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Relatório mensal da OIC sobre o mercado de café

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 07/11/2012

7 MIN DE LEITURA

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*Tradução e adaptação da Equipe CaféPoint

Os preços do café sofreram mais declínios em outubro, à medida que tanto o café arábica como o robusta perderam valor durante o mês. Nos últimos seis meses, o preço indicativo composto da Organização Internacional de Café (OIC) se manteve principalmente nos patamares de 140-160 centavos de dólar por libra, ficando em média em 147,12 centavos de dólar em outubro, seu segundo menor nível em mais de dois anos. A volatilidade para todos os indicadores do grupo caíram levemente comparado com o mês anterior.

O ano safra de 2012/13 começou em todos os países exportadores e, com base nas informações atualmente disponíveis, a produção total foi estimada em cerca de 147 milhões de sacas, comparado com 134,5 milhões de sacas em 2011/12. Este aumento pode ser atribuído essencialmente ao ano de alta do ciclo bianual da produção de café arábica no Brasil, assim como à revisão para cima da produção no Vietnã, para pouco mais de 24 milhões de sacas, 23,6% a mais que em 2010/11. Uma forte produção também foi registrada em Honduras e Peru, entre outros. Junte-se a isto o fato de que a produção mundial de café robusta em 2011/12 alcançou um recorde histórico de 53,3 milhões de sacas.

O consumo mundial, por outro lado, teve um aumento estimado para cerca de 139 milhões de sacas em 2011 e deverá aumentar mais em 2012. O equilíbrio de oferta/demanda deverá se manter, dessa forma, relativamente estreito ( confira aqui mais a respeito ).

As exportações de todos os países exportadores em setembro de 2012 foram de 7,9 milhões de sacas, comparado com 7,7 milhões em setembro de 2011. Isso traz o total de exportações do ano cafeeiro de 2011/12 para 107,8 milhões de sacas, o maior nível já registrado, e um aumento de 3% com relação a 2010/11. As exportações de robustas alcançaram 41,8 milhões de sacas, representando 38,8% do total mundial. As exportações de arábicas foram 2,6% menores do que em 2010/11, em 66 milhões de sacas. Uma breve análise de exportações em países exportadores selecionados está incluída nesse relatório.




Movimentos de preços

A média mensal do preço indicativo composto da OIC caiu em 2,8% em outubro, de 151,28 centavos de dólar por libra em setembro para 147,12 centavos de dólar. Todos os grupos de café perderam valor, apesar de os preços terem caído mais entre os três grupos de arábica, com os Suaves Colombianos, Outros Suaves e Naturais Brasileiros caindo em 4,6%, 3,2% e 3,2%, respectivamente. Os robustas caíram em 0,5% comparado com setembro. Os gráficos 1 e 2 mostram indicadores diários de preços desde outubro de 2011. As diferenças entre arábicas e robustas também caíram mês a mês, com a arbitragem entre os mercados futuros de Nova York e Londres estreitando-se em 6,1% comparado com o mês anterior (Gráfico 3). A volatilidade para todos os grupos foi menor do que em setembro.






Fundamentos de mercado

O ano safra de 2011/12 finalizou agora, com a produção total estimada em 134,5 milhões de sacas, 0,8% de aumento com relação ao ano anterior. A queda na produção normalmente associada com o ciclo bianual do Brasil foi totalmente compensada pelos fortes aumentos em Vietnã, Honduras e Peru, entre outros. De fato, a produção para o Vietnã foi estimada em pouco mais de 24 milhões de sacas, um volume recorde. Honduras também obteve uma safra recorde de quase 6 milhões de sacas, tornando-se o maior produtor da América Central pelo segundo ano consecutivo. El Salvador, entretanto, viu a produção cair em um volume estimado de 37,1%, à medida que o clima adverso e o ano de baixa do ciclo afetaram bastante os níveis de produção. Também existem informações sobre surtos de ferrugem do café em vários países da América Central, o que poderia impactar a produção no futuro.

Na África, Costa do Marfim parece ter se recuperado da crise política que afetou a produção em 2010/11, à medida que essa foi de quase 2 milhões de sacas em 2011/12. A produção na Etiópia, por outro lado, teve uma queda estimada de quase 20% comparado com 2010/11. Finalmente, apesar de alguns sinais promissores de recuperação em direção do final do ano cafeeiro, a produção na Colômbia caiu para um volume estimado de 7,6 milhões de sacas, seu menor nível em quase 40 anos.

O Gráfico 4 mostra a produção mundial por continente nos últimos quatro anos. Pode-se ver que entre 2010/11 e 2011/12, a Ásia e a Oceania aumentaram sua participação em cerca de 3%, à custa da América do Sul.



O ano safra de 2012/12 está agora em progresso em todos os países exportadores. Com base nas informações disponíveis dos países membros, indicações iniciais são de que a produção total está em estimada em cerca de 146 a 148 milhões de sacas. Esse ano safra coincide com o ano de alta de produção de café arábica no ciclo do Brasil. Um forte desempenho também é esperado em vários outros países exportadores.

O Gráfico 5 mostra estoques certificados nos mercados futuros de Nova York e Londres desde outubro de 2008. O aumento firme nos estoques em Nova York vistos no último ano continuaram em outubro de 2012, alcançando 2,7 milhões de sacas. Os estoques certificados em Londres caíram mais, para apenas 2 milhões de sacas, seu menor nível em cinco anos.




Exportações totais por países exportadores (Anos cafeeiros 2000/01 - 2011/12)

As exportações totais em 2011/12 alcançaram um recorde de 107,8 milhões de sacas, 3% a mais que em 2010/11. A mudança mais significante foi observada nos robustas, que cresceram em 13,2%, alcançando 41,8 milhões de sacas, representando 38,8% do total mundial. Isso foi direcionado principalmente pelo forte desempenho no Vietnã (aumento de 39,3% comparado com 2010/11), bem como por uma recuperação na Costa do Marfim. As exportações de Outros Suaves também aumentaram, em 8%, para 27,5 milhões de sacas. Os Colombianos Suaves e Naturais Brasileiros, por outro lado, caíram com relação ao ano anterior, em 9,6% e 8,9%, respectivamente. As exportações totais de arábicas em 2011/12 foram de 66 milhões de sacas, 2,6% a menos que as 67,8 milhões de sacas exportadas em 2010/11.

As exportações da África caíram durante o período, de 14 milhões de sacas em 2000/01 para 10,5 milhões de sacas em 2011/12, representando 9,8% do total mundial. Mais da metade das exportações da África vieram da Etiópia e Uganda, que enviaram 2,8 e 2,7 milhões de sacas cada, apesar de levemente menos do que no ano anterior. A Costa do Marfim registrou um aumento de 73,6% com relação ao ano anterior, à medida que a instabilidade política em 2011 reduziu as exportações oficiais para menos de um milhão de sacas, mas os envios estão ainda em níveis relativamente baixos comparado com a década anterior (Gráfico 6).



O ano cafeeiro de 2011/12 foi recorde na Ásia e Oceania, com Vietnã e Indonésia estimadas em ter registrado seus maiores níveis, de 23,5 e 7,2 milhões de sacas, respectivamente. As exportações da Índia caíram levemente com relação ao ano anterior, para 5,5 milhões de sacas, mas ainda estão em níveis historicamente altos. No total, 35,2% das exportações mundiais vieram da Ásia e da Oceania em 2011/12 (Gráfico 7).



A América Central também registrou seu maior nível de exportações anuais em 2011/12, com 16,9 milhões de sacas (15,6% do total mundial). Honduras viu o desempenho mais forte, exportando 5,5 milhões de sacas, comparado com 3,9 milhões no ano anterior. Guatemala, México, Nicarágua e Costa Rica também registraram aumentos anuais em 2011/12 (Gráfico 8).



Na América do Sul, as exportações foram levemente menores em 2011/12, parcialmente atribuível ao ano de baixa do ciclo bianual de produção no Brasil que registrou seu maior nível de exportação em 2010/11. Peru e Equador registraram seus maiores níveis de exportação no período em 2011/12, com 4,6 milhões de sacas e 1,6 milhão de sacas, respectivamente. As exportações da Colômbia, por outro lado, permaneceram em níveis historicamente baixos pelo quarto ano consecutivo. No total, a América do Sul exportou 42,4 milhões de sacas em 2011/12, representando 39,3% do total mundial (Gráfico 9).



Entretanto, as avaliações desses dados devem levar em conta um volume considerável de comércio não oficial entre fronteiras, que não seria capturado nessas estatísticas.

Para concluir, os preços do café caíram mais em outubro, mas permaneceram relativamente firmes em termos históricos. As exportações totais para o ano cafeeiro de 2011/12 alcançaram recordes, com os envios de robustas sendo a principal força direcionadora. A produção total no ano safra de 2011/12 também aumentou, apesar do ano de baixa no ciclo brasileiro, e indicações iniciais são de que a produção continuará aumentando em 2012/13. Entretanto, o consumo mundial deverá permanecer forte. Se a produção recorde para 2012/13 for confirmada, o mercado de café caminhará para um excedente de oferta, apesar de qualquer impacto nos preços provavelmente deverem ser modestos, considerando a necessidade de repor os estoques, especialmente nos países produtores.

As informações são da OIC, traduzidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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