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Café fica mais caro na BM&F que em NY

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/10/2011

2 MIN DE LEITURA

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A combinação entre oferta escassa, demanda elevada e problemas de liquidez na BM&FBovespa levaram o mercado futuro de café a uma situação inédita nas últimas semanas. Pela primeira vez, afirmam participantes do mercado, a commodity negociada em São Paulo está mais cara do que na bolsa de Nova York em um período de safra no Brasil.

Ao longo de 2011, inclusive durante o pico da entressafra, quando a oferta é escassa, os contratos futuros na bolsa brasileira operaram sistematicamente em níveis inferiores aos nova-iorquinos, que servem de referência para a formação dos preços em todo o mundo. O "desconto" em relação a Nova York é considerado o padrão nesse mercado - entre outras razões, devido às diferenças de especificação do produto.

Em meados de setembro, porém, houve o que os analistas chamam de "inversão". O mercado paulista passou a pagar um "prêmio" sobre as cotações internacionais, sob forte pressão devido à aposta dos fundos de investimento contra as commodities em meio aos sinais de agravamento da crise global. O diferencial se manteve neste mês, mesmo com a recuperação das cotações em Nova York.

O fenômeno é mais acentuado nos contratos de curto prazo - os lotes para entrega em dezembro chegaram a apresentar um ágio superior a US$ 20 por saca nos últimos dias -, mas também pode ser observado nos vencimentos mais longos.

Para Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercados, a BM&FBovespa reflete um cenário atípico de aperto na oferta, apesar da colheita brasileira recém-encerrada. Gozando de uma situação financeira privilegiada, após a escalada dos preços internacionais ao longo do último ano, os produtores adotaram uma postura defensiva e restringiram a disponibilidade do café no mercado. "O produtor está dosando as vendas, trabalhando com volumes pequenos e sempre abaixo da linha de consumo, o que obriga o comprador a ser muito mais agressivo", explica Barabach.

A principal barreira é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor desde 2009, que sobretaxa os investidores estrangeiros em 2% nas operações com derivativos financeiros e agropecuários na bolsa de São Paulo. Estima-se que o custo total para os não residentes pode chegar a 8%, uma vez que o tributo incide também sobre os ajustes diários. O resultado é o crescente desinteresse pela bolsa paulista. Apenas no último ano, o número de contratos de café abertos na BM&FBovespa cedeu de quase 16 mil para 6,5 mil.

Tabela 1 - Comparativos das principais Bolsas de café



Gráfico 1 - Contrato café, ICE Futures U.S



Tabela 2 - Principais indicadores e cotação do dólar



Gráfico 2 - Indicador arábica x indicador conilon/Cepea-Esalq



CaféPoint e informações do jornal Valor Econômico.

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MARIO DORNELLES DE ALVARENGA

PERDÕES - MINAS GERAIS

EM 20/10/2011

Fernando,

Parabbéns!!!Excelente artigo, correto, honesto e principalmente verdadeiro.

Suas informações além de estarem corretas são bem esclarecedoras para a maioria dos produtores.
FERNANDO DE SOUZA BARROS JR.

SÃO PAULO - SÃO PAULO - TRADER

EM 18/10/2011

Prezados Companheiros,

Vamos aqui falar um pouco desta inversão como diz nosso amigo Gil, porém o que estamos asistindo é uma reversão pois depois de dez ou mais anos como os importadores mataram a galinha agora estamos aí vendo o nosso café natural Brasileiro mais valorizado do que o preço do Contarto C de N.York (café Colombiano) e isto por que?

1- O preço do Colombiano em N.York é sobre cafes cujos Certificados da Bolsa estão em média com 10 anos portanto deveriam ter no mínimo 40% de deságio e ninguem fala nada! Certo!(90% deles).
2- o nosso Natural tem deságio portanto voce está negociando uma coisa concreta e não virtual,apesar de ter impostos e tudo que atrapalham sobremaneira a sua evolução em termos de volume ok!
3- o Pis e Cofins(9,25% do preço do café) a partir de 01/01 2012 estará fora da formação do preço do café na Exportação com a regulamentação pela Secretaria da Receita Federal dos termos conforme está na Medida Provisória 545 conforme indica o Secretário com a anuencia do Ministro da Fazenda.
4- Sem este subsídio camuflado meus amigos voces tem 3 alternativas:
a) N.York sobe bastante para compensar a não utilização destes 9,25%(cerca hoje de R$50,00 por saca) que hoje são dados de desconto ao Importador até 31/12/2011.(se bem que tem gente que o fará até março=Gordura para queimar se quiser.
b) o preço em reais cai para atender a demanda externa,coisa que não acredito pois o produtor esta vendo os estoques cada vez mais baixos no mundo e não tem café de qualidade,ainda mais com a safra de 2012 difícil de ser mensurada pois teve seca,geada etc...
c) O Governo reorganiza a oferta com novos prazos para se pagar as contas e com isto vende o café melhor  internando mais divisas e dando condições do produtor trabalhar e ter renda.

Quanto a falar de crise esqueçam por 2 motivos:
1- na crise voce bebe mais café
2- vai depender para variar da política interna coisa que até hoje ficou só no discurso! certo! Só que agora não tem mercadoria e aí!?


Abraço e até mais.
MARIO DORNELLES DE ALVARENGA

PERDÕES - MINAS GERAIS

EM 17/10/2011

O artigo mais do que evidencia em minha opinião de que as bolsas não conseguem mais definir preços que sejam reais. Não levam em conta os fatores reais de oferta e demanda, e se pautar única e exclusivamente pela especulação financeira, levará toda cadeia produtiva a desorganização, com sérios prejuizos a todos, inclusive produtores.

Até o momento a industria tem conseguido se abastecer, pois como todo cartel, age organizadamente. Porem nós produtores, que infelizmente não temos nosso cartel, estamos segurando o café ate o preço voltar ao normal. Devemos incentivar o maximo as cooperativas para que nos ajudem a reter o maximo de café neste momento, pois só assim o mercado vai reagir. Produtores sentem no café!!!!

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