A forte chuva de granizo atingiu no último domingo (18/08), que atingiu o município de São Sebastião do Paraíso, no sudoeste de Minas Gerais, apresentou volume tão grande que uma grande camada de gelo se formou nas ruas da cidade. Na zona rural do município, que se destaca na produção de café, as chuvas intensas também provocaram grandes prejuízos para os cafeicultores.

“Encontramos lavouras que seguramente terão perdas de 50% ou mais na próxima safra, em função dos danos causados às plantas pela chuva de granizo. Há casos de lavouras novas que foram totalmente destruídas”, explicou o gerente do Departamento Técnico da Cooparaiso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso), engenheiro agrônomo Marcelo Moura Almeida, depois de receber as informações de uma equipe técnica que foi a campo dimensionar a intensidade dos estragos.

De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor em cafeicultura, Clayton Grillo Pinto, quando as lavouras são pouco atingidas, com ferimentos leves nas folhas, as perdas para a próxima safra são pequenas ou quase nulas. Porém, quando se tem folhas rasgadas, ferimentos severos nos ramos produtivos, e até corte da parte nova do tronco no ápice das plantas, as perdas são enormes e os cafeeiros atingidos demoram para se recuperar, já que a melhor alternativa em alguns casos pode ser a realização de uma poda drástica como a recepa.

O consultor complementou.”Qualquer ferimento na planta serve como porta de entrada para microorganismos causadores de doenças, e nesse momento é imprescindível que o cafeicultor solicite assistência técnica com urgência. A intensidade dos danos nem sempre é a mesma em todas as lavouras, havendo por isso uma solução mais adequada para cada caso, o que torna importante a avaliação de um técnico”, finalizou. 

As informações são do Polo de Excelência do Café, adaptadas pelo CaféPoint.