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Produtores apontam até 30% de perda na colheita cafeeira da safra 2014/2015

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 18/09/2014

3 MIN DE LEITURA

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Por Thais Fernandes

A quebra na colheita cafeeira da safra 2014/2015 deve ser de 20 a 30% comparada ao ciclo anterior (2013/2014). A informação vem de quem vive a realidade cafeeira dia a dia. Mais de 300 cafeicultores responderam a pesquisa Colheita cafeeira na safra 2014/2015, realizada pelo site CaféPoint, com apoio da Confederação Nacional de Agricultura (CNA).

Os resultados da pesquisa mostram que 32% dos produtores registraram de 20 a 30% de perda em suas lavouras na safra deste ano. A segunda opção com mais incidência (22%) foi a que aponta a quebra entre 30% a 50%. Os produtores do Sul de Minas foram 56% dos participantes da pesquisa, e aqueles que cultivam a espécie arábica, com 94% das respostas, formaram a maioria dos pesquisados.


Foto: Vitor Macedo/ Café Editora
A pesquisa foi apresentada no dia 17 de setembro, durante o 1º Fórum de Agricultura Sustentável na Semana Internacional do Café. Mariana Proença - diretora de Conteúdo da Café Editora – responsável pelo conteúdo do site CaféPoint, conduziu a apresentação da pesquisa, que contou com o apoio da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Foto: Vitor Macedo/ Café Editora

O trabalho buscou dimensionar os reais impactos da seca na produção cafeeira, reunindo informações disponibilizadas pelos produtores. “Percebemos essa necessidade de dar voz ao produtor, que não encontrava espaço em outras estimativas”, pontua a diretora de Conteúdo da Café Editora – responsável pelo conteúdo do site, Mariana Proença.

Através dos comentários dos produtores obtiveram-se, também, dados qualitativos sobre a realidade da produção nesta safra. “Nunca, em 45 anos trabalhando com produção de café, presenciei uma colheita como essa: de grãos chochos, deformados, irregulares e de um só grão. Desanimador”, afirmou a produtora Christina Valle, de Guaranésia (MG).

Para Natália Fernandes, engenheira agrônoma e assessora técnica da Comissão do Café da Confederação Nacional Agricultura (CNA), buscar a opinião dos cafeicultores é o melhor caminho para entender sua realidade. “Incentivar a participação dos produtores na busca de informações, é de extrema importância. Há espaço para próximas pesquisas, os cafeicultores querem estar inclusos neste processo”, afirma Natália.

Tendo as dimensões da quebra, a pesquisa aprofundou-se em quais os impactos da seca na produção colhida. A característica que mais foi verificada nas lavouras impactas (28%) foi que após beneficiamento, foram encontrados grãos mal formados e miúdos. Esta má formação acarretou problemas na produtividade das lavouras.

“Em nossa região, Medeiros - Centro Oeste Mineiro, na grande maioria das propriedades se gasta até 800 litros para fazer uma saca de 60 kg e, o que é muito preocupante, as lavouras estão sentindo muito a falta de água; após a colheita estamos observando uma queda drástica de folhas além de não ter tido um desenvolvimento adequado dos ramos; a próxima safra está bastante comprometida. Tivemos a safra 2012/2013 com preços péssimos, essa safra 2013/2014 com essa queda na produção e a safra 2014/2015 comprometida. Como é que vamos pagar nossas contas?”, comentou o produtor Galeno Leite, de Medeiros (MG).

A apuração também constatou que grande parte das respostas veio de produtores pequenos, que tem expectativa de produção de 200 a 400 sacas, em sua maioria. A quebra deste ano quebra um ciclo de crescimento na produção cafeeiro, que segundo a Conab, vinha sendo registrado desde o ano de 2005.

A pesquisa Colheita cafeeira na safra 2014/2015 foi desenvolvida de 28 de julho a 08 de setembro de 2014 e o dado da quebra acompanha a expectativa da Fundação Procafé, conforme informou o pesquisador Alysson Vilela Fagundes. “Eu particularmente atuo na região de Varginha (Sul de Minas) e o que estamos vendo aqui é uma quebra de exatamente 30%. Logicamente que temos produtores com quebras maiores e menores. Mas na média, o número que levantamos foi muito próximo da realidade. Agora iremos fazer um novo levantamento de confirmação das estimativas de perdas. Mas já sabemos que não passamos longe no levantamento prévio”, explica Alysson. 

Confira aqui todos os resultados da pesquisa.

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FLÁVIO DOS SANTOS

CAPELINHA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/09/2014

Aqui em Capelinha e regiões é contra safra em 2015. Acredito que a produção de 2015 ficará em torno de 1/4 em cima do que foi produzido em 2014. Vejo também que as lavouras sentiram a carga e estão muito depauperadas e estressadas. A vegetatividade para as que não produziram está respondendo até no momento em função de termos períodos de chuvas isoladas entre 4 a 50 mm em certas regiões de 13/14 dias à trás. Aconteceu outras chuvas desde janeiro, fevereiro, abril, junho e julho. Essa de julho, cerca de 25% do que se produz aqui bebeu rio em função da intensidade e durabilidade de precipitação pluviométrica no término da colheita. Também o que nos ajudam muito, é a M.O que concentra-se entre 3.5 a 9.0 dag/kg. O que mais poderá influenciar em mais queda de safra, afirmo que historicamente é a questão patológica - Phoma  spp e Colletotrichum coffeanum. Com tudo, safra aqui mesmo e transcorrendo tudo dentro do que sempre foi; será em 2016.
ANTONIO CARLOS SILVA

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/09/2014

Hoje, o técnico agrícola e eu verificamos todas as lavouras. Foram horas de detalhadas observações e anotações em aproximadamente 100.000+ pés de café arábica, variedades: mundo novo, acaia, catucai, catuai vermelho e amarelo e topázio. Confesso que fiquei desanimado com o que vi por lá, principalmente com os cafés de porte baixo. Sem sombra de dúvidas, a perda será de, no mínimo, 30% na próxima safra. "No rain, no coffee".   
JOSÉ ARMANDO NOGUEIRA

BONITO - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/09/2014

Pesquisa de um órgão independente, não governamental, feito diretamente com

produtores, é de suma importância, ainda mais diante do descrédito de instituições

de pesquisa em acontecimentos recentes. E fica a dúvida "oficial" no ar: a Conab, há poucos dias, revisou para cima o resultado da safra 2014/2015. E agora, como tudo isso reflete ou

poderá refletir a curtíssimo prazo nos preços do café que resta nas mãos dos produtores? O mercado fica doido, e o que se percebe é que está estagnado ou longe de mostrar alguma pressão de alta, mas o fato é que há menos café na tulha.


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