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Preço recorde não incentivará expansão de cafezais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/02/2011

2 MIN DE LEITURA

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A recente disparada das cotações do café, que atingiram os maiores valores em 13 anos na bolsa de Nova York (ICE Futures), e preços recordes para a mercadoria de melhor qualidade negociada no mercado interno, não devem provocar expansão da área plantada, como ocorria em período de euforia nas décadas passadas. A tendência é que a área se mantenha estável, na faixa de 2,1 milhões de hectares, e que o cafeicultor aposte no aumento do rendimento dos cafezais.

Na opinião do analista Eduardo Carvalhaes, por enquanto, não existe uma corrida para plantar café, apesar dos preços altos. Ele observa que nos últimos anos o cafeicultor brasileiro amadureceu muito e sabe que a atual escassez de cafés finos pode durar até o próximo ano, mas em 2013 a oferta deve se normalizar e provocar uma queda nos preços. "Quem irá plantar mais café sabendo que daqui a dois anos os preços podem cair", questiona.

Carvalhaes acredita que, em vez de aumentar a área, os cafeicultores devem se preocupar com o aumento da produtividade por hectare, redução de custos e melhora da qualidade do grão, aproveitando as sobras de caixa para investir em irrigação e mecanização nas regiões em que estas práticas sejam viáveis. Ele observa que atualmente o produtor tem muitas alternativas de exploração da propriedade, como a produção de grãos, o arrendamento para o cultivo de cana-de-açúcar e o plantio de eucalipto, atividades que dão menos trabalho e apresentam menos riscos que a cafeicultura.

Os números mostram que os cafeicultores brasileiros de fato amadureceram. Na segunda metade da década passada (2005 a 2009) os preços do café ficaram 60% acima dos registrados na primeira metade (2000 a 2004), mas mesmo assim a área permaneceu estável. Já a produção média saltou de 35,8 milhões sacas para 39,4 milhões de sacas, graças ao aumento de 11% na produtividade. Nos últimos anos vem aumentando a prática da substituição de lavouras decadentes. A renovação de cafezais nesta safra representa 15,1% da área em produção, três vezes mais do que há seis anos.

Na opinião de Carvalhaes, a saca de café a R$ 500, o dobro dos preços registrados no mesmo período do ano passado, não é um fato extraordinário. Ele observa que a alta assusta porque os preços estavam comprimidos, além de sofrer o impacto da desvalorização do dólar dos últimos 20 anos. Além do mais, diz ele, as demais commodities agrícolas, como o milho e a soja, tiveram alta de preços, enquanto os do café permaneceram em patamares históricos. Outro fator observado por Carvalhaes é que somente os preços dos cafés finos dispararam, por causa da oferta escassa, enquanto as cotações dos grãos com bebida inferior (riados e rio) comuns continuam baixas.

A falta de café fino provocará uma disputa na BM&FBovespa tanto para o vencimento março como no maio, pois aos preços atuais compensa mais exportar do que certificar o produto para entregar na bolsa. Carvalhaes diz que até junho a disponibilidade de café diminuirá e deve impulsionar os preços dos produtos de qualidade inferior e reduzir as exportações, que no ano passado atingiram o recorde de 33 milhões de sacas.

A reportagem é de Venilson Ferreira, para Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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