Janeiro começou com clima similar ao de 2014: ausência de chuvas, baixa umidade do ar e muito sol, informou a Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa), nesta segunda-feira (19/01).
“Para os cafeicultores o período é de preocupação. Mesmo em lavouras irrigadas, as plantas estão sentindo os efeitos da falta de chuva. As altas temperaturas estão ocasionando escaldaduras nos cafezais, causando lesões nas folhas e favorecendo a entrada de fungos e bactérias. Um segundo detalhe é que esta época é o período de frutificação da lavoura, formação do grão e determinação do volume produtivo para a próxima safra”, enfatizou a Acarpa.
Já os produtores na região de Patrocínio (MG) que arriscaram a formação de novas áreas de café, foram surpreendidos por um veranico que só tem previsão de terminar na última semana de janeiro. Segundo a ClimaTempo, a previsão para o município para amanhã é de máxima de 34ºC e mínima de 22ºC, com sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite. Confira, aqui, a previsão completa para sua cidade.
Segundo a Associação, a solução para os produtores é a molhação, técnica que consiste em aplicar a água de forma localizada, bem junto às plantas, para molhar o torrão. O ideal na molhação é a aplicação de 3 a 5 litros de água por muda, o que exige dos produtos métodos eficientes para não perder a lavoura.
A Acarpa alerta, ainda, para alguns fatores causados pelo clima seco em lavouras cafeeiras. Vale ficar atento a esta lista:
1) Alta temperatura favorece a escaldadura das plantas de café.
2) Folhas queimadas e machucadas favorecem o aparecimento de doenças nos cafezais.
3) Produtores molham muda por muda para não perderem o investimento.
4) Tanques de pulverização são adaptados para serem utilizados na molhação das plantas. Muitos produtores estão recorrendo a irrigação via solo ou a aspersores para conseguirem fornecer água suficiente as plantas.
Foto: Lena Oliveira /Acarpa