Esforços para implementar uma Política Nacional de Café foram impulsionados após a Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) ter destinado US$ 480.000 para promover o desenvolvimento do setor de café de Uganda, conforme estipulado pela Política.

A Política Nacional de Café deve rejuvenescer o setor de café de Uganda. Esse financiamento é canalizado através da União Nacional de Agronegócios de Café e Empresas Rurais (Nucafe), uma entidade local que está responsável pela tarefa de popularizar a Política entre todos os membros da cadeia de valor de café, incluindo produtores de café, compradores, processadores, frigoríficos e exportadores.

Reconhecendo o suporte financeiro do USAID, o diretor executivo do Nucafe, Joseph Nkandu, considerou o acordo como uma parceria histórica visando permitir que os produtores de café entendam todos os princípios e as intenções do governo de Uganda estipulados na Política.

“O USAID foi instrumental no lançamento da Política. Apoiar sua implementação é um grande passo em direção à criação de conscientização sobre isso para os produtores que influenciaram sua formulação para continuar de posse do processo durante a implementação”.

Lançado em 2013 pelo governo após extensivas consultas com vários membros do setor, a Política Nacional de Café traz importantes intervenções, como irrigação, produtores sendo donos de seu café, formulação de padrões do Café Nacional, melhora na pesquisa e encorajamento dos produtores a investir no processamento e na adição de valor.

Ela também destaca o suporte do governo a organizações de produtores como reformas essenciais visando revitalizar o setor. De acordo com Nkandu, a Nucafe já embarcou na popularização da Política conduzindo workshops em todo o país. Durante esses workshops, os produtores de café são informados sobre princípios e intenções na Política e qual a melhor forma de ela ser aplicada.

Nkandu é otimista de que as provisões na Política que estipulam as intenções do governo a dar suporte a permitir que os produtores sejam donos de seu café poderia desencadear a necessária competitividade do setor de café de Uganda.

Além disso, ele disse que devido a política conduzir à necessidade de jovens e mulheres serem apoiados para incluir o café como um negócio em diferentes pontos da cadeia de valor, ela impulsionaria a produção cada vez menor do país que estagnou em 3 milhões de sacas anualmente nas duas últimas décadas.

“A produção nacional de café pode não aumentar sem os produtores tendo a posse que permite produtividade e empreendedorismo e esse é o motivo pelo qual temos uma geração velha de produtores e uma geração velha de cafezais. Há a necessidade de uma nova geração de produtores de café que estão mais integrados na cadeia de valor e são capazes de fazer melhores retornos de seus investimentos. Isso nos ajudará a criar muitos empregos para a maioria dos jovens que temos nesse país”.

A reportagem é do https://www.newvision.co.ug / Tradução por Juliana Santin