A quarta-feira (9) foi marcada pela alta dos preços do café na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Por volta das 11h47 (horário de Brasília), os principais contratos avançavam mais de 700 pontos, ultrapassando os 255 cents/lbp. O mercado reage à maior queda nos estoques certificados dos últimos 22 anos na ICE, para 1.060.424 de sacas. Em um mês, o recuo foi de 450 mil sacas. É a segunda vez, durante a pandemia, que caem para níveis históricos.
Em setembro de 2020, o volume de café certificado chegou a 1.234 milhões de sacas, indicando que mesmo com as restrições impostas pela Covid-19, a demanda por café continuou aquecida nos Estados Unidos, principal comprador de café brasileiro.
Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, destaca que o cenário é mais complexo, já que os problemas logísticos continuam impactando todo o setor exportador do país.
"Atualmente, o problema logístico continua, o frete mais caro e a falta de espaço nos navios. E essa queda nos estoques deve continuar acontecendo, não tende a parar", comenta o especialista. Haroldo explica que além da logística que atrasa os embarques do Brasil, com o preço em alta contínua, é muito mais barato para o importador consumir o café que já está em território americano.
Para o especialista, ainda que a valorização desta quarta-feira rompa movimentos técnicos importantes para o mercado de café e possa trazer um novo cenário para os preços, o mercado continua muito especulativo e isso também faz com que tenha troca de posição na Bolsa.
Quinta-feira (10/2)
Já na manhã do dia 10 de fevereiro, o mercado futuro do café arábica operava com ajustes técnico para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A preocupação com a oferta global segue no radar do mercado considerando que além do Brasil outras origens produtoras enfrentam problemas na produção.
Por volta das 8h41 (horário de Brasília), março/2022 tinha queda de 5 pontos, negociado por 258,30 cents/lbp; maio/2022 tinha baixa de 5 pontos, cotado por 258,40 cents/lbp; julho/2022 teve recuo de 5 pontos, valendo 257 cents/lbp; e setembro/2022 tinha queda de 35 pontos, valendo 255 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o canéfora (conilon) também abriu com ajustes nos preços. Março/2022 tinha queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 2259; maio/2022 tinha baixa de US$ 15 por tonelada, cotado por US$ 2246; julho/2022 tinha baixa de US$ 13 por tonelada, negociado por US$ 2231; e setembro/2022 tinha baixa de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2222.
As informações são do Notícias Agrícolas.