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Práticas sustentáveis rendem taxas de juros mais baixas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/04/2009

2 MIN DE LEITURA

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As instituições financeiras no Brasil parecem estar mais preocupadas com os aspectos ambientais no momento de conceder crédito. Pesquisa feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) em 2007 aponta que 65,4% dos 26 principais bancos do país avaliam esses quesitos antes de aprovar financiamentos. O banco holandês Rabobank, que há 20 anos atua no Brasil, e desde 2005, com clientes rurais, criou critérios de classificação sócio-ambiental e chega a conceder desconto de até 5% na taxa de juros aos clientes localizados nos níveis mais altos de sustentabilidade.

Com 110 anos de história, o banco começou a criar uma diretriz regional no Brasil em 2005, por conta da entrada de produtores rurais na carteira do banco - que antes era composta por outros agentes do agronegócio, sobretudo agroindústrias. "Quando decidimos financiar produtores, surgiu o questionamento sobre como estimularíamos esses clientes a avançar nesse quesito", conta Daniela Mariuzzo, responsável pela área sócio-ambiental do Rabobank. O banco não queria sua imagem vinculada a produtores que desmatam florestas ou não cumprem leis trabalhistas.

E, para o Brasil, os critérios de exclusão e qualificação dos clientes estão diretamente relacionados a práticas que envolvem o desmatamento e as condições de trabalho. "Não tem sentido, por exemplo, aplicar esse critério em países onde não há floresta", justifica. Assim, após a definição dessas diretrizes locais, o primeiro passo foi compilar as legislações ambiental e trabalhista no país e, criar uma cartilha com linguagem didática. Os funcionários do banco começaram a ser treinados e um projeto-piloto, desenvolvido. A política socio-ambiental foi construída a partir de discussões com ONGs e aprovada em julho de 2006.

A ferramenta para medir o nível de sustentabilidade se baseia no preenchimento pelo cliente de um questionário sobre práticas ambientais e sociais, que depois é checado in loco por um funcionário do banco. Após essa checagem, o produtor é avaliado e enquadrado em uma escala de classificação vai de zero até 40, sendo o zero, o melhor nível de risco. "Essas visitas do banco são anuais, assim como a atualização da classificação".

Desde 2005, houve avanço importante no nível de sustentabilidade dos clientes, segundo Daniela. Naquele ano, 4% da carteira estavam classificados no nível "ruim", percentual que no ano seguinte foi de 3% e, desde 2007, é nulo. Ainda, o banco realiza dias de campo onde um produtor "sustentável" serve de exemplo para os outros. "Isso é importante por que esse agricultor mostra como alterou suas práticas, muitas vezes, com procedimentos simples, e conta as vantagens que obteve", acrescenta. Para 2009 estão previstos dois dias de campo, um em Lucas do Rio Verde (MT) e outro em Patos de Minas (MG).

"O lado racional de emprestar dinheiro para um cliente que respeita leis ambientais e sociais é que o risco do banco torna-se menor. Um cliente que polui, por exemplo, pode levar uma multa e, dentro da legislação brasileira, os agentes envolvidos, como os bancos, são co-responsáveis. Ainda, esse cliente pode ser impedido de continuar sua atividade por conta dessas infrações sócio-ambientais e, assim, não conseguir gerar recursos para e deixar de seus credores", argumenta.

As informações são de Fabiana Batista, da Gazeta Mercantil, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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