Mais um dia calmo no mercado de café. As cotações parecem seguir na toada dos fundamentos, que se mantiveram inalterados, desde o início da semana. Enquanto não aparece um estopim para movimentos especulativos, as oscilações são limitadas.

Na NYBOT , a posição Setembro/06 chegou, na mínima do dia, a registrar uma queda de 150 pontos, mas se recuperou e fechou com 40 pontos de baixa, ou -0,39%. Esta foi a tônica também em Londres e na BM&F, onde houve quedas, mas foram respeitados patamares estabelecidos na alta da semana passada.

O mercado físico continua sendo classificado como calmo pela Minasbolsa e, tanto a Mellão Martini, como a Maros Corretora, reportaram a concretização de negócios isolados. Houve ligeira queda nos preços pagos em Guaxupé. Já, em Londrina, apenas o café bebida dura foi depreciado.

A baixa liquidez e a estabilidade do mercado físico, durante a colheita, passa a sensação de que a situação da cafeicultura pode não ser tão negra como alguns pintam ou, então, os recursos disponibilizados para o custeio da operação foram mais que suficientes. A verdade é que, de algum lugar, saíram os recursos para pagar a colheita, mesmo num ano de reajuste de salário mínimo bem acima da inflação.

Aparentemente, não houve muita influência do dólar, que devolveu parte da alta de ontem, quando subiu fortemente, mas também não afetou significativamente as cotações do café.

Renato Fernandes, Equipe CaféPoint