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Zona da Mata recupera lavouras com café agroecológico e orgânico

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 09/09/2015

2 MIN DE LEITURA

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Da redação

Em prol da recuperação de lavouras em terras degradadas, o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Paulo César de Lima, se uniu a produtores da Zona da Mata mineira. Há 16 anos, o projeto foi iniciado em conjunto com os irmãos Jésus, Jonas, Natanael, Samuel e Edmar Lopes - no município de Araponga. Segundo a Epamig, eles são pioneiros na implantação da cafeicultura agroecológica e orgânica na região.

Foto: Erasmo Reis/ Epamig
Pesquisador Paulo Lima e cafeicultor Jonas Lopes
Foto: Erasmo Reis/ Epamig


Nas comunidades de Pedra Redonda o grupo, hoje, cultiva uma rentável lavoura de café especial. A pesquisa desenvolvida em caráter participativo trouxe conhecimento, renda e novos sonhos aos agricultores familiares, que hoje já exportam para Estados Unidos e Japão por meio de uma cooperativa. "Através da troca de saberes os produtores são instigados a encontrar as soluções para melhorar a lavoura. No início, eles não conheciam cafés especiais e, mesmo com toda simplicidade, entenderam que poderiam progredir se apostassem na agroecologia", ressalta Paulo Lima.

O pesquisador implantou, com apoio de diversas instituições, unidades experimentais de cafeicultura orgânica nas comunidades a partir de 1999, visando adubação, nutrição, arborização, manejo de plantas nas entrelinhas, ecologia de pragas, cultivares e manejo da cultura. Foram realizados diagnósticos ambientais da região e, nos sistemas instalados, as lavouras orgânicas de café foram estabelecidas em consórcios com leguminosas e outras espécies vegetais, integrados com outros cultivos, pastagens e criação de animais permitindo ganho econômico extra às famílias.

Foram, também, selecionadas cultivares de café resistentes à ferrugem, mais apropriadas à agricultura de montanha. O manejo da matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes passaram a ser práticas fundamentais nesse processo, já que o cultivo do café orgânico exige critérios específicos, como adubação verde, utilização de resíduos orgânicos, plantas espontâneas e folhas de árvores de sistemas agroflorestais. Agora, nas lavouras de Araponga, os produtores já utilizam a casca despolpada do café como adubo e a chamada cama de frango (formada pelas fezes dos frangos em palha de café colocada sobre o piso dos galpões para frangos de corte).

Difundindo a prática
O progresso dos agricultores de Araponga é o indicador de que experiências compartilhadas são viáveis e podem ser aplicadas para o desenvolvimento de outros agricultores de Minas Gerais, observa o pesquisador Paulo Lima. "A pesquisa participativa prevê a troca de saberes entre o conhecimento que gera tecnologia e a sabedoria do homem do campo. Está provado que esse modelo é bem sucedido e possível para todos", ressalta.

Para difundir a prática do café agroecológico e orgânico, em julho passado Paulo Lima apresentou curso de treinamento para 21 técnicos da Emater (MG) de 18 municípios da região de Passos, no Sul de Minas. A ideia é implantar unidades de validação da tecnologia de café orgânico e agroecológico nessas localidades e envolver as equipes da Emater de todo o estado.

A Epamig prepara, ainda, um dia de campo em Araponga para apresentar os resultados do trabalho e demonstrar a viabilidade do sistema. "A partir do projeto Unidades Experimentais de Cafeicultura Orgânica para a agricultura familiar, iniciado em 2000, pudemos levantar dados suficientes para que sistemas integrados de produção orgânica sejam instalados como modelos de difusão da tecnologia para Minas Gerais", garante Paulo Lima. 

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ENES PEREIRA BARBOSA

ALVARENGA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/09/2015

Tive o prazer de participar do curso em Passos, a partir dai passei a trabalhar a ideia com agricultores familiares de Claraval, que hoje formamos um grupo com 13 produtores de Claraval, 3 de Cássia e 2 de Capetinga, o Dr. Paulo Lima é uma pessoa iluminada com um conhecimento fantástico, sabe muito de agricultura orgânica, Parabéns ao Dr. Paulo e ao agricultores de Araponga.
JOSÉ LEANDRO LAMY

EM 10/09/2015

não tenho muito conhecimento do café orgânico mas sou de uma região perto do Pico da Bandeira e vejo como um problema pro meio ambiente e nossa vida que é  afetada diretamente com agrotóxico nossas águas estão sendo afetada com isso não tem dados científicos mas não precisa ser um cientista pra saber disso quanto mais agrotóxico mais contaminação do solo gostaria de cultivar café orgânico  mas aqui não temos incentivo vou plantar uma lavoura de café mas terei que ir pelos meios convencionais muito triste fica muito caro pra cultivar café orgânico  gostaria de saber

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