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Especial Projeções 2015: Eduardo Carvalhaes

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 29/12/2014

2 MIN DE LEITURA

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Por Thais Fernandes


O Brasil lidera o ranking mundial de exportações de café verde. O fato faz com que o setor mundial acompanhe minuto a minuto as informações sobre a safra brasileira dos grãos. Para analisar como, de fato, a seca de 2014 afetou o cenário do mercado cafeeiro mundial e nacional, o CaféPoint entrevistou Eduardo Carvalhaes, sócio da exportadora e corretora Escritório Carvalhaes. A empresa, renomada no setor, tem oitenta anos de tradição e emite semanalmente boletins sobre o setor cafeeiro. Confira, abaixo a entrevista, completa com o especialista:

CaféPoint - No Boletim do dia 28 de novembro, o Escritório Carvalhaes citou recorde nacional histórico nas exportações cafeeiras. Qual a estimativa para o fechamento das exportações em 2014?
Eduardo Carvalhaes - As exportações brasileiras de café em 2014 deverão ficar ao redor de 36 milhões de sacas. Será o maior volume exportado pelo Brasil em sua longa história de exportador de café. Nosso consumo interno também será recorde, ficará ao redor de 21 milhões de sacas. Em 2014, nossas necessidades de café verde totalizarão incríveis 57 milhões de sacas!

CaféPoint - Quais os traços deixados pela quebra de produção brasileira na safra 2014/2015 no mercado cafeeiro internacional? E interno?
Eduardo - A quebra da safra brasileira de café em 2014, resultado de uma seca no Sudeste brasileiro que a geração atual de agrônomos diz que não enfrentou outra igual, derrubou a produção de café arábica no Brasil e trouxe grande insegurança ao mercado de café brasileiro e internacional. Essa insegurança vai continuar apesar das chuvas desta primavera. Estas chuvas apenas impedem que a quebra da safra 2015 seja ainda mais acentuada. Além disso, com a aceleração das mudanças climáticas devido ao aquecimento global, existe a possibilidade de secas mais frequentes e temperaturas médias mais altas sobre os cafezais do Sudeste brasileiro. Como o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, em nossa opinião esta seca marca o início de um longo período de baixos estoques mundiais, em um cenário de crescimento do consumo global.

CaféPoint - O que você espera da demanda internacional por café especial para o próximo ano?
Eduardo - Vai crescer. As grandes redes de cafeterias estão fazendo expressivos investimentos na ampliação do número de lojas. O consumo doméstico de cápsulas cresce a dois dígitos. Os consumidores no hemisfério norte estão sofisticando seu gosto e procuram cada vez mais cafés diferenciados e exóticos.

CaféPoint - Visto que a seca deste ano já afetou parte da produção da safra brasileira, qual a previsão para a oferta do produto no ano de 2015? Haverá déficit? Se sim, qual a previsão?
Eduardo - Provavelmente haverá déficit, mas temos de aguardar a primeira estimativa de nossa safra 2015, que será divulgada pela Conab em janeiro próximo. Haverá muita disputa pelos lotes de café arábica de boa qualidade a finos.

CaféPoint - Qual a sua expectativa para os preços pagos ao produtor no próximo ano?
Eduardo - É difícil fazer uma previsão, ainda mais no atual momento econômico e político. Como se comportará a inflação? E o dólar? Não temos ideia da política econômica brasileira para 2015!
Acredito que os preços se sustentarão e dependendo do ambiente econômico e do tamanho de nossa safra 2015, tenderão a subir.

CaféPoint - Para finalizar, de que forma você acredita que o produtor pode se integrar mais ao lucro da cadeia cafeeira?
Eduardo - A orientação é a de sempre. Investir em produtividade, controlar os custos e sempre procurar a melhor qualidade possível. Qualidade significa preços melhores e grande liquidez na hora de vender.

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EQUIPE CAFÉPOINT

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 12/01/2015

Para aprender mais sobre estratégias do agronegócio café, fiquem atentos ao início do curso online "Marketing Estratégico no Agronegócio do Café". Saiba mais: https://www.agripoint.com.br/curso/marketing-cafe/
CLÁUDIO BARBOSA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/01/2015

Bom dia, Arnaldo, e um 2015 com muita saúde para você e a família: não entrarei em detalhes, mas afirmo que faço meu dever de casa.

E como produtor, digamos, "atualizado", só entendo a discrepância dos números sobre o que produzimos como um fator intencional desenvolvido para alimentar o negócio dos especuladores - afinal eles também fazem seu dever de casa, não é mesmo?

Mas se me permite, eu insisto: com os atuais instrumentos tecnológicos disponíveis é perfeitamente possível se estabelecer parâmetros quantitativos confiáveis que dariam  uma relativa tranquilidade para que pudéssemos investir e dedicar nossa energia a produzir um café arábica cada vez melhor.

Um abraço,  

Cláudio Barbosa.
ARNALDO KRAUSE

ITAGUAÇÚ - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/12/2014

Tudo são projeções, tivemos seca histórica (real) safra brasileira com queda significativa, devido a estiagem, o que nós produtores temos que ter consciência é que não vivemos só de projeções, nossos custos são reais, independente de dólar baixo ou alto temos um custo de produção que é alto.

Na minha opinião hoje o gargalo da cafeicultura, em especial os da montanha está na mão-de-obra que a cada ano está tendo mais dificultada de ser encontrada. Concordo com comentário acima, mas o meu pensar é o seguinte não ampliar mais áreas, talvez até diminuir e sim aumentar a produtividade, por que somos capazes para isso.

Hoje o diferencial de café fino para o tradicional é grande, só lembrando se esta oferta aumentar um pouco o diferencial será menor, Se esta diferença for grande por um bom tempo, o que irá acontecer é que mais uma vez será aumentado o percentual de robusta nos blends, e a gente sabe que o café conilon com dois anos de idade você tem produtividades altas em pouco tempo e a gente sabe que tem outra áreas de café se expandindo.

Minha opinião vamos fazer o dever de casa, primeiro saber o nosso custo de produção, segundo o mais difícil vender este quando estiver dando alguma rentabilidade e  terceiro tudo são projeções ninguém nos garante nada por assinado, o que todo produtor, empresa, comerciante quer é lucro, as projeções são importantes? Sim mas não nos garantem nada, mas você sabe o quanto o seu produto te custa.
CLÁUDIO BARBOSA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 30/12/2014

Uma questão: como o Brasil não produziu este ano o que exportou/consumiu internamente, acho que é possível deduzir-se que a diferença veio de estoques de anos anteriores. Pergunto: é impossível se saber qual o estoque atual de café no país, de forma a somá-lo à estimativa mais acurada que teremos proximamente para sabermos o que esperar de café disponível no mercado para o próximo ano? Ou ainda: dentro de uma expectativa conservadora, teremos 58 milhões de sacas de café disponíveis em 2015 para exportação/consumo interno?

Cláudio Barbosa.
JOSÉ EDUARDO MENEZES MENDONÇA

CARMO DO PARANAÍBA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/12/2014

Parabéns pelo texto! Bastante técnico e ponderado.

Feliz 2015 a TODOS!
GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/12/2014

Artigo bastante sensato, dentro da realidade. A alta do dólar também pode favorecer, mas em contrapartida o aumento dos insumos refletem também a alta do dólar.

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