As divisas geradas pelas exportações de café na República Dominicana cresceram 157% nesta colheita com relação à anterior - US$ 19,1 milhões em 2005-06 com relação aos US$ 7,4 milhões obtidos na colheita de 2004-05, segundo informações oficiais do Governo do país. Em volume, as vendas passaram de 41,4 mil sacas de 60 quilos durante a colheita de 2004-05 para 122,66 mil sacas em 2005-06.

Estes dados confirmam a permanência do café como a segunda produção de maior retorno financeiro ao Produto Interno Bruto (PIB) durante os últimos anos, superado somente pelo arroz.

O diretor executivo do Conselho Dominicano de Café (Codocafé), Fausto Burgos, disse que os preços das exportações nacionais estiveram neste ciclo US$ 10 acima do restante dos arábica na Bolsa de Nova York. Segundo ele, isso confirma o fortalecimento da imagem do produto local no exterior.

Os dominicanos consomem anualmente 300 mil sacas de 60 quilos de café, o que representa quatro quintos da produção nacional. Os 20% restantes são exportados a Estados Unidos, Itália, Canadá, Ilhas Virgens, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Japão, Holanda e outras nações.

As exportações, afirma o Codocafé, caíram 67,1% entre os anos de 2001 e 2005 com relação ao mesmo período anterior, passando de uma média de 267,61 mil sacas de 60 quilos entre 1996 e 2000 para somente 87,758 mil sacas.

Os produtores locais viram uma redução em seus lucros devido à queda nos preços no mercado internacional. Apesar de 2005 ter apresentado uma recuperação nos preços, com uma média de US$ 180,20 a saca, nos quatro anos anteriores, o preço médio foi de US$ 112,17, o que obrigou muitos produtores a abandonar a atividade.

A República Dominicana possui 1,8 mil produtores de café orgânico certificados para exportar sob as condições exigidas pelos mercados internacionais, dando, desta forma, um grande passo para aumentar as exportações. A reportagem é do site PrensaLatina.com.