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SINCAL traça medidas para melhorar preços do café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/01/2010

6 MIN DE LEITURA

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A SINCAL reuniu-se, no dia 12/01/2010, no Sindicato Rural de Altinópolis/SP, para discutir diversos assuntos entre os quais as medidas para apoiar a cafeicultura em 2010. Na reunião foram abordados pontos que deverão ser aprovados, o mais rápido possível, para dar entrada na safra vindoura com decisões claras e praticáveis.

Como a SINCAL é conhecedora das debilidades da cafeicultura, resolveu iniciar o processo de discussão visando à resolução das citadas medidas, visto que no ano passado muitas embromações ocorreram por parte da área governamental especificamente, mais do Ministério da Agricultura que nomeou um grupo de trabalho que caracterizou-se por um desfiladeiro semanal na expectativa para apontar soluções do endividamento e de medidas de apoio que terminaram num relatório pífio com medidas inócuas e tardias, que nos ocasionou prejuízos elevados e muita indignação. Não existe um planejamento estratégico e, desconhecemos a realidade dos nossos estoques nas cooperativas e noutros setores comerciais da parte tanto qualitativa como quantitativa descaracterizando uma visibilidade e prejudicando os cafeicultores, beneficiando o comércio e algumas cooperativas que não passam de meras exportadoras.

Somado aos aspectos mencionados, temos as previsões feitas pela CONAB e IBGE, que colocam números pouco confiáveis. Colocar uma previsão de colheita de 2010/2011 "pura e crua" desconhecendo os estoques, como acabamos de citar, é um erro grosseiro, dando asas ao setor especulativo, ajudando a matar a classe produtora.

Prova disso tudo é a continuidade das exportações de café pelo Brasil, entregando nossos cafés a preços extremamente baixos, enquanto nossos concorrentes vendem com ágio e muito acima da bolsa de Nova York como:

- Nova York Eletrônica: 1,45 centavos de E.U$/libra peso = E.U.$ 191,80/saca x 1,75 = R$ 335,65/saca FOB.

- BM&F Brasil: março de 2010 - E.U.$ saca = E.U.$ 177,00/saca 1,75 = R$ 309,75/saca

- Café Colombiano (I.E)*: NY E.U$ / libra peso = E.U.$ 2,0909 = E.U.$ 276,58/saca x 1,75 = R$ 484,02/saca FOB.

- Café da América Central: E.U.$ / libra peso = E.U$ 2.105 = $ 266,54/saca x 1,75 = R$ 466,45/saca FOB.

- Café do Quênia: E.U.$/libra peso = E.U.$ 2,22 = $ 293,66/saca x 1,75 = R$ 513,90/saca FOB.

*Imediato Eletrônico

Portanto, senhores cafeicultores enquanto estamos vendendo nosso café arábica de qualidade excelente, senão melhor que os concorrentes, uma base de R $ 309,75 BM&F, a Colômbia está vendendo R $ 484,02, os Centrais estão vendendo a R$ 466,45, Quênia está vendendo a R$ 513,90 / saca. Portanto, não dá mais para aguentar tamanha injustiça. É muita deslealdade. Estamos sendo profundamente prejudicados economicamente. Isso é só um exemplo, no momento, sendo que nos últimos 13 anos perdemos R $ 100,00 / saca dentro da mesma sistemática apresentada. Calcule quantas sacas cada qual colheu nesse período, multiplique por R$ 100,00 / saca e veja uma fortuna que foi transferido do seu bolso para os mais ricos.

O Brasil continua exportando recordes de quantidades e causando recordes de prejuízos aos cafeicultores. Acompanhamos os fechamentos das exportações dados da CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café) que colocam destaque que o setor exportou 30,3 milhões de sacas em 2009, mas os cafeicultores estão perdendo R$ 100,00 / saca em média ou mais, e esses 30,3 milhões de sacas deu um prejuízo de mais de três bilhões de reais, extorquidos dos cafeicultores, dos trabalhadores rurais e do nosso país que em decorrência a isso passamos entre outros fatores não fazer vexaminoso título de Subdesenvolvido e terceiro mundista e, aqui quem provoca essa situação não são nossos negros e os pobres, mas sim os empresários e seus executivos e funcionários públicos graduados que vivem sugando o sangue de quem produz.

Nesses últimos meses estamos com mais de 50% de markt share (participação de mercado) na exportação de café arábica e incrivelmente continuados a praticamente "doar nossos cafés para o mundo rico". Onde está o Ministério da Agricultura, da Fazenda e outros setores governamentais? Propositalmente estão cegos ou por incompetência ou ambos. Isso é um descalabro, vender muito mais barato que nossos concorrentes num mercado já claramente caracterizado por falta de café. Países concorrentes ao Brasil deixaram de vender café por escassez de produto. Um absurdo. Nossos cafeicultores estão sendo frontalmente prejudicados.

Baseados no exposto, a SINCAL traçou pontos que deverão ser aprovados, o mais rápido possível, para darmos entrada na safra vindoura com as decisões claras e praticáveis como:

1. Preço Mínimo - Reajustar o preço mínimo de R$ 261,69/saca, que por um erro grosseiro do governo ficou abaixo do custo de produção. Sabemos que pelos próprios dados da CONAB o custo de produção ficava acima de R$ 320,00/saca reconhecido verbalmente em agosto de 2009, pelo Ministro da Agricultura.

2. Pré-Comercialização - Realizar as pré-comercializações a partir de maio de 2010, na entrada da safra, com 80% do preço mínimo corrigido e os vencimentos das mesmas a partir de 12 meses após a contratação o que não interferirá na safra de 2011, pois, sabemos que será uma safra baixa em decorrência a própria bienalidade e falta de tratos culturais.

3. Opções de Venda - Como o próprio governo já manifestou a estratégia de retirar 10 milhões de sacas do mercado para estocagem, faz-se necessário que as opções de venda ocorram a partir de agosto, para não acarretar excesso de oferta e não deixar os preços caírem. Sendo assim distribuídas dentro de 2010:

Em agosto - 1.250.000 sacas;
Em setembro - 1.250.000 sacas;
Em outubro - 1.250.000 sacas;
Em novembro - 1.250.000 sacas;

Totalizando cinco milhões de sacas

O preço das opções deverá ser reajustado Acompanhando o mesmo raciocínio do preço mínimo. Os demais itens que norteiam essa modalidade de negócio deverão acompanhar as portarias já aprovadas dentro de 2009. (Lembrando que já foram retiradas 3 milhões nas primeiras opções).

4. AGF (Aquisição do Governo Federal) - Aquisição de 2 milhões de sacas de cafés mais fracos como os de bebida RIO e RIADO, seguindo as portarias já existentes acrescentando o carrego financeiro, sacaria e frete.

5. Custeio de Colheita - Liberação das verbas a partir de março e abril de 2010 com o início da arruação e compra de materiais de colheita, revisão dos veículos para transporte dos trabalhadores entre outras. O pagamento da colheita só se dará com o atingimento do preço mínimo e poderá optar para pagar em café colocando nos estoques da CONAB.

6. Custeio para tratos culturais - Liberação das verbas a partir de agosto de 2010 para as aquisições de calcário, adubos e defensivos. Com isso evitaremos as trocas físicas, famigeradas, realizadas pelas multinacionais que além ganhar suas ricas margens ainda ganham em cima do café da troca. O cafeicultor com o dinheiro na mão irá adquirir seus insumos com melhores preços, diminuindo o custo de produção, dando maior competitividade a nossa cafeicultura perante o mercado internacional.

7. Levantamento dos estoques - Fazer levantamento de estoques com verbas do FUNCAFÉ, contratando empresas de credibilidade internacional para evitar especulações. Empresas como a Control União e SGS. Esses estoques deverão ser levantados quantitativamente qualitativamente, nas cooperativas e no comércio em geral.

8. Erradicação dos cafezais - Promover a erradicação de lavouras de baixa produtividade com remuneração ao cafeicultor para abater de suas dívidas perante o FUNCAFÉ. Esse plano de erradicação será sugerido pela SINCAL nas próximas semanas, mas, a princípio pensamos em erradicar 15 a 20% das lavouras consideradas de baixa produtividade.

9. Endividamento - Com relação ao endividamento dos cafeicultores, consideramos que o ideal é o que está preconizado na Carta de Varginha de 16/03/2009 oriunda do Movimento SOS Café, sem a qual os cafeicultores não serão beneficiados com uma implantação das medidas acima propostas.

Esse ano com uma estruturação da SINCAL teremos plenas condições de cobrança e acompanhamento das políticas do café. Faremos permanente vigilância com isso.

Confira a entrevista realizada pelo programa Mercado & Companhia, com João Abrão, presidente do Sindicato Rural de Altinópolis/SP.



As informações são da SINCAL, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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FLAVIO GARBIN FILHO

PIUMHI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/02/2010

Muito me orgulha em saber que temos pessoas que resistem e lutam por nós cafeicultores . Parabéns SINCAL pela maneira limpa e clara nas decisões tomadas em beneficio à cafeicultura.
" UNIDOS PODEMOS TROPESSAR E AJOELHAR , MAS CAIR JAMAIS"
ROBERTO WAGNER TRAVENÇOLO

CACOAL - RONDÔNIA

EM 27/01/2010

PARABÉNS pela matéria, pela competência de expor esse conteúdo valioso com informações importantíssimas para a cafeicultura nacional. São organizações como a SINCAL que serão capazes de tirar nosso valioso produto da atual situação caótica que se encontra.

ANTONIO DE PÁDUA COUTINHO FERREIRA

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/01/2010

Parabéns a competência da SINCAL em sua luta incansável pela cafeicultura brasileira. Em minha opinião temos que aproveitar esse ano de eleições e eleger de maneira coordenada um grupo de parlamentares para a Câmara Federal que esteja realmente comprometido com a implantação de políticas que venha atender as reinvindicações justas do setor. O atual governo deve observar que da sobrevivenica da cafeicultura dependem um contigente significativo de trabalhadores e de municípios brasileiros.
ELIANE DE ANDRADE C. NOGUEIRA

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/01/2010

O SINCAL é hoje o legítimo defensor dos direitos dos cafeicultores.Precisamos nos unir e dar apoio a esta entidade ,para que estas propostas sejam implementadas.Estamos perdendo dinheiro sem uma política para o café , que englobe preço, renda, seguro, contagem de estoques de café , principalmente com as cooperativas, prorrogações de dívidas e CPRs para dar fôlego para o cafeicultor que está completamente descapitalizado, recursos na hora certa , para que não tenha que se desfazer do produto em plena safra, quando os preços estão baixos, propaganda ,e nisto tem que se investir muito, para agregarmos preços.Mas para tudo isto precisa-se de apoio , pois estamos lidando com interesses de outos setores, que não querem preços remuneradores, então minha gente, vamos apoiar o SINCAL, pois lá tem pessoas competentes, sem interesses, para nos defender, vamos finalmente erguer uma entidade que nos represente.Vamos parar de ficar chorando por preços e nos unir, pois, se esta situação chegou neste ponto é por culpa da nossa desunião.Acordem, nos somos os maiores produtores e empregadores deste país...
RIGOBERTO FRANCISCO VITARELLI

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/01/2010

Caros amigos, deveriamos nós mesmos tormarmos medidas mais drásticas, como não entregarmos nosso produto a esse preço. Devemos valorizar os nossos serviços e nossos produtos, tomarmos as redeas de nossa carroça, pois deixarmos nossas vidas nas mãos de especuladores e corruptos é o maior erro.
Voces já pensaram em ficarmos um mês sem entregarmos café á conab, á exportadores, á bm&f, até a cooperativas e a armazens. Qual seria o efeito disto? Prá quem já está no fundo do posso, um dia, um mês, pouca diferença faz.
Analizem e tomem medidas, chega de tanta especulação. Bom dia. Rigo.

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