O volume operado nesta quinta-feira foi de 21.324 contratos, o volume de opções de venda e compra foi de 22.529 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 194.217 contratos com redução de 7.626 lotes em relação a sessão anterior, de acordo com Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros.
Marcus Magalhães, da Maros Corretora, ressalta que os patamares internacionais estão bem altos e com potencial para testar novos limites já que há o devido suporte do quadro fundamental do setor café.
Os contratos para mar/08 ficaram em 156,35 cents/lb (R$ 353,59/sc), alta de 175 pontos (+1,13%). A variação positiva foi de 185 pontos (+1,14%) para set/08, cotado em 163,70 cents/lb (R$ 370,21/sc).
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Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar compra fechou em queda de 1,42% em relação ao dia anterior, cotado a R$ 1,710. A desvalorização da moeda norte-americana chega a 17,78% no período de 1 ano.
Segundo o InfoMoney, em sua quarta sessão seguida de desvalorização, o dólar comercial terminou esta quinta-feira (21) com a menor cotação desde maio de 1999.
A baixa é motivada, entre outros fatores, pelo conteúdo da ata da última reunião do Fed, que sinalizou a continuidade de cortes na Fed Funds Rate. Uma vez que a expectativa é de manutenção da taxa básica de juro no Brasil, a previsão é de aumento no ingresso de recursos.
Nem mesmo o leilão de compra de dólares realizado pelo Banco Central (BC), com taxa de corte estabelecida em R$ 1,7090, foi capaz de elevar a cotação da moeda norte-americana.
Além disso, investidores avaliaram a informação do BC de que as reservas internacionais do Brasil superaram a dívida externa em US$ 4 bilhões no mês de janeiro, apontando que o país pode passar de devedor a credor no resultado das contas externas, que será divulgado na próxima semana.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
O mercado futuro do robusta, em Londres, já atingi patamares acima de 20% de valorização no período de um mês. Os contratos para mar/08 fecharam em US$ 2.407/ton (R$ 246,90/sc), nesta quinta-feira, alta de 47 pontos (+1,99%). Maio/08 ficou em US$ 2.445/ton (R$ 250,80/sc), acréscimo de 48 pontos (+2%) em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
Na BM&F a volatilidade continua alta, acima dos 2% para todos os vencimentos, dando margem para muitas negociações. Mar/08 fechando a US$ 184,30/sc (R$ 315,08/sc), apresentou 2,10% de volatilidade nos preços ao longo do dia. Para este vencimento foram negociados 954 contratos e em aberto ficaram 2.058 contratos. A valorização foi de US$ 2,45/sc (R$ 4,19/sc). Vale lembrar que na BM&F cada contrato representa 100 sacas de 60kg. Os vencimentos set/08 e dez/08 foram os que apresentaram o maior número de contratos negociados, 4.970 e 3.022, respectivamente. Apresentaram as maiores valorizações também, quais sejam, US$ 3,00/sc (R$ 5,13/sc) para set/08 e US$ 3,50/sc (R$ 5,98/sc) para dez/08. Foram cotados, respectivamente, a US$ 194,55/sc (R$ 332,60/sc) e US$ 198,50/sc (R$ 339,36/sc).
Foram negociados 1.000 contratos de opções de compra, nesta quinta-feira. Não houve negócios com opções de venda.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
No mercado físico o produtor tenta vender a sua produção em níveis altos, haja visto os valores atingidos nas bolsas. No entanto, os preços oferecidos são pequenos e inviáveis em função das difíceis liquidações e pouca demanda externa, disse Magalhães. O dólar também vem limitando os ganhos, na medida que vem apresentando constante desvalorização.
Os indicadores fecharam em alta. No caso do arábica, fechou em US$ 289,28/sc, alta de R$ 1,85/sc. O indicador para conilon ficou em R$ 225,24/sc, valorizado R$ 1,71/sc.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint