A Etiópia está construindo um museu do café em Bonga, no sul do país, a cerca de 460 quilômetros da capital, Addis Ababa, como parte dos esforços para ajudar o país a construir uma marca para seus cafés.
Ter um museu que promove os cafés finos do país ao restante do mundo certamente será um trunfo, disse Hassen Said, arqueólogo e chefe do museu etnográfico da Universidade de Addis Ababa, que esteve no projeto desde seu início.
A nação em geral e a localidade em particular se beneficiarão dos turistas que desejarão visitar a área, uma vez que os visitantes terão a oportunidade de encontrar todos os tipos de grãos de café do país em um só local.
Alguns dos cafés mais finos do mundo, como Harrar, Sidamo e Yirgacheffee, as três marcas registradas famosas dos cafés mais finos da Etiópia, se originaram lá.
O fluxo de turistas à área deverá aumentar após o museu estar completo, o qual incorporará um centro de pesquisa, disse Hassen.
A Etiópia, principal produtor de café da África, vem fazendo várias atividades para aumentar as receitas que obtém com seu café. O café, que é originário do país, é o produto que mais obtém ganhos no comércio externo da Etiópia, gerando cerca de US$ 4 bilhões durante os últimos cinco anos.
A nação tem uma forte reputação para seus cafés, que comandam um preço varejista muito alto no mercado internacional. Entretanto, os lucros que realmente retornam à Etiópia são baixos, à medida que a maioria dos lucros são compartilhados pelos distribuidores e intermediários envolvidos no comércio de café.
A nação vem se envolvendo no desenvolvimento de marcas de seus cafés finos para mudar isso. “Apesar do fato de a Etiópia ser o país que introduziu o café ao resto do mundo, as pessoas que introduziram o café ao mundo não se beneficiaram como o esperado até agora”.
O museu consiste de um centro de pesquisa de café, áreas permanentes e temporárias de exibição, e displays para promover as cerimonias culturais de café. Ele inclui um parque cafeeiro que traz todos os tipos de grãos de café de toda parte do país e que deverá atrair turistas e pesquisadores de todo o mundo.
A reportagem é do https://www.bernama.com.my / Tradução por Juliana Santin