O consumo de café parece reduzir os riscos de desenvolvimento de câncer de fígado, de acordo com descobertas publicadas no jornal médico Gastroenterology.

"Dados sobre os potenciais efeitos benéficos do café na função hepática e nas doenças de fígado foram coletados nas últimas duas décadas", disseram as pesquisadoras do Karolinska Institute, em Estocolmo, Suécia, Susanna C. Larsson e Alicja Wolk. Vários estudos mostraram uma relação inversa entre o consumo de café e os níveis de enzimas hepáticas, que indicam um risco para doenças crônicas de fígado e cirrose.

Segundo a agência Reuters, os pesquisadores conduziram uma grande revisão, ou uma "meta-análise" dos estudos epidemiológicos publicados para observar a associação entre o consumo de café e os riscos de câncer de fígado. A meta-análise incluiu 11 estudos envolvendo 2,26 mil pacientes com câncer de fígado e 239,146 mil indivíduos sem a doença que serviram como um grupo de comparação.

Uma associação inversa entre o consumo de café e os riscos de câncer hepático foi observada em todos os estudos e esta associação foi estatisticamente significante em seis estudos. Para cada duas xícaras de café por dia, os pesquisadores observaram uma redução de 43% nos riscos de câncer hepático.

"Um efeito protetor do consumo de café no câncer de fígado é biologicamente plausível. O café contém grandes quantidades de anti-oxidantes, como os ácidos clorogênicos", que combatem o estresse oxidativo e inibem a formação de carcinógenos, disseram as pesquisadoras. Além disso, estudos experimentais animais mostraram especificamente que o café e os ácidos clorogênicos têm um efeito inibitório no câncer de fígado.