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CLÁUDIO JOSÉ DA FONSECA BORGES
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CHARLES GARCIAIRUPI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 19/12/2012
Sr Claudio, sua franqueza e admirável. nós caféicultores temos defeito de competir com nossos vizinho que também produzem café (quem vende e compra melhor individualmente) e nisso tudo vem os oportunistas que adoram. Um velho ditado: zebra fora da manada é papa de onça com certeza. Estou no meio e reduzi minhas lavoura pela metade, tinha 250 mil pés (o que ganhei mais cabelo branco) e hoje tenho 100 mil, fiz substituição de alguns talões por variedades mais ressistente e mais produtivas. Hoje faço café de melhor qualidade, coisa que antes não fazia, a minha renda bruta diminuiu, ( a minha sobra aumentou). A minha despeza reduziu mais de 65%. Tinha um caminhão, toyota, trator só por conta da lavoura, hoje só o trator faz tudo. Tinha que investir em mais equipamentos, hoje só reformei. Aproveitei esses anos de( bom preço) e quitei divídas que viam se arrastando acho que quem fez isso fez bem. Lembrando que somos galinha de ovos de ouro de mais gente: contador que adora fiscal em nossa propriedade, DER que gosta de nos multar, pela IEMA pois toda casa na roça tem que ter fossa, mais na cidade vemos esgoto a céu aberto. E tema de hoje é a preservação ambiental, nos culpa pelo aquecimento global. Vi a pouco tempo uma reportagem dizendo que uma xícara de café consome muitos litros de água até a mesa do consumidor, isso é sem contar nosso suor e nossas lágrimas. No outro 150 mil pés plantei braquiária, e estou muito satisfeito com esse investimento, mas não demora vão inventar que tem boi loco no Brasil e que os estoques estão alto. Vemos algumas notícias que o produtor está segurando a safra, segurar como? nossos gasto maiores (fora a colheita) se consentra neste periodo de outubro à dezembro(calagem,adubações,pulverizações, fungicida e inseticida via solo, controle do mato que nesse época cresce muito,até agora acho 70% da safra anterior ja foi comercializada, pelo menos a minha foi!. Mais de qualquer forma foi um prazer ler o seu desafo, pois o mesmo nos tirou o nó que estava na nossa garganta e que Deus te ilumine na sua nova caminha! pois a gente com ele ja esta dificil! imagine sem? como será?.
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SAMUEL HENRIQUE FORNARISÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ) EM 18/12/2012
Parabéns aos colegas, concordo com todos. Alguns pontos que foram tratados aqui, me fazem acreditar que tendo pessoas enxergando o que tem acontecido, possa talvez existir uma luz no fim do túnel.
Algumas idéias gostaria de compartilhar e repetir: Sr Claudio: " Se a estimativa de produção da Conab vem baixa, acreditamos. Mas, se vem alta, desdenhamos. Quando vem a realidade, choramos. " Neste ponto eu realmente espero que a conab tenha melhorado suas estimativas e o mercado não tem acreditado ( descobriremos mais a frente). Sr Claudio: "Não será a queda de chumbinho que vai salvar o cafeicultor, mas sim uma política que inclua redução no preço dos insumos, condições para financiamento da safra, (incluindo a colheita), melhor remuneração do produto final , menos ganância por parte das cooperativas (que se transformaram em agentes financeiros) e importadores". Sr. Humberto Soares: " Cláudio, ainda bem que temos cafeicultores como você que estão enxergando em meio a esse pântano de informações errôneas, mentirosas e estapafúrdias, muitas delas respaldadas por agrônomos que se entregaram ao lucro fácil e não à construção de uma reputação baseada na boa informação. Alardeiam safras pequenas, falta de café e o que vemos são recordes de exportações de café no mundo. Libertem-se disso, passem na medida do possível a diversificarem suas culturas, principalmente os que estiverem em áreas montanhosas com necessidade de muita mão de obra humana para tocar o café." Sr Renato Fonseca: " Seria preciso um movimento dos produtores no sentido de pressionar, de forma organizada e consciente, as suas cooperativas, para que deixem de ser fonte de prestígio pessoal e de poder para um pequeno grupo de dirigentes, transformando-se naquilo que deveriam ter sido desde sempre: um valioso instrumento de defesa dos direitos dos produtores. A nossa inação nos transformará em bois na fila do matadouro, esperando a hora crucial ou algum fato fortuito que nos livre temporariamente do trágico destino que nos espera. De outro lado, se reagirmos a tempo, colheremos os frutos de nossa luta e olharemos com orgulho e confiança para o futuro." Enfim, parabéns a todos, sábios relatos que mexem nas grandes e verdadeiras feridas muitas vezes escondidas e mal cicatrizadas. Me fazem crer que ainda existe salvação para essa cadeia extremamente importante ao Brasil. Abraço a todos |
WILSON BOCARDI MACHADOTRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 17/12/2012
Sr. Cláudio,
Somente faltaram dois comentários em seu perfeito artigo, o primeiro é o da falta de apoio dos Bancos Estatais quando ocorrem desvios de produção, e o segundo a falta do programa "Bolsa Pequeno Agricultor".... Existe um pequeno ditado popular que diz : " O que não tem remédio, remediado está " . Plantar café é uma constante ilusão. Um grande abraço, (e não desista nunca, pois você é um brasileiro). Wilson Bocardi |
RENATO FONSECABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 05/03/2008
Cláudio,
Acredito que as suas observações correspondem ao sentimento médio do produtor do Sul de Minas. O produtor de café não tem controle sobre o seu negócio e sobrevive aos trancos e barrancos. A situação é insustentável, pelo menos para os produtores de pequeno/médio porte. Seria preciso um movimento dos produtores no sentido de pressionar, de forma organizada e consciente, as suas cooperativas, para que deixem de ser fonte de prestígio pessoal e de poder para um pequeno grupo de dirigentes, transformando-se naquilo que deveriam ter sido desde sempre: um valioso instrumento de defesa dos direitos dos produtores. Nunca é tarde para reagir. O Brasil tem que fazer valer a sua condição de maior produtor mundial e o Sul de Minas a sua posição de maior região produtora do mundo, de café arábica. Temos que negociar de forma dura e implacável com os fornecedores de insumos numa ponta e com os compradores de café na outra ponta. Temos que eliminar os intermediários e buscar o contato direto com os importadores, estabelecendo relações duradouras e lucrativas para as partes envolvidas. Vamos identificar as nossas vantagens competitivas, reforçando-as e transformando-as em barreiras intransponíveis para os nossos competidores, sejam eles os já estabelecidos produtores da Colômbia, Vietnã e outros ou os futuros pretendentes da África ou de qualquer outra região. A nossa inação nos transformará em bois na fila do matadouro, esperando a hora crucial ou algum fato fortuito que nos livre temporariamente do trágico destino que nos espera. De outro lado, se reagirmos a tempo, colheremos os frutos de nossa luta e olharemos com orgulho e confiança para o futuro. Abs, Renato Fonseca |
JOSE EDUARDO REIS LEÃO TEIXEIRAVARGINHA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/02/2008
Sr. Cláudio, absolutamente não lhe darei os parabéns, mas sim todo o meu respeito, já que certamente, conforme suas palavras, não conta com o respeito da cadeia de apoio à produção.
Os parabéns seriam dados se tivesse obtendo resultados financeiros, o que não tem nada a ver com produzir muito ou pouco. Conseguiu de forma clara apresentar o cenário real vivido pelos cafeicultores, quer sejam de qualquer tamanho. O produtor de porte menor, ou seja, aquele que produz menos de 2.000 (duas mil) sacas está sendo o primeiro a deixar a atividade, mas não se iluda, pois os maiores são a "bola da vez". O segmento produtivo cafeeiro é um "ótimo prato" para se banquetearem e "lambuzarem os beiços" os aproveitadores, pois basta uma palestra movida a salgadinhos ou churrasquinhos e lá estarão cafeicultores para comprar até mesmo "avião caindo"- desde é claro que o modelo seja novo e que caia na fazenda dele, pra fazer bastante barulho. Café, muito ao contrário do que a maioria imagina, tem de tradicionalismo apenas a quebradeira financeira/econômica. Conheço profundamente a história da cafeicultura, assim como a produção e o sofrimento. Mas, também conheço como se pode obter resultados positivos. Porém, isto é outra história pois a estrutura de apoio à cafeicultura como você bem disse não deseja que o cafeicultor se emancipe e assim deixe de ser teleguiado. Vamos aguardar 05 (cinco) anos, apenas isto, e veremos para onde, geograficamente, a cafeicultura de Minas Gerais irá se deslocar. Existe uma possibilidade de se transferir para alto-mar... E observem, quanto mais rápido isto ocorrer, melhor será para aqueles que vivem por explorar os cafeicultores, pois assim, mais rapidamente enriquecerão. Abraços e boa sorte em seu novo empreendimento José Eduardo |
ANTONIO AUGUSTO REISVARGINHA - MINAS GERAIS EM 28/01/2008
Parabéns Cláudio, pelo desabafo. Seus comentários devem estar sintonizados com a realidade de mais de 90% dos produtores de café arábica deste país. Muitos, se pudessem mudar de profissão, mudariam na hora. Infelizmente nem isso já decidem mais.
Estudei há muitos anos atrás (teoria de administração de algum guru que não me lembro mais) "que todo trabalho deve ser remunerado". Resumindo: este é o problema da quase totalidade dos produtores de café. Não estamos sendo remunerados pelo aquilo que fazemos. Sem renda, extrapola qualquer capacidade administrativa dos gestores. Alguns acertam na base da sorte enquanto outros usando os mesmos fundamentos, perdem. Outros, ganham por valorização de suas terras não pelo que produziu nelas. Nossa atividade não deveria ser um jogo, mas uma vez bem administrada, deveria ter sua rentabilidade sustentada. Daí o risco do nosso país, maior produtor mundial e com boa penetração no mercado, perder muito daquilo que já foi conquistado. Continuamos a brincar com as "galinhas de ovos de ouro". Abraço do companheiro, Antônio Augusto |
HUMBERTO SOARESAIMORÉS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 26/01/2008
Cláudio, ainda bem que temos cafeicultores como você que estão enxergando em meio a esse pântano de informações errôneas, mentirosas e estapafúrdias, muitas delas respaldadas por agrônomos que se entregaram ao lucro fácil e não à construção de uma reputação baseada na boa informação. Venderam-se aos que pregam que quanto mais mantiverem o cafeicultor desorientado maiores serão os lucros auferidos.
Alardeiam safras pequenas, falta de café e o que vemos são recordes de exportações de café no mundo. Libertem-se disso, passem na medida do possível a diversificarem suas culturas, principalmente os que estiverem em áreas montanhosas com necessidade de muita mão de obra humana para tocar o café. |
MARA FREITASLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 25/01/2008
Sabe sr. Cláudio, quando publiquei um artigo ano passado no Estado de Minas falando sobre a possibilidade do pólo cafeeiro do mundo se transferir para a África, o pessoal da Emater-MG desdenhou.
Seu artigo é muito lindo, porque expressa a alma do cafeicultor, sempre esquecido nas políticas. E posso afirmar uma coisa: a cafeicultura brasileira não tem estrutura para aguentar o tranco de larga escala no continente africano, que utiliza mão-de-obra barata e tem financiamento captado no mercado internacional, barato também. Sucesso para o senhor e família. |
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