O presidente da Associação Nacional de Exportadores de Café (Asoexport), Carlos Ignacio Rojas, considerou que essa situação vem se apresentando, quase que exclusivamente, pela taxa de câmbio, que pesa muito na fixação do preço interno de compra. “Se tivéssemos uma taxa de câmbio entre 1900 e 2000 pesos por dólar, seria ideal para manter um preço interno muito bom”, disse ele.
Quanto aos preços mundiais do grão, ao fechamento de segunda-feira, 16 de junho, na Bolsa de Nova York, a libra do café colombiano fechou em US$ 1.743 por libra. Quanto ao preço que fixa a Organização Internacional de Café (OIC), esse está em US$ 1.899 por libra.
A OIC explicou que a tendência de baixa nos preços mundiais (que pontuam o que se paga aos produtores na Colômbia) obedeceu ao que os analistas de mercado sugerem que os danos da colheita brasileira poderiam não ser tão graves e calculam que a produção nesse país seria de cerca de 50 milhões de sacas.
Com uma faixa de diferencial de 5 milhões de sacas, os analistas do mercado mundial cafeeiro situam entre 44,57 e 50 milhões de sacas a produção cafeeira brasileira. “Isso contribui ainda mais com a tendência de baixa apresentada no mercado durante o mês de maio”, dizem, explicando que as recentes chuvas nesse país compensaram até certo ponto a seca anterior, em contradição com o ponto de vista predominante de que os danos infligidos entre janeiro e fevereiro são irreparáveis, seja qual for o nível de chuvas atual.
“Raras vezes se viu um mercado de café mais influenciado pela especulação que o atual”, disse o diretor da OIC, Robério Oliveira Silva. Ele, após conhecer os dados de produção e exportação de café da Colômbia, disse que “está no rumo de produzir a maior colheita em seis anos”.
A reportagem é do https://www.portafolio.co./ Tradução Juliana Santin.