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Como o café pode ajudar a diminuir as mudanças climáticas

ESPAÇO ABERTO

EM 29/04/2021

3 MIN DE LEITURA

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Por Gabriel Agrelli e Juliana Sorati, da Daterra Coffee

A redução da pegada de carbono tornou-se uma prioridade das empresas: significa diminuir o impacto ambiental das atividades humanas para tentar reverter os efeitos devastadores do aquecimento global. A pegada de carbono mede a quantidade de gases do efeito estufa emitidos por uma pessoa, empresa, produto ou serviço.

Pesquisas do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI) sugerem que, até 2050, as terras cultiváveis das principais commodities mundiais mudarão drasticamente. Muitas das safras hoje produzidas no Brasil, por exemplo, serão movidas para países ao norte quando os padrões climáticos daqui se tornarem insustentáveis para essas produções. No café a situação não é melhor: de acordo com estudos do instituto World Coffee Research (WCR), as áreas aptas para a produção de café devem ser reduzidas pela metade dentro dos próximos trinta anos, o que põe o café brasileiro em grande risco.

Para os produtores de café, as mudanças climáticas são um enorme desafio – nos últimos anos, observamos temperaturas mais extremas e chuvas mais esparsas, embora o volume seja parecido: ou seja, chove muito em poucos momentos do ano, o que bagunça o ciclo vegetativo das plantas, causa mais floradas que o esperado, o que, consequentemente, resulta numa maturação com pouca uniformidade. A maturação desuniforme é um pesadelo para o produtor que foca a qualidade: significa uma colheita mais longa, mais trabalhosa e mais cara. Tudo isso impacta não só o preço do café, mas também a qualidade da bebida.  

A agricultura, que muitas vezes é vista como grande vilã da natureza, está longe de ser o maior dos problemas – segundo a Global Carbon Project, mais de 90% das emissões de gases do efeito estufa vêm da queima de combustíveis fósseis. É claro que isso não significa que a agricultura seja inofensiva: além de também utilizar combustíveis nas suas operações, a agricultura e a pecuária contribuem com o desmatamento de vegetação nativa. 

A boa notícia é que, em toda a cadeia produtiva e de consumo, somente um elo é capaz de sequestrar carbono da atmosfera de maneira significativa: as fazendas! E isso também vale para a cafeicultura, é claro. A agricultura como um todo pode ser regenerativa através do sequestro de carbono.

Sequestrar carbono significa retirar gás carbônico da atmosfera, um processo natural realizado pela fotossíntese nos vegetais. O solo e os oceanos também são capazes de absorver carbono. Em vários cultivos, o sequestro de carbono ocorre desde o primeiro momento. Na cafeicultura, por exemplo, ele ocorre quando as árvores de café realizam atividades metabólicas para germinar, crescer e produzir os frutos. Isso já é uma vantagem em relação a outras atividades econômicas que geram enormes pegadas de carbono sem ter nenhuma ação de sequestro. 

Aqui na Daterra estamos pensando nisso há muitos anos: há mais de dez anos, fizemos os primeiros cálculos de nossa pegada de carbono. Agora estamos atualizando esses estudos e mapeando todas as etapas do processo produtivo no qual ocorrem emissões de CO2 – com isso, podemos estabelecer metas ainda mais rígidas para a redução de nossa pegada.

Entre esses projetos de redução está a ampliação de corredores de vida selvagem: mais de 50% das terras da Daterra são de preservação ambiental, o que já garante haver bastante espaço para a fauna local, mas, muitas vezes, os animais ficavam restritos a essas áreas de preservação. Para que eles pudessem circular e se reproduzir por toda a área, há cerca de vinte anos, criamos bosques que se conectam com toda a fazenda, nossos “Corredores de Vida Selvagem”. Com isso, os animais circulam por toda a propriedade com segurança e nós, colaboradores, agradecemos – é comum ver famílias de tamanduás, lobos-guará e até jaguatiricas andando pelo cafezal. 

Extrapolando a porteira, estamos lançando um projeto gigante – o Tree_llion Project. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o mundo precisa ganhar 1 trilhão de árvores para combater os efeitos do aquecimento global. Firmamos um compromisso público de plantar 3 milhões de árvores nativas até 2030 não só na fazenda, mas em diferentes regiões do País. Já pensou em quanto CO2 será possível sequestrar com todas essas árvores?

É uma meta ambiciosa e, para realizá-la, contaremos com o apoio de clientes importadores e torrefadores de café, além de parcerias com entidades dos setores público e privado. Precisamos de parceiros que acreditem na cafeicultura regenerativa e que queiram contribuir com esse projeto, tão importante não só para a cafeicultura, mas para toda a humanidade.

Se você ficou interessado e quer fazer parte desse movimento, entre em contato com a gente através do daterracoffee@daterracoffee.com.br.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos meses dezembro, janeiro e fevereiro de 2021 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

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RICARDO CARVALHO DE ANDRADE

MANHUAÇU - MINAS GERAIS

EM 17/05/2021

A Cafeicultura Nacional, se todos os produtores se engajarem, tem como diminuir o aquecimento global sim, basta ter vontade, até porque o aquecimento global prejudica os próprios cafeicultores diretamente. E os produtores de café tem a matéria prima para isso já, sem precisar ter custo nenhum.
Hoje sem nenhum conhecimento eles desperdiçam a matéria prima que pode ajudar a combater o aquecimento global e consequentemente, melhorar o clima para a produção de mais café!!

não querendo ser um anônimo, meu nome é Ricardo.
meu email: eagle.r.a.l.a@gmail.com

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