Os ministros de Serra Leoa, Alimamy Koroma (indústria e comércio), Zainab Hana Bangura, (relações exteriores) e Rasie Binta Karebo (ministra-conselheira de Serra Leoa em Washington), conheceram na tarde de quinta-feira, dia 08 de maios, os experimentos com café irrigado na Embrapa Cerrados, em Planaltina/DF, e tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre as pesquisas desenvolvidas pela Unidade da Embrapa.

Segundo Bangura, o Brasil serve de exemplo para países africanos aumentarem o investimento em pesquisa agropecuária. "Sabemos que nos últimos 30 anos o Brasil transformou-se em potência agrícola. Serra Leoa tem sete meses de chuva por ano, de maio a novembro, é rica em recursos naturais, tem uma população de pouco menos de 5 milhões, temos minérios, e apesar de todas estas potencialidades, 60% da população vive abaixo da linha de pobreza e temos o IDH mais baixo do mundo", comentou no início da reunião com o pesquisador Roberto Teixeira Alves, chefe-geral da Embrapa Cerrados.

A ministra destacou que a centralização do poder, a má administração e os dez anos de guerra civil, entre os anos de 1991 e 2001, impediram o desenvolvimento da agropecuária no país, setor da economia que ocupa 70% da população de Serra Leoa. Arroz, cultivado sem irrigação, coco e castanha de caju são os principais produtos agrícolas. O país tem também reservas de diamante, ferro e bauxita.

Após a palestra institucional, a comitiva africana seguiu até o campo para visitar a área experimental de café irrigado. Os pesquisadores Antônio Fernando Guerra e Omar Rocha explicaram como os produtores do Cerrado têm conseguido aumentar sua participação no mercado de café e os esforços para desenvolver marcas de café de qualidade superior. "É viável produzir café em Serra Leoa, também precisamos revitalizar esta parte da economia devastada pela guerra", comentou Bangura. As informações são da Embrapa Cerrados.