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Produção de café da Colômbia retorna aos níveis de antes da crise

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/02/2015

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Boas notícias àqueles que adoram o café da Colômbia. Há muitos grãos saindo do país latino-americano após uma forte colheita do ano passado e as previsões são de mais crescimento nos próximos anos.

A produção de café arábica do país foi devastada por uma doença conhecida como ferrugem. Entretanto, os produtores da Colômbia viram uma recuperação notável na produção após um extensivo programa de renovação durante os últimos cinco anos. “Foi nosso grande salto à frente”, disse o diretor de marketing da Federação de Produtores de Café da Colômbia (FNC), Luiz Samper.

O retorno da produção de café da Colômbia aos níveis de antes da crise, bem como a recuperação da produção em outros países latino-americanos afetados pela ferrugem, tem sido em grande parte ofuscada pelas preocupações no ano passado com relação à produção no Brasil. A seca no Brasil no começo de 2014 causou estragos na produção de café do País e as incertezas prejudicam as previsões para seus produtores.

Na Colômbia, após o foco inicial de ferrugem do café em 2008, a produção caiu para 7,7 milhões de sacas em 2012, menos que as 12,6 milhões de sacas em 2007. A doença, então, espalhou-se para a América Central, afetando a produção de países como Honduras, Guatemala e Costa Rica.

Após replantar quase 3,2 bilhões de mudas de variedades resistentes a doença desde 2009, a produção de café da Colômbia em 2014 alcançou 12,1 milhões de sacas, 12% a mais que no ano anterior. O bônus aos produtores de café da Colômbia tem sido o aumento da produção, que veio em um momento quando a menor produção do Brasil aumentou os preços do café.

O valor da colheita de café da Colômbia em 2014 totalizou 5,4 bilhões de pesos (cerca de US$ 2,27 milhões), 23% a mais que no ano anterior, de acordo com a FNC.

Os produtores no México e na América Central, que também foram afetados pela ferrugem do café, similarmente viram uma recuperação. A produção na região, que é responsável por um quinto da produção de café arábica, deverá aumentar em 3%, para 17,3 milhões de sacas em 2014 com relação ao ano anterior, de acordo com a Organização Internacional de Café (OIC).

Honduras, México, Guatemala e Costa Rica deverão ver uma “recuperação decente”, disse a OIC, apesar de o nível de produção estar ainda 14% menor do que em 2011, antes da ferrugem afetas as colheitas de café dos países.

Porém, nem tudo são rosas nas região. Nem todos os países afetados pela ferrugem conseguiram alcançar uma recuperação na produção. A recuperação na produção tem sido mista, de acordo com o chefe de pesquisas da Volcafe, braço de café da ED&F Man, Keith Flury. El Salvador está lutando com uma produção de 680.000 sacas em 2014, metade das 1,4 milhão de sacas produzidas em 2012. O vizinho da Colômbia, Peru, também não conseguiu se recuperar da ferrugem, produzindo 3,4 milhões de sacas em 2014, caindo bastante de 5,3 milhões em 2011 e sendo o menor volume desde 2009, de acordo com a OIC.

Como mostrou o caso da Colômbia, qualquer esforço de renovação precisa ter o envolvimento conjunto de agrônomos, técnicos e financiadores coordenados por uma organização central. Com exceção de Honduras, muitos dos setores de café de países menores não têm capacidade de organizar um programa assim, disseram oficiais da indústria de café. Mesmo se fizerem, “a boa colheita colombiana e a leve recuperação na produção da América Central não serão suficientes para compensar as perdas no Brasil”, disse o analista sênior de commodities do Rabobank em Londres, Carlos Mera.

A produção na Colômbia e alguns de outros produtores de café da América Latina fora do Brasil deverá continuar se recuperando, mas há consideráveis incertezas com relação à colheita desse ano para o maior produtor mundial.

Apesar de a seca no Brasil ter reduzido bastante a produção no ano passado, os danos resultantes nas plantas deverão continuar afetando a produção desse ano, disseram os analistas. As estimativas vão de 27 milhões de sacas a 34 milhões de sacas para a colheita de café arábica do Brasil, comparado com a média de cerca de 35 milhões de sacas em cinco anos até 2013.

“O clima no Brasil desde o começo desse ano tem sido menos do que o ideal”, disse Mera, que previu uma queda na oferta global na colheita de 2015-16 com os preços do café arábica atualmente sendo comercializados a US$ 1,60 por libra, aumentando para US$ 2,10 no segundo trimestre. Se isso estiver correto, os fãs do café colombiano poderão pagar mais por seu café no final do ano apesar das ofertas abundantes.

A reportagem é do The Financial Times / Tradução por Juliana Santin 

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