Produtores de café arábica da região do Caparaó reuniram-se nos últimos dias 28 e 29 de maio, durante o 13º Simpósio de Cafeicultores e XII Feira de Insumos da Região do Caparaó. Na ocasião, de acordo com a Seag - Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo, as discussões foram sobre a cafeicultura e a diversificação agrícola da região, para que o setor tenha melhor sustentabilidade econômica, social e ambiental.
A abertura oficial do evento - que reúne aproximadamente 400 pessoas todo o ano – foi realizada com o pronunciamento das autoridades sobre os produtos da agroindústria. Já no segundo dia, os participantes tiveram oportunidade de acompanhar palestras voltadas para o armazenamento, mercado e a comercialização do café. O evento é uma realização do Governo do Estado, com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Prefeitura Municipal de Irupi e do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF).
O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, destacou a importância do evento, que se constitui em um importante instrumento para a difusão de conhecimento e tecnologia entre os produtores. Ele também ressaltou a evolução da cultura do café arábica no Espírito Santo ao longo dos últimos anos, e afirmou que o estado vem ganhando o merecido reconhecimento do mundo pela produção de um café de alta qualidade.
"Estamos diminuindo a área e aumentando a produtividade e a qualidade de nosso café, renovando as lavouras e difundindo o conhecimento e a tecnologia entre os produtores. Ainda temos muitos desafios pela frente, mas tenho certeza de que juntos vamos continuar evoluindo no sentido de produzir um café com cada vez mais qualidade, contribuindo para o aumento da renda na área rural", destacou o secretário.
Segundo o extensionista do Incaper de Irupi, Tulio Luís Borges, esse é um evento que mobiliza toda a região. “É uma oportunidade de trocarmos experiências e propostas futuras para repensarmos as melhorias voltadas para o desenvolvimento do café”, contou.
Segundo Tulio, esse ano, os assuntos que ganharam destaque foram sobre as alternativas de armazenamento e de comercialização do café e técnicas de conservação de solo e de água no agroturismo, diante do potencial que existe na Serra do Caparaó.
As palestras envolveram temas como: as perspectivas e exigências do mercado mundial de café, explicações sobre o Programa de Estímulo à Produção de Cafés Especiais e Comercialização de Minilotes, formas de armazenamento e comercialização coletiva dos cafés; as atividades do agroturismo voltadas para a geração de emprego e renda; técnicas de conservação do solo e das águas, com o manejo dos recursos hídricos e sobre projetos de assistência gerencial e técnica para a cafeicultura.
As palestras foram apresentadas por representantes do Incaper de Irupi, do CETCAF, do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCC-V), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Território do Caparaó (Coofaci), do Consórcio Caparaó, e da Coordenação de Assistência Técnica Rural (Ater) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).