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Investir em cafés especiais é solução atrativa

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/12/2010

3 MIN DE LEITURA

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Diante do maior interesse tanto da classe média emergente em tomar café e dos grupos de maior poder aquisitivo em escolher uma marca de café especial no fim da refeição, a cafeicultura brasileira tem assistido a uma intensa movimentação. Grupos estrangeiros e grandes companhias reforçam sua posição e ampliam seu leque de marcas nacionais, enquanto, para sobreviver à disputa, pequenas e médias empresas fazem aquisições e investimentos em cafés especiais com maior valor agregado.

Há quinze anos, só duas estrangeiras - Mitsui e Melitta - atuavam no mercado doméstico e respondiam por menos de 10% do segmento. Hoje, esse percentual pulou para 50%, com a aquisição da Café Damasco pela americana Sara Lee, dona das marcas Pilão, Café do Ponto e Seleto, que com a compra reforçou sua atuação no Sul do país. Com esse movimento, as pequenas e médias empresas tiveram de reagir para sobreviver.

O Grupo Caiçara Alimentos, de Jundiaí, interior de São Paulo, anunciou recentemente a aquisição de uma das marcas mais tradicionais do país, o centenário Café São Joaquim, de Campinas. "O mercado está muito competitivo e para crescer precisamos ampliar a escala e área de atuação, adquirindo marcas reconhecidas", diz o diretor da empresa, Tadeu Pignata.

Os valores da compra não são revelados por motivos contratuais, mas a Caiçara prevê aumentar sua participação no mercado regional, trabalhando com mais força a região de Campinas, uma das maiores do interior paulista. Em três anos, a expectativa é de que o faturamento da marca cresça 60% a partir de uma estratégia focada na melhoria da qualidade do produto e na ampliação do portifólio de cafés a serem vendidos.

"Teremos uma linha de cafés especiais, solúveis, capuccino e também a área de máquinas de café expresso, tanto para empresas quanto para residências". Novas aquisições não estão descartadas, depois da consolidação da nova gestão do Café São Joaquim. "Estamos atentos a oportunidades e sabemos que há várias marcas regionais no interior que estão disponíveis para venda. A consolidação será um processo natural."

Para atuar no grande varejo e chegar às gôndolas e preferência dos consumidores, as pequenas e médias empresas precisam ter melhor gestão, profissionalização, escala e portfólio de produtos para atender às exigências dos grandes varejistas. "Os pequenos estão sendo forçados a mudanças para que possam sobreviver", analisa.

O consumo de café aumentou com a melhoria da renda e nível de emprego. Projeções das empresas mostram que este ano cerca de 20 milhões de sacas de café serão exportadas, mais 6% em relação a 2009. O consumo interno deve crescer acima das exportações. Nesse cenário, para sobreviver ao competitivo mercado, as empresas menores não têm apenas comprado outras companhias, mas também buscam novos nichos para agregar valor ao produto vendido. Um exemplo é o do Café Serra da Grama, produzido em São Sebastião da Grama, no interior de São Paulo.

Em outubro, aHèdiard, uma das maiores redes de produtos de alimentos da França, resolveu comemorar os 140 anos de seu principal endereço em Paris de uma forma diferente, abrindo espaço para 40 marcas de diversos produtos de várias partes do mundo, que tivessem como diferencial a alta qualidade artesanal de produção. O Café de Serra da Grama foi um dos escolhidos e ganhou espaço na loja da Hèdiard da Place de la Madeleine. "Em março, recebemos um e-mail que a Hèdiard tinha interesse em provar amostras de cafés do Brasil, entramos com uma de nossas seleções especiais e, em agosto, eles anunciaram que fomos escolhidos", diz Mariângela Taramelli, dona da fazenda.

Neste ano, com o espaço novamente aberto na França, a repercussão tem sido positiva e contribuído para aumentar os negócios. "Estamos conversando com redes brasileiras de varejo, interessadas no nosso café, e estamos conversando com a Hèdiard para podermos entrar em sua linha de produtos", afirma Mariângela.

Com as grandes empresas tendo espaço cada vez maior no mercado nacional, a empresária acredita que investir em nichos é uma solução atrativa. "Nesses nichos, pode-se profissionalizar, ter maior qualidade e trabalhar com um produto de alto valor agregado, que são os cafés especiais", diz. Os pés de café da fazenda Taramelli têm plantio e colheita manual, secagem adequada e torrefação no ponto.

A reportagem é de Roberto Rockmann, para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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