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Novas cultivares de conilon são multiplicadas no ES

PRODUÇÃO

EM 04/07/2014

5 MIN DE LEITURA

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Diamante, Jequitibá e Centenária, três cultivares de café conilon desenvolvidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, em parceria com a Embrapa Café e apoio do Consórcio Pesquisa Café, completam um ano de lançamento e estão em plena fase de multiplicação em jardins clonais. Mas, como atender a mais de 50% da demanda de mudas de conilon do Estado em tão pouco tempo do lançamento? Para o Incaper, essa matemática é fundamental para que a tecnologia chegue mais rápido aos produtores rurais de base familiar do Estado.

Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora
 
Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora

A lógica é a seguinte: ao longo de mais de 20 anos de pesquisa, o Incaper utilizou diversas estratégias de melhoramento genético, por meio de avaliação científica de mais de mil clones em diferentes ambientes. Foram consideradas 17 características associadas à produção e à qualidade da bebida. Em seguida, os pesquisadores selecionaram e agruparam os clones superiores, obtendo três novas cultivares, que se diferenciam uma da outra pela época de maturação dos frutos. Cada cultivar é formada por nove clones superiores e compatíveis. Cada um dos 27 clones que compõem as três cultivares foi multiplicado inicialmente em três jardins clonais, nas Fazendas Experimentais do Incaper de Marilândia, Sooretama e Bananal do Norte, localizadas nas regiões Nordeste, Noroeste e Sul do Estado, respectivamente, totalizando em torno de dez mil matrizes. A técnica de multiplicação clonal por estaquia em viveiro foi adotada mais uma vez para multiplicar essas matrizes. Cada planta tem potencial de gerar, por ano, 300 descendentes geneticamente iguais à mãe.

Dessa forma, as matrizes que o Incaper possui nos jardins clonais das Fazendas Experimentais se multiplicaram em 177 mil plantas superiores, que foram disponibilizadas a viveiristas cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, instituições de ensino, sindicatos, associações e cooperativas, como a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel – Cooabriel, prefeituras municipais e outras entidades parceiras.
Com esse trabalho, foi implantada no Espírito Santo uma rede de 166 jardins clonais, com as cultivares Diamante ES8112, ES 8122 ‘Jequitibá’ e Centenária ES8132, em 45 municípios capixabas. O objetivo dessa rede é multiplicar as cultivares e fazê-las chegar aos produtores capixabas.

Em outras palavras, esses 166 parceiros do Incaper, que têm em mãos 177 mil matrizes, possuem potencial para produzir de 30 a 40 milhões de mudas por ano, atendendo a mais da metade da demanda do Estado, que é cerca de 60 milhões de mudas por ano. Isso representa um grande salto na produção, na produtividade e também na qualidade do café conilon produzido no Espírito Santo. As cultivares Diamante, Jequitibá e Centenária são cerca de 30% mais produtivas que a média de seis cultivares anteriormente desenvolvidas e lançadas pelo Incaper. Em três unidades demonstrativas (Fazendas Experimentais do Incaper), implantadas e conduzidas seguindo as recomendações técnicas, registraram produtividade média da ordem de 120 sacas por hectare, bem acima da média do Estado, que é de 35 sacas por hectare.

As três cultivares, lançadas há um ano, possuem, além de elevada produtividade, uma série de outras vantagens: oferecem a qualidade de bebida demandada pela indústria e consumidores; possuem maturação uniforme e em diferentes épocas, o que contribui para melhor gestão da mão de obra (colheita, secagem, armazenamento, beneficiamento); apresentam moderada resistência à ferrugem e, por isso, exigem menos defensivos, gerando um impacto positivo no meio ambiente; plantas com boa arquitetura para realização de poda e manejo da lavoura.

Dos 65 municípios capixabas que cultivam café conilon, 45 já possuem jardins clonais para a multiplicação dessas cultivares. Com o cadastro de quase 40 outros parceiros, o Incaper deverá contar com mais de 200 multiplicadores até o fim deste ano no Espírito Santo. Outros Estados também se interessaram pela tecnologia, de tal forma que, por meio de parcerias com o Incaper, as três novas cultivares estão sendo multiplicadas também em jardins clonais em Itabela (Sul da Bahia), em Carangola (MG) e em Bom Jesus do Itabapoana (RJ).

“O aniversário de um ano de lançamento das cultivares de café conilon não é apenas para comemorar o sucesso da pesquisa. É para mostrar que esse trabalho sai do âmbito científico das bases do Incaper e chega ao campo. O resultado dessa pesquisa está sendo aplicado e disponibilizado aos produtores rurais. Esse é o nosso grande objetivo”, disse Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper, coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura e dos trabalhos que culminaram com lançamento das cultivares.

Impacto das tecnologias
Das 14 cultivares de café conilon registradas no Mapa, nove foram desenvolvidas pelo Incaper. As três mais recentes são Diamante ES8112, ES8122 ‘Jequitibá’ e Centenária ES8132, lançadas há um ano. As cultivares melhoradas representam nada menos que 36% do impacto econômico da atuação do Incaper em 2013, que foi de R$ 1,09 bilhão. O programa de pesquisa de cafeicultura é desenvolvido no Espírito Santo desde 1985. Os clones das variedades do Incaper têm sido a base de renovação do parque cafeeiro de conilon do Estado, que se desenvolve no ritmo de 7% a 8% ao ano. As cultivares lançadas pelo Incaper associadas a outras tecnologias recomendadas pelo Instituto (espaçamento, calagem e adubação, plantio em linha, poda, irrigação, entre outras) fizeram quadruplicar a produção de café conilon no Estado, que passou de 2,4 milhões de sacas para quase 10 milhões de sacas ao ano. A produtividade também cresceu em proporção muito significativa, registrando um aumento de quase 300% em 20 anos.

Conheça melhor as novas cultivares
Diamante ES8112, ES8122 ‘Jequitibá’ e Centenária ES8132 diferenciam-se pela época de maturação dos frutos e por pequenas variações de produtividade.

Diamante ES8112 - Tem maturação precoce e é colhida no mês de maio. É formada pelo agrupamento de nove clones de maturação precoce. Apresenta produtividade média de 80,73 sacas beneficiadas por hectare, superior em 39,19% e 14,73% às cultivares testemunhas Emcapa 8111 e Vitória Incaper 8142, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente.

ES8122 ‘Jequitibá’ - Tem maturação intermediária e a colheita concentra-se no mês de junho. É formada pelo agrupamento de nove clones de maturação intermediária. Apresenta produtividade média de 88,75 sacas beneficiadas por hectare, superior em 47,92% e 26,07% à média das cultivares testemunhas Emcapa 8121 (maturação intermediária) e Vitória Incaper 8142, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente.

Centenária ES8132 - Tem maturação tardia e é colhida no mês de julho. É formada pelo agrupamento de nove clones de maturação tardia. A produtividade média é de 82,36 sacas beneficiadas por hectare, superior em 37,27% e 16,99% à média das cultivares testemunhas Emcapa 8131 (maturação tardia) e Vitória Incaper 8142, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente pelo Incaper.

A diferença na época de maturação dos frutos permite colheita escalonada da lavoura e maior período para colheita. Para o produtor, o escalonamento da colheita traz diversas vantagens, como a melhor gestão da mão de obra e a melhor utilização de terreiros e secadores.


Informações do Consórcio Pesquisa Café 

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ROBSON FRANÇA RODRIGUES

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/07/2014

Queria parabeniza a todos os que trabalharam nesta pesquisa.que de forma direta e indireta contribuíram para mais este grande avanço na cafeicultura capixaba.Parabéns a todos .Espero que esta nova tecnologia cheguem a todos os produtores principalmente aquele produtores que fazem parte da agricultura familiar.Pois só assim poderemos nos manter no campo.Já que a cada dia que passa o êxodo rural está maior devido a falta de incentivo .

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