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Polinização das abelhas e os benefícios para o café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/08/2020

3 MIN DE LEITURA

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Na última quinta-feira (6), a Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel) promoveu uma live com o tema “Mulheres no Agronegócio Sustentável através do Processo de Polinização com Abelhas”, onde foi debatido o aumento de 20% na produtividade das lavouras com a polinização assistida.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou e discutiu sobre a importância do trabalho das abelhas para aumentar a produção de culturas como o café e a soja. “A polinização usada como bioinsumo é uma coisa nova, temos um espaço enorme para trabalhar mais esse assunto”, disse.

Para a presidente da Abemel, Andressa Berretta, as abelhas podem ser um importante bioinsumo para o agronegócio brasileiro: “As abelhas podem ser essenciais como políticas públicas para ajudar a criar a consciência de como podemos evitar a geração de carbono para o ambiente”.

Vanusia Nogueira, diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), comentou que além do aumento da produtividade proporcionado pelo uso de polinizadores na cultura do café, a prática possibilita a redução do uso de outros recursos e pode alavancar o valor agregado do produto.

“Esse aumento de produtividade fica totalmente em linha com tudo o que o agro brasileiro tem defendido e buscado mostrar para o mundo: que nós temos uma agricultura extremamente sustentável e que podemos aumentar a produtividade, o nível de alimentos que entregamos para o mundo sem necessariamente aumentar as áreas que precisamos para fazer isso”, disse Vanusia. “Os produtores já estão animados em se engajar nesse processo a partir da próxima florada, em setembro”, concluiu.

Dados do Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimento no Brasil, fruto da parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos e a Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador, aponta que a intervenção de polinizadores em cultivos de café favorece um aumento de 30% no rendimento. As abelhas são o grupo de polinizadores mais abundante na agricultura, pois visitam mais de 90% dos 107 principais cultivos agrícolas já estudados no mundo.

Segundo estudos da Federação Capixaba das Associações de Apicultores (Fecapis), as abelhas são mais eficientes que a polinização manual e vento, mais baratas e produzem frutos mais pesados e de melhor qualidade. A polinização consiste basicamente na transferência dos grãos de pólen das anteras para as estigmas da flor.

Um artigo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirma que a polinização é um serviço ambiental essencial prestado ao ecossistema, já que permite o transporte de pólen e consiste na transferência do pólen da parte masculina da flor (antera) para a parte feminina (estigma).

A polinização representa o processo reprodutivo dos vegetais superiores. É através dela que ocorre a fecundação e, consequentemente, a formação de frutos e sementes que irão originar novas plantas. Ela pode ser realizada por diversos agentes polinizadores, entre eles: aves, abelhas, borboletas, vespas e outros seres vivos que visitam flores como fonte de alimento ou que as acessam pela proximidade com o habitat natural.

Diversos cultivos agrícolas podem ser citados como dependentes da polinização biótica: as macieiras, o açaizeiro, a aceroleira, o maracujazeiro, a castanha do Brasil, que precisam das abelhas para produzir os seus frutos perfeitos. Para o caso do café, da canola, da soja, do morangueiro, do tomateiro, entre outras culturas agrícolas, a polinização não é obrigatória, mas a produtividade das culturas é muito maior na presença deles. Segundo os pesquisadores da área interação polinizadores e agricultura, os frutos polinizados têm mais sementes, maior homogeneidade de frutos, formato mais uniforme, maior valor nutritivo e vida de prateleira mais longa.

Em se tratando de café, estudos conduzidos pela Rede de Pesquisa para conservação e Manejo Sustentável de Polinizadores, coordenado pela professora Blandina Viana, da Universidade Federal da Bahia, demonstram que uma maior quantidade de abelhas na cultura, pode ocorrer um aumento na rentabilidade dos produtores em até 30%, além de trazer outros benefícios, como uniformidade de grãos.

Nestes estudos desenvolvidos na Chapada Diamantina, houve evidências que apenas uma visita da abelha Apis mellifera nas flores de café é suficiente para depositar grãos de pólen nos estigmas das flores, que produzirão frutos mais pesados e de melhor qualidade. Já as flores não visitadas por essas abelhas produzem frutos com tamanho e peso mais variáveis (grandes e pequenos), o que diminui a produtividade média. Nos locais onde há maior variedade de ambientes, com proporções similares de agricultura e vegetação natural, há maior diversidade de recursos como alimento e abrigo. Nesses locais foram encontradas mais espécies de abelhas visitando as flores.

As informações são do Canal Rural e do Cecafé.

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