Honduras prevê exportar 1,53 milhão de sacas de 60 quilos de café à China nos próximos três anos, segundo informou o vice-presidente do Instituto Hondurenho de Café (IHCAFÉ), Dagoberto Suazo.

“Vamos para a China, o país mais populoso do mundo, e se conseguirmos nos próximos dois anos que cada chinês tome uma xícara de café, os preços tenderão a crescer”, disse ele.

Ele disse que o setor de café de Honduras estima exportar à China cerca de 1,53 milhão de sacas de café nos próximos três anos e chegar até 7,6 milhões de sacas nos próximos dez anos. O café “se converterá no salvador da economia nacional junto ao cacau e a outras atividades produtivas”, disse Suazo, que não informou sobre o valor das vendas.

O grão hondurenho também está abrindo mercado na Austrália, disse Suazo, que também é presidente da Central de Cooperativas Cafeeiras do país. Segundo ele, em janeiro, as exportações deverão ser de 613,3 mil sacas de café, por um valor de US$ 160 milhões.

Segundo o IHCAFE, Honduras venderá na colheita de 2014/2015 cerca de 5,36 milhões de sacas de café, o principal produto de exportação do país, por um valor de US$ 1,5 bilhão.

A atividade cafeeira em Honduras está nas mãos de cerca de 100.000 pequenos produtores, que em boa parte se viram afetados nos dois anos por um foco de ferrugem, que afetou 25% dos 280.000 hectares de cafezais do país.

Na colheita de 2013/2014, Honduras vendeu 4,17 milhões de sacas por US$ 793 milhões, segundo dados do IHCAFE.

Um dos projetos que tem facilitado a recuperação em Honduras é a renovação do parque. As variedades que são vulneráveis à infestação com ferrugem são substituídas por outras mais resistentes. O desafio é que os produtores tenham acesso às variedades idôneas e ao financiamento.

A reportagem é do https://www.laprensagrafica.com / Tradução por Juliana Santin