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Panorama de mercado: o sobe-e-desce do dólar

POR JULIO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/10/2008

13 MIN DE LEITURA

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Na coluna de mercado do final de agosto, o CaféPoint anunciava que havia chegado a vez do dólar. Na última semana daquele mês, a moeda norte-americana iniciou os trabalhos em alta, cotada a R$ 1,629 na compra e R$ 1,631 na venda, acumulando valorização de 4,28% no mês. O banco de investimento Merrill Lynch tinha divulgado que o espaço para a valorização do real frente ao dólar chegara ao fim depois de cinco anos.

Alguns analistas, portanto, julgavam ser hora de o dólar buscar equilíbrio depois de tanta desvalorização. Entretanto, a escalada abrupta que está se dando no presente momento está em parte pautada em especulações, e deverá ser seguida de um imprevisível efeito "bolha". Ontem mesmo, diante de pacotes de socorro de cerca de US$ 2,28 trilhões adotados por governos europeus para salvar bancos, bolsas de todo o mundo dispararam e a cotação do dólar despencou 7,35% no Brasil. Na sexta-feira (10), porém, a moeda acumulava alta de 11,40% em relação à última semana e valorização de 28,13% nos últimos trinta dias.

O Ministério da Fazenda, em nota divulgada na semana passada, explicou porque o governo tem feito tanto para garantir liquidez externa aos exportadores: está havendo uma correção exagerada do dólar, que não deve se sustentar. Assim, passada a fase aguda da crise, o câmbio deve se estabilizar entre R$ 1,80 e R$ 2,00, de acordo com a conjuntura que se seguirá a esse período de maior turbulência.

A semana no mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) começou em meio às incertezas sobre a crise no sistema financeiro dos Estados Unidos. A aversão ao risco tem afastado os especuladores do mercado de café, que vem registrando baixo volume de negócios. Segundo um operador da Newedge Group, o quadro geral é de pessimismo. Na sexta-feira, a maioria dos mercados de commodities veio abaixo, pressionados por notícias financeiras negativas. Fundos e especuladores se afastam dos negócios, contrários ao risco.

Em entrevista publicada nos jornais de circulação nacional, o economista Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel em 2001 e ex-economista-chefe do Banco Mundial, avaliou os riscos da crise para o Brasil. Segundo ele, muitos investidores estrangeiros colocaram dinheiro nos produtos agrícolas de exportação porque o dólar estava baixo. Com a crise, eles voltarão a aplicar seus recursos na moeda norte-americana. Na avaliação do economista, isso fará com que as dívidas contraídas pelos agricultores brasileiros sejam um problema, além de provocar uma queda nos preços dos produtos.

Segundo o analista Gil Barabach, da Safras e Mercado, o fluxo comercial de café continuou em compasso lento ao longo de setembro, com cautela diante do agravamento da crise financeira americana, que se espalha pelo mundo. Entretanto, a baixa nos preços em bolsa foi compensada pela alta do dólar, mantendo a cotação do café no mercado interno praticamente estável.

Vendedores seguiram retraídos, observa o analista, mostrando mais preocupação com as entregas de café, comprometidas no começo do ano, em venda antecipada. Segue a aposta em uma melhora futura do preço. Mais capitalizados, ou com vendas antecipadas ou através das linhas de crédito do governo, os produtores mantêm a oferta minguada, negociando o estritamente necessário.

Afora as turbulências nas bolsas e no dólar, segundo o analista, o efeito mais drástico da crise financeira será sentido na disponibilidade de crédito ao produtor. "Já se percebem alguns problemas, mas a tendência é de agravar daqui pra frente, principalmente no que diz respeito ao crédito", afirmou o analista, mesmo com a promessa do governo brasileiro de crédito ao produtor rural.

De acordo com o Escritório Carvalhaes, os chamados fundamentos do mercado de café continuam positivos, porém o tamanho e a gravidade da crise impedem análises de curto prazo. Alguns fundamentos que podem dar sustentação às cotações neste momento de grande oscilação do mercado são:

Época do ano - com a chegada do frio ao Hemisfério Norte, o período é de aumento da demanda em grandes nações consumidoras, como Estados Unidos e países europeus. Ano de baixa produção - a atenção está voltada à safra 2009 do Brasil, maior produtor de café do mundo, que será naturalmente menor dentro do ciclo bienual da cultura, e qualquer problema com as floradas neste momento é fator altista.

As grandes oscilações do mercado financeiro nos últimos 20 dias, a valorização da moeda americana e a baixa nos preços do barril de petróleo geraram grande volatilidade no mercado de commodities e também para o café. Em setembro, o dólar saltou de R$1,56 para R$1,96, e atualmente encontra-se em patamares próximos a R$ 2,30. A valorização que a moeda norte-americana vem sofrendo pode fazer com que os produtores voltem a sofrer com o descasamento cambial, segundo Amarillys Romano, analista da Tendências Consultoria.

De acordo com Romano, a expectativa é de que o pior momento do câmbio é o que estamos vendo agora e que nos primeiros meses de 2009 o dólar vai voltar para um patamar entre R$ 1,80 e R$ 1,90, desequilibrando investimentos feitos agora com o momento da comercialização. "Um dos motivos que fez a renda do produtor ser fortemente prejudicada há três anos foi o fato de o plantio ser feito com o dólar elevado e a comercialização ser realizada com a moeda americana valendo menos", lembrou.

Gráfico 1. Variação do dólar (médias mensais) a partir de julho de 2007 (R$)


Fonte: Banco Central, Elaboração: equipe CaféPoint

Para Marcelo Faro, economista da Intra Corretora, a saída de recursos do país em época de crise é natural, mas a situação no Brasil deve melhorar em 2009. "Como os estrangeiros precisam cobrir buracos lá fora, é natural que este investimento saia do país, mas isso é só no curto prazo. Se a crise passar, no próximo ano estes investidores voltam a aplicar seus recursos no Brasil", disse ele.

O Banco Central (BC) vem atuando no mercado de câmbio com leilões de venda de dólares aos bancos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou os poderes do BC para intervir em bancos e o plano do governo para enfrentar a crise internacional conta com a possibilidade de gastar até 20 bilhões de dólares para irrigar o mercado de câmbio. O BC também vai prover liquidez ao mercado interbancário, com a redução dos depósitos compulsórios, e anunciar, na próxima semana, um aumento nos financiamentos para o plantio da safra 2008/09.

O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), já liberou R$ 1,7 bilhão para apoiar a safra de café 2008 nas linhas de colheita, estocagem, custeio e financiamento para aquisição de café (FAC). O orçamento total previsto é de R$ 2,1 bilhões. De acordo com o diretor do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE), Lucas Ferreira, restam R$ 457,7 milhões para serem aplicados.

Tabela 1. Funcafé - liberação de financiamento para colheita, estocagem, FAC e custeio de café


Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O BC também divulgou nesta segunda-feira (13) a versão atualizada do relatório Focus, que traz as previsões do mercado para os principais indicadores da economia brasileira. No mercado de câmbio, destaque para o aumento nas estimativas tanto para 2008, como para 2009, sendo projetado em ambos os casos que a moeda norte-americana seja cotada a R$ 1,85. Quanto à previsão de crescimento para a economia brasileira, o mercado revisou para cima suas previsões para o PIB de 2008, prevendo avanço de 5,23% este ano. Para o ano que vem, a estimativa é que o avanço seja de 3,50%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está com reunião marcada para os próximos dias 28 e 29 de outubro. No encontro será discutido o rumo da política monetária nacional e a meta de juros. Atualmente, a taxa de juro básico da país (Selic) está em 13,75% ao ano. Apesar da crise e da expectativa de uma desaceleração maior da economia, o mercado financeiro aposta em elevação de 0,5 ponto percentual da Selic (de 13,75% para 14,25%). Em dezembro, a Selic deve chegar a 14,75%, um ponto percentual acima do patamar atual.

De acordo com Heron do Carmo, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea/USP), a política de elevação de juros deveria ser esquecida no momento, pois a própria crise vai se encarregar de reduzir a inflação. Para o economista, os efeitos da crise devem ser suficientes para diminuir o consumo doméstico.

Segundo o professor, uma freada na atividade doméstica pode ser positiva, embora proporcione queda na renda da população. "Esse resfriamento não deve durar muito tempo, principalmente aqui no Brasil. A equipe econômica está preparada para agir em qualquer situação ruim, mas uma desaceleração do consumo pode contribuir para o controle da inflação sem a necessidade de elevar os juros", afirma Heron do Carmo.

Mercado Futuro

Pressionados pela venda generalizada de commodities, os futuros de café robusta no mercado externo recuaram fortemente em setembro. Os contratos que vencem em novembro fecharam a US$ 1.992/t no dia 30 de setembro na bolsa de Londres (Liffe), forte queda de 14,73% em relação ao encerramento de agosto. Os futuros de arábica desabaram na bolsa de Nova York (ICE Futures), sobretudo no final do mês. Em 30/09, os contratos que vencem em dezembro fecharam a 130,45 centavos de dólar por libra-peso, forte queda de 10,5% em relação ao encerramento de agosto. (Fonte: Cepea)

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), diante da crise de confiança nos mercados financeiros mundiais, fundos buscaram proteção através da liquidação de ativos de maiores riscos. Além de limitar o interesse de agentes em negociar o café, as turbulências no mercado internacional atreladas à forte oscilação da moeda norte-americana dificultaram a obtenção de créditos financeiros referentes a Adiantamentos sobre Contrato de Câmbio (ACCs) e Adiantamentos sobre Contratos de Exportação (ACEs). A ausência desses suportes interferiu nas comercializações, afastando alguns exportadores do mercado.

A bolsa de Nova York, na semana de 03 a 10 de outubro, caiu 670 pontos ou 6,70 cents/lb nos contratos para entrega em dezembro próximo - desvalorização de 5,49%. Desde o início da crise, em setembro, o acumulado chega a -20,86%. Em Londres, a bolsa de mercados futuros também registrou baixa bastante significativa, de 11,62% para os contratos com entrega em novembro, passando de US$ 1.911/t para US$ 1.689, 222 pontos de diferença. Desde o dia primeiro de setembro, o acumulado é de -24,83%.

A bolsa de mercadorias & futuros de São Paulo (BM&F), em movimento semelhante ao de Nova York, fechou a semana com -9,27% nos contratos previstos para dezembro, caindo de US$ 145,05/sc para US$ 131,60/sc. No comparativo com o mês anterior, foram 22,04% de desvalorização - no dia 10 de setembro, o contrato foi negociado a US$ 168,80/sc.

Tabela 2. Comparativos das principais Bolsas de café



Mercado Físico

Em setembro, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor teve média de R$ 261,58/saca de 60 kg, alta de 5,11% sobre a de agosto. Vendedores seguiram retraídos, aguardando uma melhor definição do mercado e na expectativa da realização dos leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Também contribuiu para sustentar as cotações internas a valorização do dólar frente ao Real, de 16,5% no acumulado de setembro, cotado a R$ 1,902 no encerramento do mês.

Em setembro, poucas torrefadoras nacionais apresentaram urgência em efetivar novos negócios dada a continuidade de entregas de lotes de robusta negociados antecipadamente. Nesse cenário, boa parte das empresas priorizou a obtenção de café arábica, variedade também utilizada na fabricação de blends.

Apesar do limitado volume de negócios no correr do mês, a retração vendedora sustentou os preços do produto no físico brasileiro. A média de setembro do robusta tipo 6 peneira 13 acima foi de R$ 217,32/sc de 60 kg, valorização de 1,45% sobre a de agosto; para o tipo 7/8 bica corrida, a média foi de R$ 212,87/sc, alta de 1,54% no mesmo período, ambos a retirar no Espírito Santo. (Fonte: Cepea)

Tabela 3. Contratos BM&F, Indicador Cepea/Esalq e cotação do Dólar


No mercado físico, o indicador à vista do Cepea/Esalq para o arábica foi de R$ 259,94/sc na sexta-feira (10), queda de 0,53% na semana, 0,91% nos últimos trinta dias e 0,85% quando comparado com mesmo dia do ano anterior. Para o conilon, deu-se o contrário. Em relação à mesma época do ano anterior, a variedade está 7,59% valorizada, acumulando, mesmo diante da crise, variação positiva de 2,50% na semana. Na sexta-feira, o indicador à vista do Cepea/Esalq para o conilon foi de R$ 220,87/sc.

Insumos Agrícolas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) avalia que até o final do ano serão comercializadas 26,5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil, crescimento de 7,7% em relação ao ano passado. Só de janeiro a agosto, os produtores compraram 16 milhões de toneladas. Para o diretor de logística e gestão empresarial da Conab, Sílvio Porto, a questão do aumento do dólar não rebate diretamente no preço dos fertilizantes. "A dívida já foi contraída e a elevação do dólar aumenta a liquidez dos produtores", explicou.

De acordo com Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), a média de consumo de fertilizantes dos últimos 18 anos, que sempre foi maior no segundo semestre (68% contra 32%), deve se apresentar de maneira mais equilibrada em 2008 (53% contra 47%) devido à entrega antecipada de insumos verificada no primeiro semestre. "O receio do aumento dos preços dos fertilizantes e também da falta de oferta no mercado mundial alimentou uma corrida dos produtores para estocar o produto, e a crise deve agravar ainda mais essa redução do consumo a partir de agora", analisa Daher.

Apesar de o Ministério da Agricultura vir combatendo a sobretaxa à matéria-prima utilizada na fabricação de fertilizantes, por aumentar ainda mais o custo final ao produtor, o Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento (Decom) recomendou ontem a manutenção da tarifa antidumping entre 2,4% e 36,3% sobre as importações de nitrato de amônio da Rússia e da Ucrânia. Alguns ministérios questionam a metodologia usada para determinar a existência do dumping - exportação a preços inferiores aos custos de produção no país de origem.

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial do setor deve superar a demanda em cinco anos, com crescimento anual de 3% no período 2008/2012, suficiente para atender a alta da demanda, ou seja, a produção deve passar de 206,5 milhões de toneladas em 2007 para 242 milhões em 2012. Estima-se que o consumo de fertilizantes na América cresça 2,3 milhões de toneladas, com taxa anual de 2,7%, principalmente para sustentar a produção agrícola do Brasil e Argentina.

De acordo com o diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Nestor Osório, os preços elevados de fertilizantes e outros insumos estão impedindo o desenvolvimento de novas lavouras de café. Os preços dos fertilizantes triplicaram em alguns países nos últimos dois anos, e os preços de todos os insumos estão avançando. "Mesmo com a recuperação dos preços do café, não há indicação de novas lavouras, e os planos não estão se desenvolvendo bem porque não há dinheiro", disse o diretor, referindo-se à crise global do crédito.

Crise x Consumo

Por outro lado, Osorio afirma que o consumo de café não deverá ser prejudicado pela crise: "não vejo nenhum sinal de a demanda de café sendo reduzida. É claro que existe uma crise em muitos países, mas não é no número de xícaras de café que as famílias que não podem pagar suas hipotecas estão fazendo economias", disse. "Talvez as pessoas possam mudar o tipo de café consumido, do de melhor qualidade para um de qualidade média, ou até mesmo pode ser que, por ficarem mais em casa, as pessoas até bebam mais café", completou.

Na verdade, este assunto foi motivo de piada de um reconhecido jornal inglês que citou, nesta segunda-feira, em tradução livre: "diante da atual crise econômica, com exceção do café, na semana passada todas as commodities recuaram frente à possibilidade de que a demanda por matéria-prima possa diminuir. Teria sido o consumo de café favorecido por todas essas últimas longas noites entre bancos privados, Bancos Centrais e investidores?", brincou o site.

Já o analista de mercado Gil Barabach alerta para desaceleração do aumento do consumo de café, principalmente nos chamados países consumidores emergentes, como o leste europeu. Leia mais sobre os efeitos da atual crise financeira para a cafeicultura. Com informações da Dow Jones, Gazeta Mercantil e Valor Econômico.

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CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 14/10/2008

Prezado Julio,
Grande panorama do momento atual.
At.
Celso Vegro

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