A produção de café da safra 2015/2016 deve ser 6,1% menor em relação a 2014, apontou a quarta estimativa do IBGE. A total do produto para 2015 deve ser de 2,5 milhões de toneladas ou 42,4 milhões de sacas de 60 kg. A produção do café arábica deve alcançar 1,9 milhão de toneladas, ou 31,4 milhões de sacas, redução de 1,8% em relação a 2014, enquanto que a produção do café canéfora, o conilon, deve alcançar 660,1 mil toneladas, ou 11,0 milhões de sacas, redução de 16,6% em relação a 2014.
Quanto ao conilon, o IBGE aponta que a queda da produção em 2015 decorre do Espírito Santo, principal estado produtor desse tipo de café, com participação de 68,5% do total nacional. A estiagem afetou o desenvolvimento das lavouras em alguns municípios produtores, culminando em menor carregamento de flores e formação dos chumbinhos. O produtor precisa de uma quantidade maior de café para completar uma saca, afirmou o relatório.
Esse estado aguarda uma produção de 452,4 mil toneladas ou 7,5 milhões de sacas de 60 kg, 24,1% menor que a obtida no ano anterior, que alcançou recorde de 596,2 mil toneladas ou 9,9 milhões de sacas de 60 kg. Este relatório do IBGE é o chamdo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA).
Estimativa de abril em relação a março de 2015
Na comparação com março de 2015, o café canephora também apresentou queda, desta vez de 1,6%. A estimativa de produção alcançou 660,1 mil toneladas (11,0 milhões de sacas de 60 kg). Houve redução nas estimativas da área plantada (-0,8%), na área a ser colhida (-0,9%) e no rendimento médio (-0,7%). As lavouras vêm sofrendo efeitos do clima desfavorável nos principais estados produtores. No Espírito Santo, maior produtor e responsável por 68,5% do total nacional, é a falta de chuva que está provocando redução do peso dos grãos e queda no rendimento das lavouras. O estado aguarda colher 452,4 mil toneladas, redução de 1,1% em relação ao mês anterior.
Já em Rondônia, terceiro maior produtor do país e responsável por 12,8% do total, é o excesso de chuvas que dificulta os tratos culturais e deixa as lavouras mais suscetíveis a doenças. A produção estimada é de 84,4 mil toneladas, queda de 2,3% em relação ao mês anterior em decorrência das reduções de 1,5% no rendimento médio esperado e de 1,0% na área a ser colhida, aponta o IBGE.