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Código Florestal: 25ª audiência em SP gera discussões

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/02/2010

3 MIN DE LEITURA

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A 25ª audiência pública de discussão sobre alterações no Código Florestal, realizada ontem (03) em Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, mostrou que o tema está longe do consenso. De um lado estão os grandes produtores. Do outro, trabalhadores rurais, representantes da agricultura familiar, assentados e ambientalistas.

O auditório principal, que recebeu os representantes da comissão especial da Câmara dos Deputados que estuda a reforma do Código, tinha 1.400 pessoas sentadas nas cadeiras e 600 pessoas no chão. Na metade da frente da sala, os produtores. Um mar de camisetas vermelhas revelava quem estava sentado no chão. Foi no meio deles que chegaram os deputados, vindos de Assis, na primeira audiência pública a ocorrer em São Paulo. Havia outras 600 pessoas sentadas no auditório ao lado, porque no principal não cabia mais ninguém.

A sala tinha vários cartazes pendurados que enalteciam o setor produtivo: "Agronegócio: 42% das exportações do Brasil em 2009" ou "Em defesa do agronegócio" com assinaturas de entidades de classe. A audiência foi marcada e convocada pela comissão da Câmara, mas quem a organizou foi a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). A iniciativa levantou suspeitas. "Quando soubemos que era uma audiência pública, convocada pelo Parlamento, que é de todos nós, questionamos a iniciativa", disse Elio Neves, presidente da Federação dos Empregados Rurais e Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp).

A entidade agrupa 80 sindicatos de trabalhadores rurais no Estado, 300 mil pessoas pelas contas do presidente. Não querem que o Código mude. "Os ruralistas não têm sensibilidade para perceber que a preservação ambiental não é motivo de prejuízo", disse. "Mas é que o Brasil vai à Conferência do Clima e posa de progressista. Mas aqui dentro a postura é atrasada."

O recado de São Paulo é óbvio: o Estado tem uma agricultura madura, que já tem 80 anos de trajetória e a última fronteira agrícola, a oeste, foi aberta nos anos 70. São Paulo já desmatou. Os produtores não querem nem ouvir falar no passivo ambiental, ou seja, na reconstituição dos 20% de reserva legal que deveriam fazer em suas propriedades. Pressionados pelos novos tempos e pelos compradores estrangeiros, concordam com a ideia de fazer a reserva fora da propriedade, montando uma espécie de corredor. Também querem recompor a reserva fora do Estado, pagando menos pela terra. Em vez de montarem a reserva em São Paulo, montam no Amapá, onde é mais barato.

Os ambientalistas resistem. "Eles querem compensar em outro lugar, mas isto é inviável", diz Marcio Astrini, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace. Para os olhos de quem deve, árvores da Mata Atlântica, do Cerrado, da Amazônia, são a mesma coisa. "Isso inviabiliza a formação de florestas no Brasil. E um bioma é diferente do outro."

Pelas contas do Instituto de Economia Agrícola, para São Paulo se adequar aos 20% de reserva legal terá de deixar de produzir R$ 15 bilhões ao ano, em receita bruta, numa área de 3,6 milhão de hectares. O secretário de agricultura do Estado, João de Almeida Sampaio Filho, diz que a mitigação que a indústria paulista terá de fazer com as metas de redução de gases-estufa previstas no plano estadual poderiam ser compensadas com o sequestro de carbono de árvores da reserva legal da agricultura. "Esta discussão tem que andar junto."

O momento mais exaltado foi a fala do relator da comissão, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). "O ambientalismo transformou-se em uma trincheira por onde se escondem os interesses das multinacionais e dos países ricos", disse. "A legislação florestal não pode ser uma legislação tributária." Os manifestantes o interrompiam aos gritos de "traidor" e "tucano". Não conseguiu terminar. O líder comunista foi estranhamente aplaudido de pé pelo agronegócio e vaiado intensamente pela militância.

A única ONG a falar foi a Pau Brasil que leu a Carta de Ribeirão Preto, um manifesto de 140 entidades civis que rejeita as mudanças no Código alegando motivos socioambientais.

A matéria é de Daniela Chiaretti, para o Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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ORLANDO VIEIRA DE FIGUEIREDO SILVA

NOVA MONTE VERDE - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 10/02/2010

Prezado Celso,
Realmente, sei que o Codigo é antigo, mas me refiro que hoje os ambientalistas recebem muita verba pra não fazerem nada alem de criticar quem produz, exemplo claro do nosso Ministro, que faz um escandalo quando pega um desmatamento, mas não vai atraz do Incra pra saber o que esta acontecendo com assentamentos, pois la tb tem muita grana.
Acho que precisamos acabar com as MPs e definir de uma vez por todas, se podemos plantar ou vamos comer as folhas das arvores, pois da forma com que estão querendo fazer o Codigo Ambientalista, nos não conseguimos produzir com renda para nos sustentar e sustentar o Meio Ambiente que todos tem de manter.
Vamos lutar pra podemos continuar a produzir, ou temos que fundar uma ONG.
RODRIGO VIEIRA DE MORAIS

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/02/2010

Novamente a mesma conversa sobre a diminuição da produção agrícola em relação com a reserva legal de 20%.
Fiz comentários aqui que o maior problema é a comercialização e assistencia técnica, reserva legal é solução para o problema.
1- Os produtores no Brasil usam pouco a tecnologia e técnicas apropriadas de produção. (veja os níveis de produtividade aqui em relação aos outros países).
Aumento de áreas produtivas só vai aumentar as dívidas dos produtores. Aqui no Brasil produtividade alta é igual a preço baixo recebido pelo produtor (café, milho, soja, leite, carne, etc..)
2- A discussão deveria ficar pautada em atender o código florestal brasileiro na integra, mas o produtor recebendo por serviços ambientais. (ex: isenção de tarifas e impostos) O Brasil já fez isto com o IPI, porque não pode fazer com a agricultura.
3- A agricultura é marginalizada no Brasil, e atendendo ao código ambiental, fazeria sua parte que é mais fácil, e deixaria o problema com as cidades. (que no meu ver é a causadora de todos os problemas.
CELSO VIEIRA JUNIOR

MINAS GERAIS

EM 06/02/2010

Prezado Orlando Vieira.
O Codigo Florestal Brasileiro tem mais de 30 anos. Não foi o atual governo que o elaborou. Este simplesmente está apertando o cerco em cima dos proprietários rurais.
É necessário que os legisladores busquem uma saida que atenda o agronegócio e a agricultura familiar, que na verdade tambem desmata e comete crime ambiental.
Não são santos.
Quanto aos assentamentos, voce precisa conhecer os do Vale do Jequitinhonha, no norte de MG para ver e confirmar o que vc viu em SP. Dá pena deles.
Projetos sem sequencia, sem continuidade e milhoes e milhoes de reais sendo perdidos no tempo.

Celso
CARLOS MARCIO GUAPO

CAMPO FLORIDO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 05/02/2010

Cara Daniele.
Você foi infeliz em colocar : de um lado os grandes produtores , do outro a agricultura familiar, os assentados e os ambientalistas.
Esta colocação é que é o problema, não se pode colocar grande X pequeno, rico X pobre, desmatador X ecologistas.
É necessario que se faça um texto para a midia com realidade do momento, e necessario enchergar a realidade dos fatos, é preciso desarmar o campo de ódio e encontrarmos o caminho ideal para nosso pais.
Quero aqui pedir aos jornalistas e pessoas que escrevem os texto para a midia, que o momento é de união, em prol ao Brasil e aos Brasileiros, Temos que ser responsaveis em enchergarmos o tamanho de nossa responsabilidade, agora e no futuro para com a alimentação, a energia e a paz no campo.
Por favor falem e escrevam nesta linha.
ORLANDO VIEIRA DE FIGUEIREDO SILVA

NOVA MONTE VERDE - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 04/02/2010

Realmente, os movimentos sociais e os ambientalistas, não aceitam discutir o assunto, pois estão achando que não estamos mais em um Pais Democrata, pois temos um Governo autoritario, onde dita tudo por medida provisoria, Inclusive verba para estas entidades que nada fazem e simplismente revolucionam e badernam quem realmente produz na terra, vamos fazer um plebicito, isso sim é Democracia.
Gostaria de resaltar, passei por um assentamento em Serra Azul, perto de Ribeirão Preto neste final de ano, la me deparei com o maior absurdo que já vi, uma area onde produzia cana, esta bem tratada e rentavelmente economica, hoje existe um assentamento, onde se produz mamona e banana, sem contar o tanto que foi investido em energia eletrica e casas, mas perguntado a um assentado, ele me disse, agente vivi mesmo é do fomento, pois se depender da nossa produção nos passamos fome.
Essa é a realidade dos assentamentos brasileiros, sem planejamento, sem estrutura pra produzir, sem contatar que esse assentado que conversou comigo, comprou o pedaço de terra QUE TEM HOJE.
Isso nos mostra quem leva vantagem com os assentamentos.
Por que não montar um assentamento fiscalizado pelo IBAMA, certificado com produção pelo INCRA, vistoriado pela EMBRAPA com insentivos do Governo pra produzirmos nosso PIB, por que ao inves de dar a Terra, fazer um emprestimo aquele que realmente tem apetidão a agricultura.
Cada dia que passa eu fico mais indignado com nossos Governates, pois se da tanto a pessoas que não tem interesse em dar sequencia aquilo que ganha, e deixa pessoas que estão a tanto tempo em seus pedaços de terra, que foi de seus avos, ou aqueles que com sacrificio conseguiram comprar um pedaço de terra, esse estão perdidos, pois tem problema com IBAMA, INCRA, é processado por crime ambiental, sem contar os impostos que vem pagando a vida toda.
Precisamos de fazer com que a Lei e os beneficios sejam iguais a todos, pois temos muitos peuqenos produtores que hoje passam fome se for cumprir essa Lei Ambiental imposta pelo Decreto, que quando apertado o Presidente e alguns Ministros nem leem antes de assinar.

PRECISAMOS DE FAZER UMA LEI QUE IGUALE OS PREJUIZOS E DE OS MESMOS BENEFICIOS A TODOS, SEM EXCESSÃO. VAMOS PAGAR A CONTA JUNTOS.
SE O BENEFICIO É PRA TODOS QUE SEJA RACHADO O PREJUIZO E REPARTIDO O LUCRO.
ISSO QUE EU AHO QUE TODOS OS PRODUTORES QUEREM.

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