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CNC e CNA se manifestam contra levantamento da Conab

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/09/2014

3 MIN DE LEITURA

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O Conselho Nacional do Café (CNC) e a Comissão Nacional do Café da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) divulgaram na quarta-feira (17/9) nota de repúdio a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra de 2014/2015.

Segundo a Conab, em 2015 a expectativa é de que a safra de café atinja produção de 48,8 milhões de sacas de 60 kg. Tanto o CNC quanto a CNA, se manifestaram contrários ao dado divulgado nesta terça-feira (16/9), e questionaram, ainda, a 3ª estimativa divulgada pela Conab para a safra deste ano, que elevou a produção perante a 2a estimativa.

Confira a nota na íntegra, logo abaixo:

Conab: dois anúncios extemporâneos para as safras de café

Ao longo dos últimos dias, fomos surpreendidos com um prognóstico e com uma estimativa para as safras brasileiras de café anunciadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para 2015, técnicos da estatal, absurda, incoerente e inconsequentemente, apontaram uma produção de 48,8 milhões de sacas de 60 kg, algo que o Conselho Nacional do Café (CNC) e a Comissão Nacional do Café da CNA repudiam veementemente, levando em conta os impactos que isso pode trazer na vida dos milhões de produtores de café do Brasil.

É incabível que um órgão federal divulgue dados para o ciclo cafeeiro futuro com base em tendências e estatísticas históricas, haja vista que essas tendências foram consideradas da mesa do escritório, sem sequer irem a campo, e que dados históricos servem para o passado e não para projeções futuras, principalmente considerando os aspectos fitossanitários e climáticos e os próprios tratos culturais a serem aplicados nas lavouras.

Pensando-se na safra 2015, qualquer análise ou estimativa séria, poderá ser desenvolvida somente a partir de dezembro, quando poderemos observar o pegamento ou não das floradas e quais foram os efeitos do veranico do primeiro bimestre e dos baixos índices pluviométricos e das altas temperaturas que assolam o parque cafeeiro ao longo de praticamente todo este ano.

Os pesquisadores sérios e com lida direta no campo, entre eles José Braz Matiello, da Fundação Procafé, apontam que o anúncio da Conab trouxe uma dose de amadorismo, seja na metodologia usada para chegar a esse número, seja pelo reflexo que esta divulgação pode ter no mercado. “Não digo, em princípio, que o número possa ser alto ou baixo, mas, com absoluta certeza, afirmo que não é através de aplicação de índices percentuais, de expansão ou retração, calculados por séries históricas, que se chega a um volume de safra em termos confiáveis”, destaca, em artigo.

A respeito da colheita de 2014, na terça-feira, 16, a estatal elevou sua estimativa para 45,1 milhões de sacas. O CNC e a Comissão do Café da CNA gostariam que a Conab esclarecesse esse aumento em meio a um dos piores cenários climáticos das últimas décadas. Isso porque todos os dados e informações que recebemos de cooperativas, sindicatos e associações de produtores de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, principalmente, indicam quebras significativas, na casa média de 30%, com esse percentual oscilando para mais ou para menos conforme a origem produtora.

Vale recordar que os trabalhos de colheita ainda não foram finalizados, restando algo entre 10% e 15%, além do que se precisa apurar de fato o rendimento da safra total, ou a necessidade de grãos para se compor uma saca de 60 kg. E, diante das intempéries climáticas – incluindo a geada do ano passado no Paraná –, dos elevados déficits hídricos, já citados pelo CNC em seu balanço semanal de sexta-feira passada, e das altas temperaturas no parque cafeeiro, é certo que os grãos ficaram menores, murchos, chochos, quando não perderam sua valia de fato.

Dessa maneira e com o permanente cenário climático negativo para a fitossanidade das plantas, é impossível a safra brasileira ser revisada para cima. Por se tratar de um órgão do Governo Federal e que até então conta com nosso respeito como divulgadora oficial das safras brasileiras de café, a Conab precisa, urgentemente, rever seus critérios e conceitos para o levantamento e, em especial, para seus anúncios. Por fim, resta-nos dizer que o que observamos nesses dois cenários foram anúncios extemporâneos e, especialmente sobre 2015, de confiabilidade nula.

Atenciosamente,

Silas Brasileiro – Presidente executivo do CNC
Breno Mesquita – Presidente da Comissão de Café da CNA 

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NELSON BARRIZZELLI

ANDRADAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/09/2014

Não entendo como ainda existem dúvidas a respeito do interesse do governo em usar órgãos menos comprometidos com os setores que deveriam representar, como pretenso controle da inflação, uma vez que os desmandos da nossa política econômica só faz a faz subir. O MAPA e o Ministério da Fazenda, muito cortejados por empresários que ainda se locupletam com o dinheiro público, querem usar todos os recursos escusos para esconder sua incompetência. Mais uma boa razão para nos lembrar desse fato na hora de votar.
MARCELLO BUENO

MANHUAÇU - MINAS GERAIS

EM 22/09/2014

FAZER UMA PREVISÃO BASEADO EM ESTATÍSTICAS É O MESMO QUE UM MEDICO DAR UMA PREVISÃO DE ALTA HOSPITALAR PARA UM DOENTE DE UTI SEM VISITA-LO.
ALVARO MUNHOZ

MANDAGUARI - PARANÁ - TRADER

EM 20/09/2014

Acompanho atentamente ao mercado de café e pela primeira vez vejo a CONAB divulgar uma previsão de safra mesmo que estatistica antes da principal florada, realmente é um desserviço para a cafeicultura e para o mercado cafeeiro.
JOSÉ CARLOS GAVA FERRÃO

PORTO SEGURO - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/09/2014

É o "Brasil" contra o Brasil...

Lamentável e catastrófico sobre todos os aspectos.

Porque não se faz uma reunião com todos os envolvidos ( CNC; CNA e CONAB ) e discutam o assunto e determine quem pode representar oficialmente a questão posta?

Assim, oficialmente, teríamos uma voz oficial que represente toda a cadeia envolvida...

Como Produtor e Consultor, fica aqui minha indignação e meu "desânimo"...
MOUZER MESSIAS SANTOS

CRISTAIS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/09/2014

É completamente impossível fazer uma divulgação de safra sem coletas a campo. Sou do Sul de Minas, e sei claramente como é que está a situação por aqui. Estamos em cima do epicentro da seca, segundo José Braz Matiello e os técnicos do Procafé. Ouvi isso deles no dia de campo em Boa Esperança este ano... Uma quebra de safra no Sul de Minas já atinge muito a produção nacional, mas, a seca não está sendo forte só aqui. A CONAB  sabe muito bem disso. Divulgamentos vão retroceder, quando este café não aparecer.
SERGIO SOARES DA SILVA

SANTA TEREZA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 18/09/2014

Será que algum dia verei uma previsão de safra correta? Penso o que leva um órgão assim divulgar dados que expõe o sofrido produtor  a amargar preços que despencam com informações  estas intencionais, para prejudicar a nós produtores. Bom o que devo achar ou esperar de um pais que anistia outros paises, constrói porto lá em Cuba e não tem capacidade pra defender, dar prazos para seus produtores pagar suas dívidas e sustentar sua familia com dignidade.

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