A visão global do mercado cafeeiro segue instável e, por isso, diversos países têm buscado alternativas para se manterem competitivos no setor. É o que aponta o último O Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, projeto da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
“A insegurança quanto ao clima traz grandes dificuldades para o momento da tomada de decisão, prejudicando a rentabilidade de muitos agricultores. Neste cenário a inteligência competitiva pode ser uma ferramenta valiosa”, aponta o documento.
Brasil
Dentro do País, o Bureau aponta que a produção de cafés diferenciados se destaca como excelente alternativa para aumentar a competitividade. O exemplo citado é o Cerrado Mineiro, primeira no Brasil a possuir o selo de Denominação de Origem para café. Uma das maneiras de impulsionar esta iniciativa são os concursos para cafés de qualidade, assim como ocorreu na região, através do evento promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, em parceria com o Sebrae, e que alcançou até R$1200 por saca, o que colabora com o desenvolvimento de uma atividade mais rentável e competitiva.
Mundo
Outras localidades ao redor do mundo também enfrentam seus desafios a sua maneira. Na América Central, o Bureu aponta o combate à ferrugem como foco da grande maioria das ações. Os níveis dos impactos são variáveis nos diferentes países produtores da região. Apesar do sucesso de muitas medidas mitigadoras, ainda há motivos para preocupação, por isso os cafeicultores recebem o apoio de diversas instituições públicas e privadas, nacionais e estrangeiras. A diferenciação e a busca pela sustentabilidade são temas importantes na cafeicultura centro-americana, permitindo a agregação de valor ao produto e o aumento da rentabilidade.
Na América do Sul, a produção de cafés especiais e a busca por mercados diferenciados é uma tendência nos principais países produtores (Brasil, Colômbia e Peru). Neste contexto, as parcerias entre indústria e produtores trazem inúmeros benefícios a ambas as partes como acontece no Peru, por exemplo. Tendo isto em vista, vários produtores brasileiros entusiasmaram-se com a intensão da Nestlé em instalar uma fábrica de cápsulas de café no país e estão buscando formas de auxiliar na concretização deste projeto.
O foco na África continua sendo a expansão da cafeicultura para novas áreas e o aumento da produtividade. Em muitas áreas pouco tradicionais no cultivo de café, a cultura é implantada com objetivo de melhorar as condições econômicas e sociais. Na Ásia, o governo indiano mostra-se bastante envolvido no desenvolvimento da cafeicultura do país.
Confira o Relatório, na íntegra aqui.
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