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Indústria e associação de produtores têm divergências

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/05/2010

3 MIN DE LEITURA

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O café é importante para o Brasil desde a época do império. Em 2008, representou cerca de 2,37% da pauta de exportação brasileira. Hoje, o Brasil é, ainda, o principal exportador do produto, com uma exportação média, nos últimos três anos de 28,3 milhões de sacas.

A produção brasileira de café é a maior do mundo, respondendo por mais de um terço de toda a produção mundial. Em 2009, o volume de produção foi estimado em 39 milhões de sacas. O país possui aproximadamente 6,4 bilhões de pés de café, com 2,3 milhões de hectares de área plantada.

Apesar de todo histórico do produto no Brasil, as lideranças do campo afirmam que falta reconhecimento e empenho do governo e da indústria em lutar pela precificação do café tanto no mercado interno quanto externo. "Falta um pouco de vontade. É muito mais fácil e cômodo, continuar pagando café pela metade do preço do que fazer um 'lobby' político em NY, ou mesmo em outras bolsas, como Chicago, e mesmo na BM&F", afirma Armando Matielli, engenheiro agrônomo e diretor do Sincal (Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite).

De acordo com Matielli, o valor pago nas exportações está entre R$ 150, R$200,00 mais barato que os países concorrentes. "Esse ano nós vamos exportar 30 milhões de sacas de café, e vamos perder 6 bilhões de reais. Isso é um absurdo", completa.

Além da questão dos preços, outro debate importante surgiu na cafeicultura. Matielli afirma que o Brasil tem os melhores grãos, por serem naturais, e que essa qualidade não vem sendo transmitida para o café de consumo interno. "O café que nós bebemos no mercado interno é uma lástima", afirma.

De acordo com o engenheiro agrônomo, nos últimos 5 anos foram consumidos, em média, 16,3 milhões de sacas de café. Desses 16 milhões, aproximadamente 7,5 milhões é café robusta. "Nós não somos contra o robusta, mas achamos que há um exagero de robusta dentro do café de consumo interno". Matielli afirma que o robusta é mais barato, e que a indústria brasileira quer comprar barato para fazer produto barato. "Eles colocam, ainda, o PVA, que é o Preto, Verde e Ardido". Armando diz que são consumidas entre 3 e 4 milhões de sacas de PVA. "Somando-se aos 7 milhões de sacas de Robusta que bebem, faltam 5 milhões dos 16 milhões consumidos. Ou seja, nós estamos bebendo apenas 5 milhões de sacas de Arábica".

O diretor executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz, afirma que no Brasil e no mundo a indústria utiliza, sim, vários tipos grãos para formar o produto, desde os mais caros até os mais baratos como PVA. "Os PVA são grãos que podem ser utilizados em dosagem menor, sem alterar a qualidade do produto, para que se tenha um café bom, porém com menor custo".

De acordo com Herszkowicz, nem todo consumidor quer pagar caro pelo produto. "Pelo contrário, o que eles querem é um café que atenda ao paladar de cada um e que tenha um preço acessível sem perder a qualidade".

De acordo com o diretor executivo da ABIC, os grãos PVA não nascem na indústria. "Ao invés de criticar a indústria, eu acredito que o Sr. Matielli deveria unir esforços, juntamente com os cafeicultores, para que fossem produzidos menos grãos defeituosos. Esses grãos [PVA] vem do campo, provenientes de uma produção mal feita".

Nathan Herszkowicz, diz, ainda que "Sr. Matielli deveria ajudar na produção de um melhor grão. É lamentável que uma liderança como ele produza tanta inverdade. Tenho a impressão de que ele está desatualizado em relação ao que vem ocorrendo na indústria do café".

Matielli critica a qualidade e afirma que "A ABIC não está conseguindo exportar porque quer vender café sem qualidade, e nenhum país consumidor do produto vai comprar o que eles querem vender". Já a ABIC afirma que a qualidade do café vem aumento nos últimos anos, e que isso justifica, inclusive, o aumento do consumo interno e das exportações. "Hoje a ABIC monitora 390 marcas de café do Brasil todo, com provadores treinados e capacitados para qualificar o produto. O Brasil está exportando, sim, e isso ocorre porque o café brasileiro é um dos melhores do mundo.

Matielli diz ainda que a importação de café Conillon é desnecessária e ofensiva. "Não precisamos importar, nós já temos café, o que precisa é mudar o que vem sendo feito e colocar café de verdade na mão desses consumidores, e não ir lá fora [exterior] comprar restos". Herszkowicz afirma que o café Conillon vem para atender uma demanda do mercado interno. "O mundo usa 35% de café robusta, poderíamos chamar de nova realidade, mas isso já ocorre há 30 anos, e não é um produto que concorre com o café Arábica", afirma.

A reportagem é do portal Notícias Agrícolas, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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WILLEM GUILHERME DE ARAÚJO

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/05/2010

O Matielli está correto. uma lei que proibisse a coemrciazliação dos PVA já mudaria um pouco a situação do preço do café no mercado interno, uma vez que obrigaria o produtor a fazer um café com melhor qualidade e também a industria a comprar cafés melhores para a composição dos blends. Com isso abriria espaço até para o conilon brasileiro, não sendo necessário a realização do drawback. E os consumidores brasileiros não consomem cafés com melhor qualidade por que não estão acostumados. Quando há um trabalho de conscientização e incentivo ao consumo de cafés com melhor qualidade, certamente há uma modificação no hábito de consumo. Ninguém é bobo de trocar um café fino, com sabor e aroma agradaveis ao paladar, para beber um blend de PVA, robusta e arábica Tipo 7. Conscientização e qualidade são peças fundamentais para o fortalecimento da cadeia do café.
JAIME DE SOUZA

ITUETA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/05/2010

se tivessemos tomando so cafe pva estaria muito bom ainda o problema maior é torrar milho soja palha de cafe e outras coisas mais -- infelismente o produtor esta morto
ELIANE DE ANDRADE C. NOGUEIRA

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/05/2010




O Armando Matielli tem total razão quando diz que o café que nós bebemos é uma lástima , porque nós bebemos um café horrível com pouquíssimo café arábica no blend, portanto de baixa qualidade.PVA não é café , é subproduto do café , se o Sr Nathan não sabe, a colheita é feita em várias etapas, não se faz colheita seletiva no Brasil, e a parte final que é a varrição , retira- se o café que caiu durante a colheita , isto não quer dizer que o café seja ruim , existem muitos cafés de chão que bebem bem , mais a maioria deles são cafés de péssima qualidade que já arderam e estão comprometidos.Estes cafés (PVAs), quando o produtor vende , vem descontado como defeito e ele não recebe um tostão por isso, portanto a sua reutilização se dá por parte somente da indústria, que recoloca este café no mercado.
O Consumidor Brasileiro só toma café bom , quando vai a uma cafeteria que prima pela qualidade ou quando as indústrias compram cafés dos concursos , o resto é só porcaria, o que poderá ser resolvido se houver a rotulagem, aí o consumidor pode escolher o tipo de café que ele quer consumir e seria um respeito para com ele.
Quanto a SINCAL e ao Matielli, nós estamos lutando incansávelmente para ajudar o produtor a ter um preço melhor pelo seu café, e com certeza conseguiremos o mais breve possível.Para encerrar o aumento de consumo de café pelos Brasileiros se dá pelo poder aquisitivo maior e não pela qualidade , que é péssima.A importação de café é uma grande besteira , pois temos cafés suficientes para suprir o mercado e vamos lutar para que isso não aconteça.Em momento nenhum o Sr. Nathan discordou dos números colocados pelo Matielli, apenas justificou seu uso.Quem sabe após estes argumentos ele não reflita e veja o mal que os cafés atuais fazem para a saúde dos Brasileiros.
Portanto amigos cafeicultores, a SINCAL vem batalhando em todas as frentes para que o produtor tenha dia melhores, apóiem a SINCAL, para uma cafeicultura melhor.

SINCAL , o cafeicultor é o principal




Eliane de Andrade C. Nogueira
S.S. da Grama - S.P.
Diretora da SINCAL

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