Minas Gerais aumentou em 150% sua exportação de café industrializado, desde 2001. O número é do Sindicato das Indústrias de Café do Estado de Minas Gerais (Sindicafé). Mesmo exportando 60% do café processado do Brasil, as vendas externas do produto são ínfimas se comparadas às exportações de grão verde.

Segundo cálculos do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em 2006 a exportação de café industrializado no estado deverá atingir entre 80 mil e 100 mil sacas - algo em torno de 4,8 toneladas - que serão comercializadas a um valor no mínimo 30% maior do que o do café em grão. Há quatro anos, o total de café mineiro industrializado destinado à exportação, anualmente, não passava de 20 mil sacas ou 960 mil quilos.

O agronegócio do café, em todo o mundo, gera uma receita anual de US$ 80 bilhões, mas apenas US$ 7 bilhões ficam nas mãos dos produtores de grãos como Brasil, Honduras, Colômbia, Panamá e Vietnã. O Brasil, tradicional fornecedor de grão verde para a indústria mundial, detém cerca de 29% do market share do setor, dos quais Minas responde por aproximadamente 15% .

"O grande desafio é vender café processado ao mercado mundial´, ressaltou o presidente do Sindicafé/MG, Almir José da Silva Filho.

Na lista dos exportadores de café industrializado com o pé fincado em território mineiro estão nomes como o Café Bom Dia, de Varginha, o Café Solúvel Brasília, o Café Jerônimo e o Segafredo, entre outros.

"A maior parte do café industrializado vai para mercados seletivos. Trata-se de cafés especiais como é o caso do Bom Dia, o maior fornecedor da rede norte-americana Wal-Mart", destacou o presidente do Sindicafé/MG em notícia de Zulmira Furbino para o Jornal do Commercio/RJ.