sacas). Foram 1.397.576 sacas de arábica frente 1.292.508 no mês anterior, +8,12%. Em relação ao conilon, foram embarcadas 90.711 sacas ante 152.072 em out/07, 40,34% a menos.
O dólar (compra) fechou em R$ 1,795, valorizado 1,21% em relação ao dia anterior. Na semana, registrou alta de 3,15%.
De acordo com o InfoMoney, a despeito da recuperação das bolsas norte-americanas, o dólar encerrou em valorização nesta sexta-feira. O cenário mais ameno foi sustentado pela agenda fraca de indicadores no plano externo, transferindo o destaque da sessão ao noticiário corporativo. Na visão de analistas, o dia foi utilizado pelas multinacionais para remeter lucros para seus países de origem, ocasionando uma saída de capitais e dando base à alta da divisa.
No Brasil, a inflação esteve na pauta do dia, com o IPC-S marcando leve aceleração em sua passagem semanal, segundo InfoMoney. Em contrapartida, o IPCA-15 registrou em novembro uma alta nos preços de 0,23%, levemente abaixo da registrada no mês anterior. O Banco Central novamente interveio na sessão, comprando dólares à vista, via leilão, operação que realiza diariamente desde meados de outubro. Na sessão, a taxa de corte da moeda foi fixada em R$ 1,7895, ao menos duas propostas foram aceitas.
Gráfico 1. Cotação do dólar (R$)
No mercado futuro do robusta, em Londres, o contrato nov/07 fechou em US$ 2.329/ton (R$ 250,89/sc), alta de 8 pontos (+0,34%). No acumulado da semana, está 2,18% desvalorizado. Jan/08 ficou em US$ 1.836/ton (R$ 197,78/sc), valorizado 10 pontos (+0,55%). A variação negativa foi maior, na semana, para esse vencimento, -2,29%.
Gráfico 2. Contrato café, LIFFE
Nesta sexta-feira, a BM&F operou em queda. A volatilidade nos preços para dez/07 foi de 0,81%. Para mar/08, 0,89%. A saca fechou em US$ 153,05 (dez/07), -US$ 0,25/sc, com 157 contratos negociados e 3.246 em aberto. Convertendo em reais, esse vencimento fechou a R$ 274,79/sc, queda de R$ 0,45/sc. Mar/08 ficou em US$ 159,05 (R$ 285,56/sc), baixa de US$ 0,25/sc (R$ 0,45/sc), com 269 contratos negociados e 8.920 em aberto. Na semana, dez/07 está desvalorizado 2,89% e mar/08, 2,21%.
Não houve contratos de opções negociados.
Gráfico 3. Contrato café, BM&F
No mercado físico, alta em algumas praças. Em Guaxupé, MG, a saca do arábica (TP 6 dura-melhor) fechou em R$ 260,00 (+R$ 2,00/sc). O indicador Esalq-arábica ficou em R$ 246,53, alta de R$ 0,84/sc.
O conilon permaneceu estável. Apenas o indicador Esalq-conilon fechou em R$ 206,80, com pequena alta de R$ 0,11/sc.
Gráfico 4. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint