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Lavouras de ferro: a safra brasileira que nunca quebra

POR LUIZ GONZAGA DE CASTRO JUNIOR

E EDUARDO CESAR SILVA

ESPAÇO ABERTO

EM 05/06/2013

4 MIN DE LEITURA

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Ano após ano temos observado um fenômeno interessante: cafeicultores, agrônomos e lideranças da cafeicultura alertam sobre uma grande quebra na safra nacional. O problema é que a tal quebra nunca ocorre. Como tais previsões podem afetar as decisões do produtor de café, este artigo se propõe a discutir a questão.

Vai quebrar

É algo tão certo quanto o sol que nasce diariamente. Todos os anos o tamanho da safra brasileira gera polêmica. Existe uma grande desconfiança com relação aos números oficiais da Conab, mas sempre considerando que eles são “maiores” do que a realidade. O que se lê nos fóruns e portais de notícias são informações sobre quebra em diversas regiões, sempre justificadas com dados sobre a fisiologia do cafeeiro e fatores climáticos, ou econômicos. Nos últimos anos muitas variáveis já foram apontadas como causadoras de uma possível quebra, como, por exemplo, excesso de calor, excesso de chuva, falta de chuva, redução dos gastos com tratos culturais, substituição do café pela cana, peneira baixa, queda dos chumbinhos entre outros.

Não duvidamos que ocorram quebras em algumas regiões específicas [1]. O problema é quando um fenômeno local é extrapolado para todo o país, levando a crer que a safra brasileira será significativamente afetada. O Brasil é um país muito grande, com lavouras de café em regiões muito distintas umas das outras. Mesmo o Sul de Minas, responsável por quase um quarto da produção nacional, é maior do que muitos países. Um problema observado em São Sebastião do Paraíso pode não ter ocorrido em Boa Esperança, mas muitos se esquecem desse detalhe e, baseados em observações locais, criam projeções de quebras titânicas.

Para ilustrar esse problema, fizemos um levantamento de opiniões pessimistas publicadas na internet nos últimos anos. Todas elas foram muito debatidas em suas respectivas épocas, tendo sido defendidas por grande número de produtores. Não vamos citar as fontes, mas o leitor que tiver interesse poderá encontrar facilmente as notícias originais no Google.

Quadro 1: Previsões de quebra na safra brasileira de café que não foram confirmadas.


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de notícias e artigos disponíveis na internet.

Evidentemente, nenhuma dessas quebras se confirmou, o que pode ser constatado através dos números oficiais de produção, exportação e consumo. Por outro lado, se todas tivessem ocorrido, seriam mais de 20 milhões de sacas a menos no mundo, o que deixaria os estoques praticamente zerados.

Essas estimativas exageradas poderiam ser ignoradas, caso fossem inofensivas. Mas muitos cafeicultores se agarram firmemente a elas, já que significam “uma chance de preços melhores”. Baseados nesses números, muitos projetaram preços elevados, chegando a falar em R$ 1 mil por saca e recomendando que o cafeicultor não vendesse o café colhido em 2011 enquanto esse patamar não fosse alcançado. Hoje sabemos que depois dos R$ 500 por saca a cotação iniciou uma tendência de baixa que continua até o momento em que este texto é redigido. Quem não vendeu por R$ 500 perdeu uma boa oportunidade.

Por que não quebrou?

Se as supostas quebras foram apontadas por gente entendida do assunto, por que não ocorreram? Existem duas respostas possíveis:

a) É preciso revisar tudo o que se sabe sobre a fisiologia do cafeeiro. Afinal, a seca, a chuva e o calor não afetam as plantas como deveriam. Nossas lavouras são de ferro.

b) Os especialistas interpretam os dados de forma equivocada e tendenciosa.

Ficamos com a alternativa “b”. Um dos erros já foi apresentado no 2º parágrafo, mas o problema vai além. As tais previsões carregam a esperança de preços melhores. A lógica envolvida é muito simples: uma queda significativa no volume de café colhido pelo Brasil vai ocasionar falta de café no mundo (os estoques são os mais baixos já vistos!), logo, os preços vão melhorar. Como a conjuntura do mercado realmente não é favorável para muitos produtores, qualquer possibilidade de cotações mais altas é agarrada e defendida com força.

Considerações finais

A cafeicultura brasileira precisa de soluções para os desafios que enfrenta. No entanto, uma torcida passional por eventos climáticos que resolvam o problema dos preços com certeza não é o caminho. O primeiro passo é investir e valorizar a “informação”. O segundo é combater a “desinformação”.

Para encerrar, as palavras de um cafeicultor, publicadas aqui no CaféPoint em 2008 que resumem muito bem a temática deste artigo [2]:

Administrar as ilusões, como é isso? Alguns torcem para cair geada, chuva de pedra, queda de chumbinho ou qualquer coisa que estrague bastante a lavoura...do vizinho... mas que Deus preserve a sua lavoura intacta. Critica-se a falta de uma política cafeeira, não se acredita nos números dos estoques mundiais (acredita-se piamente que vai faltar café no mundo) e culpa a queda do dólar (que está caindo no mundo todo), pelos prejuízos contabilizados.

Se a estimativa de produção da Conab vem baixa, acreditamos. Mas, se vem alta, desdenhamos. Quando vem a realidade, choramos.

[1] E também não duvidamos de que uma quebra significativa possa ocorrer na safra 2013/2014 ou nas próximas. Este texto se limita a analisar apenas eventos passados.

[2] BORGES, C. J. F. Administrar os custos e principalmente, as ilusões. Disponível em: < https://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/espaco-aberto/administrar-os-custos-e-principalmente-as-ilusoes-42351n.aspx > Acesso em: 03 jun. 2013.



 

LUIZ GONZAGA DE CASTRO JUNIOR

Doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e professor associado da Universidade Federal de Lavras. Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM).

EDUARDO CESAR SILVA

Coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Doutorando em administração pela Universidade Federal de Lavras e mestre em administração pela mesma instituição.

É tecnólogo em cafeicultura pelo IF Sul de Minas - Campus Muzambinho.

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SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 12/06/2013

Ai pessoal, sobre a confiança nas informações, mais uma:



Expectativa de reunião do CMN para votos agrícolas é frustrada



  Não foi a primeira vez, que a expectativa de uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta terça-feira, 11, para analisar votos agrícolas acabou não se confirmando. Produtores aguardavam a aprovação dos votos relativos a medidas de apoio ao campo que fazem parte do Plano de Safra Agrícola e Pecuário 2013/14, anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff. Os cafeicultores também aguardam a reunião do CNM para poder contar com o suporte financeiro do governo neste momento de queda das cotações, provocadas pela pressão da entrada da safra brasileira no mercado, que vem derrubando as cotações no mercado internacional...



Enquanto isso nosso impressionante Ministro da Fazenda anunciou hoje mais uma das suas para conter a crise que já atinge em cheio o Brasil: Crédito subsidiado para comprar eletrodomésticos!!!!!



Fantástico!!!!!!! Até quando nossos impostos servirão somente para essas coisas????



Lamentável.....
ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/06/2013

Robson, mas se quiserem aprender como se faz as maracutaias,os jeitinhos,os mensaloes,os desvios de dinheiros, os estadios de futebol hiperfaturados,as ajudas para as montadoras, banqueiros, cumpanherada.,aqui certamente encontrarao os melhores.
JOSE ROBSON VESCOVI RAMOS

FUNDÃO - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/06/2013

Morei 3 anos em Boston - EUA, conversando com os Americanos logo percebi a visão que eles tem do BRASIL, um Pais sem dono, todo mundo manda aqui, um Pais que não tem orgulho da sua Bandeira(lá as bandeiras dos EUA estão em toda parte) não temos pesquisa cientifica e universitária, so se conhece o Brasil atraves do samba, futebol e praia, as grandes cabeças, educação e inteligencia não se conhece ninguem, me disseram, seu Pais não tem futuro, não tem projetos. Eu não entendi o porque me falaram assim, mas agora estou entendendo. Como e dificil produzir neste Pais. Eta Paiszinho
CELIO ANTONIO VERGUEIRO BAILONI

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/06/2013

Boa tarde ,esse negocio de que café e´de ferro é pura conversa tenha uma produção alta por ha e não trata pra ver ,morre o pé,e não essa produção de 100 sacas por ha isso é balela,sim consegue esta produtividade em 1 ou 2 talhões mas na media não sai de 30 sacas e olha lá,mas precisam dos tratos culturais.
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 11/06/2013

É isso ai Jairo,



Quando se fala de governo e gestão estamos em maus lençóis. O mundo já percebeu isso; Bolsas americanas renovando máximas e a nossa Bovespa em 50.000 pontos. Em um mundo perfeito de 2002 a 2008, o país não investiu em infraestrutura,educação, saúde...só se preocupou com o grande projeto de permanência no poder do populismo Lula!!! Enquanto estavam em crise la fora o "apedeuta" batia no peito aqui. Agora a marolinha está virando Tsunami, viramos motivo de chacota... Esse dias saiu uma engraçada no The Economist que em dezembro pedia a saída do Sr Mantega. Falaram aqui, que a saída dele se tornou impossível pois não iriam atender um pedido internacional. Semana passada o The Economist inovou, pediu então para que Dilma fique com o Mantega.."ele é um sucesso" ,disse a publicação.... Insinuando que quem sabe eles falando assim, a Dilma resolva tirar esse sujeito que não tem credibilidade nenhuma no comando do principal ministério do governo!!!

A imagem do país la fora nitidamente foi por água abaixo e isso se reflete também em nossas principais commodities, café, açúcar, minério, coincidência...será? ( as commodities mais fracas hoje( café açúcar e minério)....soja e milho estão bem, petróleo também, mas essas eles também produzem bastante por lá).

Na minha opinião o país atravessa uma crise de credibilidade, mais até que uma crise da fato, e com o café não é diferente, quando apresentamos números que não fecham, quando ameaçamos divulgar estoques e não o fazemos, quando fazemos uma novela para criar um preço mínimo e depois o fazemos sem qualquer medida que o garanta...

Credibilidade, confiança, transparência, no café, no governo, nas informações. Esse país só muda quando entendermos isso!!!

Como vc disse Jairo, a cobrança tarda, mas não falhará!!!
DR. JAIRO PINTO DE CARVALHO

SALVADOR - BAHIA

EM 10/06/2013

Ao CafePoint.

Prezados Senhores:



Já discorri sobre a questão de secas e geadas, etc...

Comparando o MAPA DO BRAZIL COM O DOS U.S.A., podemos notar, claramente, a GRANDE DIFERENÇA DE AMBOS,OU SEJA, OS U.S.A. TEM UM TERRITÓRIO NA HORIZONTAL EM RELAÇÃO AOS TRÓPICOS AO INVÉS DO BRAZIL QUE POSSUI UM TERRITÓRIO NA VERTICAL, ABRANGENDO UMA ÁREA BEM MAIS DIVERSIFICADA EM TERMOS CLIMÁTICOS, TANTO É QUE ALARDEARAM UMA GIGANTESCA SECA LÁ, ACIMA DO TRÓPICO DE CÂNCER, ABRANGENDO E AFETANDO-OS DE LESTE A OESTE O QUE FOI UMA CALAMIDADE PARA TODOS.

NO ENTANTO, POR AQUI, O TERRITÓRIO LOCALIZA-SE ACIMA DO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO, ULTRAPASSANDO A LINHA DO EQUADOR PORTANDO É BEM MAIS VERTICALIZADO SIGNIFICANDO UMA MAIOR DIVERSIFICAÇÃO CLIMÁTICA E TORNANDO IMPOSSÍVEL TANTO UMA SECA GENERALIZADA QUANTO A TÃO FALADA ENTRESSAFRA A QUAL PELAS RAZÕES SUPRA INDICADAS É IMPOSSÍVEL DE OCORRER EM TODA A EXTENSÃO TERRITORIAL DO BRAZIL,ISTO É, ENQUANTO PODE OCORRER SECA NO NORDESTE, NÃO INCIDE NO SUL O MESMO FENÔMENO  E VICE VERSA. SE ASSIM NÃO FOSSE, NÃO TERÍAMOS COLHIDO UMA SIGNIFICATIVA SAFRA DE GRÃOS COMO O MILHO O QUAL, INCLUSIVE FOI CRIMINOSAMENTE EXPORTADO AOS U.S.A. EM DETRIMENTO DOS PECUARISTAS DO SERTÃO BRASILEIRO OS QUAIS TIVERAM ABSURDAS PERDAS  QUE PODERIAM TER SIDO EVITADAS SE HOUVESSE MAIS PREOCUPAÇÕES COM O BEM ESTAR DA SOCIEDADE COMO UM TODO, E  O GOVERNO SOUBESSE GERIR O PAÍS AO INVÉS DE FICAR PATROCINANDO POLITICAGENS NEFASTAS, NA ECONOMIA, NUM VERDADEIRO "SAMBA DO CRIOULO DOIDO", ATESTANDO TOTAL INCOMPETÊNCIA PARA TANTO !

ESTAMOS COM A INFLAÇÃO EM PASSO DE TROTE MAS, APÓS A COPA DE 2014 E AS OLIMPÍADAS EM 2016, O TROTE SE TRANSMUTARÁ NUM GIGANTESCO PASSO DE GALOPE, QUEM VIVER VERÁ !

UM PAÍS COM CÂMBIO "LIVRE" FLUTUANTE MAS, ESTUPIDAMENTE, CONTROLADO

NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO !

UM PAÍS ONDE AS SUCATEADAS INDÚSTRIAS CONSEGUEM COM LOBBIES, TRANCAR O PAÍS COM ABSURDAS E RETRÓGRADAS POLÍTICAS DE PROTECIONISMO, NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO !

UM PAÍS QUE PERMITE A INVASÃO DOS MISERÁVEIS HAITIANOS GERANDO DESEMPREGO AOS NACIONAIS NUMA HIPÓCRITA DEMAGOGIA, NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO.

PORQUE NÃO FORAM DIRECIONADOS A INVADIR OS U.S.A. O PAÍS MAIS RICO E MAIS PODEROSO DO MUNDO AO INVÉS DO NOSSO QUE ALIMENTA UMA PURA DEMAGOGIA HIPÓCRITA, EM DETRIMENTO DOS NACIONAIS !

É UM ABSURDO O QUE ESTÃO PRATICANDO CONTRA A SOCIEDADE !

A COBRANÇA TARDA MAS, NÃO FALHARÁ !

Grato pela atenção.
VALDINEI DONIZETI FERREIRA

ALFENAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/06/2013

parabens pela materia. o maior problema  e que o pessoal que faz previsao de safra so conhece cafe na xicara e nao tem um pe de cafe plantado. Na falta de conhecimento o melhor e ficar calado, so estao atrapalhando a vida do cafeicultor brasileiro que tem que ser heroi para continuar no ramo


EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/06/2013

Prezado PH,



A intenção foi essa mesma. Informação é coisa séria.



Agradecemos o prestígio.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/06/2013

Prezados Samuel e Cesar,



Vocês acrescentaram ótimas informações a essa discussão. De fato, uma análise dos dados oficiais deixa claro que existe algo errado, mas ao contrário do que muitos pensam, a safra nacional provavelmente é maior do que o estimado. A diferença aparece sempre nos dados de estoque.



Gratos pelas ricas contribuições.



Abraços.
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/06/2013

Caríssimos Eduardo e Gonzaga,



Colocando o dedo na ferida. Precisamos de responsabilidade para conversar com nossos produtores. Parabéns!



Abs,



PH
CESAR DE CASTRO ALVES

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/06/2013

Samuel,

Esse balanço é um absolutamente teórico e não reflete o que realmente existe neste momento, pois primeiramente as fontes são frágeis digamos, segundo porque dividir um número anual de consumo e produção e dividir por 12 é super grosseiro, por isso o erro é grande. Logo, não acho que seja o real, este ninguém sabe. Mas acho que o problema maior ai é a qualidade das informações e o não interesse em melhorar a tranparência. Optei por começar a conta em junho sempre porque teoricamente nesta data já tem café começando a chegar da safra corrente, poderia ser em mai ou jul sem nenhum problema, não mudaria muito o resultado final. Obrigado pelo comentário.

Marco,

Acho que os preços estão deprimidos grosso modo por uma grande influência da estimativa oficial da OIC apontando crescimento de 7% no ano. Além disso, o fato de a bienalidade no Brasil vindo sendo confirmada pela Conab como muito pequena (-4%) pesou demais, no sentido da sinalização digo, expectativa, não exatamente no volume. Tudo mais constante, ou seja, Vietnã produzindo mais, muitos outros também, o Brasil aumentando área etc, gerou um quadro sem qualquer risco iminente de déficit. Quanto ao estoque mundial, acho que se os números da OIC forem bons eles não voltarão facilmente a ser tão elevados como foram no passado. Isso significa que será preciso um ruído menor pra haver reação de preços.

Eduardo,

Desculpe desviar o assunto aqui nos comentários do artigo super legal de vocês.

Obrigado

Abraço
JOSE ROBSON VESCOVI RAMOS

FUNDÃO - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/06/2013

Nunca vi uma previsão da conab e ou do governo bater, não são orgaos competentes, estão inchados de tecnicos mamando na teta do governo, são uns sem noção. Melhor confiar na inteligencia do pateta  e do pato donaldo
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/06/2013

Prezado Cláudio Borges,



Aquele seu texto de 2008 é excelente. Passados cinco anos ele continua completamente atual. Eu ainda não tinha lido esse outro mais recente, fez bem em compartilhar aqui.



Trata-se de mais um ótimo texto, concordo com praticamente tudo. São opiniões assim, coerentes e fundamentadas, de que precisamos para mudar alguma coisa nesse "senso comum" da cafeicultura.



Parabéns.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/06/2013

Caro João Paulo,



Analisar os dados dos outros países é mais complicado. Mas 30% já é um bom começo.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/06/2013

Caro Antônio Silva,



Gratos pelo elogio.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/06/2013

Caro Juliano Braga,



Agradecemos o comentário.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/06/2013

Prezado Marco Antonio,



O problema é que esse jogo cria muita desinformação. Temos que combater isso.



Quanto as políticas, concordo totalmente com você. Falta muita coisa nesse país. Nos próximos artigos vamos discutir algumas questões nesse sentido.



Abraços.
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 07/06/2013

Cesar,

Lendo melhor entendi seus números. Esse seu estoque mostrado no fim, também seria em 01/06...perfeito!!!

Acontece que o mercado está projetando bem mais que isso para 30/06, entendeu...

Enfim estamos falando a mesma coisa em meses diferentes.

Se estiverem certos nos 13 milhões são absurdos os erros de nossa contas OFICIAIS.

Por seus números na hipótese maior, de um estoque de 7,2 em 01/06, daria um estoque de passagem em 30/06 de 3,2 milhões....Agora me diga, vc acredita que teremos só isso daqui 20 dias??

Não é o que relatam cooperativas, não é o que relatam agentes de mercado, não é o que relatam lideranças do setor segundo Carvalhes e por ai vai..

Lembrando, nesses 3,2 para 30/06/2014 já estamos trabalhando com consumo de 17 milhões e não mais de 20. Ou seja, já jogamos 3 milhões nas contas da ABIC e continuamos com um estoques que me parece fora da realidade pelo que relatam!!!



Abraço
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/06/2013

Prezados ,



Genericamente não temos excesso de café , também nunca tivemos falta , a produção mundial esta equilibrada com a demanda , vejam que estoques não crescem nos países importadores , é estável , apesar de embarques maiores por parte dos países produtores , qualquer problema climática de relativa proporção coloca em risco o abastecimento , portanto é necessário estoques minimos.

A demanda mundial aponta para um crescimento de 2,5% , algo de 3,5 milhoes de sacas.



Porque os preços estão tão deprimidos  ???



Vejamos , de um lado milhares de pequenos produtores de países pobres , criando uma concorrencia perfeita , do outro lado um grande oligopólio importador.



Somando a isto , temos a cotação de referencia pela Bolsa de Nova York , aonde os grandes players são os fundos hedge (especuladores natos , é a função deles).



Soma-se a inercia dos países produtores , vejamos aonde esta o problema.



Se nossos dirigentes quisessem resolver grande parte do problema da baixa cotação , é só criar mecanismo de Preço Minimo de Exportação baseado no custo de Produção.



https://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/espaco-aberto/dois-papas-e-o-preco-vil-do-cafe-83172n.aspx



https://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/espaco-aberto/a-falacia-do-guarda-chuva-83268n.aspx



Os grandes players vendidos em Nova York , imediatamente reduzirão suas posições vendidas e a cotação será bem maior que a atual , nada de espetacular , mas acredito que US$1,60 seja um ponto de equilíbrio.



Vejam que na palestra de Neil Rosser promovida pelo Cecafe , o mesmo aponta que quase todas as grandes origens de café , estão com custos de produção muito mais alto que as atuais cotações , talvez 90% dos produtores mundiais.



https://www.cecafe.com.br/CoffeeDinner2013/downloads/neilrosser.pdf



O grande problema da cafeicultura é o obscurantismo da classe dirigente.
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 07/06/2013

Carlos, os números são mais ou menos esses mesmo, só me permita discordar de uma parte de suas contas. Quando você pega o estoque da Conab em 31/03/2012 de 10,04 (sendo 8,4 privado + 1,6 governo) acredito que o correto seria projetar mais 3 meses e não 2 como vc fez em suas contas. Da forma como foi feito vc deixou 5 meses na primeira metade do ano e 7 na segunda. O estoque de passagem é calculado em 01 de julho ou 30 de junho, tanto faz.

Logo, usando a mesma metodologia sua, o estoque de passagem em 30/06 de 2012 seria negativo pelos números da Conab...é só pegar o seu 2,5 milhões calculados como estoque inicial e colocar mais um mês de consumo e exportação...quando coloquei zerado eu arredondei para ajudar a Conab.

Ou seja, retirar mais 3 milhões de sacas de seu estoque inicial....Isso mudaria sua conclusão para o estoque inicial, usando o consumo da ABIC seria então de ZERO e de 4,2 na outra hipótese.( que a Abic erra em 3 milhões de sacas).

Quando coloquei estoque zerado em junho, quis dizer em 30/06/2012, 3 meses após o calculo de estoque da Conab em 31/03/2012.

Dessa forma seus números ficam idênticos aos que coloquei...a questão é somente atribuir o erro a Conab ou a ABIC e realmente acreditar que temos só isso mesmo que vc informou em estoque.

O fato é...tem muito erro ai...e dos grandes, seja da Conab ou Abic...e continuamos produzindo com base neles!!!




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