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Cafeicultores da Etiópia tem rastreabilidade como promessa de melhores negócios

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/04/2016

3 MIN DE LEITURA

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Os produtores de café assistem do lado de fora dos armazéns da cooperativa Wodessa, nos arredores de Jimma, região oeste da Etiópia, seus grãos de café arábica mundialmente reconhecidos sendo embalados em sacos de juta conspicuamente marcados com códigos de barra. Os códigos são designados a informar aos compradores locais exatamente de onde são esses grãos.

“Os compradores de café estão interessados em quem está produzindo seu café. Nosso objetivo é promover nossos produtores”, explicou Fedaku Dugassa, gerente da Limu Innarea Coffee Co-operative Union, que é localizada em planícies de alta altitude na região de Jimma.

Apesar da severa seca devastando partes do país, as chuvas caíram nos centros de produção de café nas planícies do sudoeste da Etiópia. Os produtores esperam que o sistema hi-tech de identificação permita um preço premium para seu café rastreável no mercado global, que favorece a verificação de origem.

“Nosso café na Etiópia é diverso e a rastreabilidade não é somente descobrir de onde ele é, mas quem está envolvido, significando os produtores. Esses fatos melhorarão nossa capacidade de movimentar o café e criar um valor premium para compradores e consumidores”, disse o diretor executivo da bolsa de commodities da Etiópia (ECX), Ermias Eshetu.

Visando a dominação do mercado de café de alta qualidade e na melhora do sustento de milhões de produtores, a ECX, a USAid e o programa de café sustentável – uma iniciativa global incluindo compradores como a Nestlé – investiram US$ 4,2 milhões no novo sistema de rastreabilidade.

Desde o lançamento do sistema em novembro, os produtores já comercializaram quase 1.000 toneladas de café rastreável, no valor de mais de US$ 2,5 milhões, através da ECX. O projeto veio através de uma parceria da ECX com a USAid através do programa de desenvolvimento do mercado de agronegócios e da iniciativa Feed the Future, uma rede global de desenvolvimento de projetos investindo em sistemas locais de alimentos, agricultura e nutrição.

O novo sistema deverá aumentar os preços dos cafés especiais da Etiópia à medida que os cafés rastreáveis são mais caros. Os produtores e suas uniões poderão pressionar por preços mais altos na ECX, por esse premium – boas notícias para 5 milhões de pequenos produtores, que estão entre os produtores de café mais pobres do mundo apesar de produzir variedades muito procuradas, como Sidama, Kaffa e Yirgacheffe.

O setor de café da Etiópia fornece receitas para mais de 15 milhões de pessoas e gera cerca de 31% das receitas com comércio externo do país. Nesse ano, as exportações deverão aumentar em 45%, para mais de 260.000 toneladas, de acordo com o porta-voz do Ministério do Trabalho, Shimelis Arega. Disso, cerca de 60.000 toneladas – 1 milhão de sacas ou 25% das exportações totais – devem ser rastreáveis.

Designado pela IBM, o sistema de identificação liga cada saca de café comercializada através da ECX a uma estação de processamento registrada nas regiões sul, central e oeste de produção de café.

A Starbucks vem comprando café da Etiópia por quase 40 anos. “Transparência é crítica para a Starbucks, porque fornece um insight aos produtores que compõem a cadeia de fornecimento, o volume de café sendo vendido à Starbucks e informações chave sobre a origem do café”, disse o diretor de rastreabilidade da Starbucks, Arthur Laruletwa.

Em 2008, o governo japonês cortou pela metade as importações de café etíope depois de quatro tipos de pesticidas, ilegais sob as leis japonesas, foram detectados em grãos de café frescos. Sem formas de rastrear os grãos contaminados, o Japão, um dos maiores importadores da Etiópia, proibiu todos os grãos da Etiópia por dois anos.

O esquema de identificação também deverá dar apoio aos produtores para desenvolver mais experiência e aumentar o valor de seus produtores antes de chegar ao mercado. As cooperativas começarão lavar seus grãos em estações de preparo com padrões da indústria e essas receberão equipamentos de classificação de qualidade e treinamento sobre métodos de colheita.

Os cafezais envelhecendo e os métodos de cultivo ruins têm sido responsáveis por baixos rendimentos e qualidade. Os produtores tipicamente produzem 700 kg de café exportável por hectare, comparado com 1.300 quilos em outros países. Os produtores na união Limu Innarea colhem café de plantações antigas, e não têm habilidade para secar seu café e acessar estações modernas de lavagem.

“Um dos maiores determinantes da qualidade do café é o tempo da colheita e a maturidade da cereja. Muitos de nossos produtores costumavam trazer colheitas com cerejas que não estavam totalmente prontas, que reduziram drasticamente a qualidade total de nossos lotes de café”, disse Dugassa. Agora, os produtores aprenderam como tratar melhor o café após a colheita, disse ele.

Além de aumentar a renda dos produtores, as maiores receitas de exportação do café devem ajudar o governo a financiar sua expansão da resposta de emergência à pior seca em 50 anos.

As informações são do The Guardian/ Tradução por Juliana Santin 

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