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Eleições e agricultura

ESPAÇO ABERTO

EM 24/07/2014

2 MIN DE LEITURA

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Apesar do aborrecimento pela propaganda gratuita no rádio e TV, uma eleição, com a possibilidade de mudança, traz esperança. Uma chance de trocar pessoas, pensamentos, objetivos, enfim, mudança de políticas públicas. A agricultura brasileira precisa disso. E a urgência vai muito além do problema de logística, já bem conhecido. A agricultura tem, de muito, sido a âncora econômica brasileira. Cresceu embalada por novas tecnologias, novos investimentos, por vezes com preços internacionais atrativos. Mas novos tempos se avizinham. Foi divulgado que os preços internacionais de commodities agrícolas deverão cair nos dois próximos anos. Até agora, crises de preços baixos foram vencidas com aumentos na produtividade, mas este elástico está quase no limite. Não deve ser mais esperado crescimento significativo nas produtividades, pois nossa produtividade já é alta, cada vez mais próxima do que o ambiente permite.
Foto: Ivan Padovani / Café Editora
 
Foto: Ivan Padovani / Café Editora

Grosseiramente, pode se dividir os produtores rurais em três “tamanhos”. Os pequenos (enquadrados normalmente como agricultores familiares), os médios e os grandes. Os pequenos, bem ou mal, vem sendo assistidos, muitas vezes subsidiados por diversos programas governamentais especiais, dirigidos especialmente à agricultura familiar. Não quero aqui discutir o uso de recursos públicos em assentamentos que, muitas vezes, se configuram como investimentos duvidosos. Os programas existem. Os grandes, por sua capacidade econômica e gerencial, mais sua escala de produção, tem conseguido produzir a custos muito competitivos. Existem problemas, mas as grandes empresas tem recursos para enfrentá-los. E os médios?

Os agricultores médios constituem uma vasta legião, responsáveis por significativa parte da produção nacional. Os agricultores médios vivem, trabalham, se divertem em sua cidade no interior. Compram na revenda da esquina, nas lojas de sua cidade, contratam os profissionais do interior. Muito diferente das grandes empresas agrícolas. Assim, em função de sua escala de produção, seu produto é mais caro. Sua competitividade é menor no mercado. Por isso a agricultura de médio porte vem diminuindo de tamanho no Brasil. Em algumas regiões as cooperativas tem tido papel importantíssimo na manutenção do médio agricultor. Mas, onde estão os programas de governo? Onde estão as políticas públicas visando à manutenção deste segmento fundamental de nossa sociedade? Por exemplo, o que acontecerá no estado de São Paulo com os médios produtores de laranja expulsos da atividade pelo greening? É desejável que todos arrendem suas terras para usinas? Outro exemplo: os pequenos ficaram desobrigados da área de reserva, no atual Código Florestal, mas os médios foram tratados como grandes, sem uma transição minimamente aceitável.

Nota-se um aumento no número de grandes grupos, inclusive com empresas de capital aberto, atuando na agricultura brasileira. Isso tem trazido competitividade. Enquanto os preços internacionais estiverem altos, há esperança para os médios agricultores, mas isso deve mudar. Então, o que será daqueles que estão sendo expulsos da atividade? É isso que queremos? De um lado grandes empresas agrícolas, muito eficientes e de outro o agricultor familiar muitas vezes subsidiado? No meio de um deserto? Qual a consequência para a economia da maioria dos municípios?

Eleições: tempo de discussão de ideias e de mudar políticas. Quem encampa a defesa do médio produtor rural brasileiro?

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JOSÉ HESS

CURITIBA - PARANÁ

EM 31/07/2014

Temos de parar de entrar no discurso dos ditos socialistas(?) em que rotula a sociedade e o país em grandes, médios e pequenos com políticas diferenciadas para cada um. Imaginem vocês termos três filhos cada um de tamanho diferente. Vocês dariam educação e sustento diferenciado?. Temos de ser mais inteligentes devemos ter governo e políticos que pensem e defendam os interesses do BRASIL como um todo. E assim beneficia quem é brasileiro independente do tamanho, pois a nossa sociedade é uma relação contínua entre todos nós , pequenos, médios e grandes. Concordam?
JOSÉ DILBERTO FIGUEIREDO

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/07/2014

Com Marina não dá, mas com a palavra companheiro também não dá, lembra o continuísmo que não dá mais para aguentar.
GERALDO CESAR PAGOTO

RIO BANANAL - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/07/2014

Gostaria de saber quem são os produtores classificados como medios.Quantos hetares é tido como produtor medio.Na minha maneira de ver, so apos o governo lula que o pequeno produtor teve chances reais de crescer,e, o pequeno com a necessidade que tem de crescer faz a diferença.
ADRIANO MAURICIO GONCALVES DA SILVA

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/07/2014

Meu caro amigo, VC interpreta a Sr Marina como vilã; eu acho que o trabalho dela é muito importante para a nossa agricultura pois os importadores querem comprar produtos de  um país que tenha um código ambiental forte e que seja respeitado e a presença da ambientalista como vice fortalecerá essa condição sendo fazendo bem para o agrobusiness brasileiro!
GERALDO CESAR PAGOTO

RIO BANANAL - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/07/2014

Eu gostaria que o joão batista do programa mercado e compania revelasse a receita que ele tem para solucionar os problemas de todos os brasileiros no proximo governo.Ele fala tão mal do atual governo que parece que ele tem a formula magica para a solução de tudo.
ERIC KER BRETAS WERNER

EM 26/07/2014

Na minha opinião, esta é uma tendência do mundo globalizado. Não só o médio produtor, mas a classe média de uma maneira geral, está sendo esmagada.

Tenho vários amigos, com propriedades médias assim como eu, que não conseguem mais, manter um padrão de vida razoável, vivendo apenas de administrar sua propriedade. Na minha região, o médio produtor para conseguir se manter na atividade, ele precisa se integrar ao trabalho da fazenda e acumular funções, que até então ele designava outras pessoas para fazer.

Estas eleições, serão uma oportunidade de elegermos um representante, que nos de almenos, segurança e tranquilidade para planejar nossa vida.

Aliás, não tenho mais ouvido falar em "Petrobrás", e outros escândalos?
MAURÍ

TORRINHA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/07/2014

Cuidado companheiro Adriano Maurício, não se esqueça que o Sr Eduardo Campos está levando como companheira a "ambientalista" Marina Silva. Analise o seu comportamento durante as discussões do Código Florestal".
ADRIANO MAURICIO GONCALVES DA SILVA

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/07/2014

Por essas e outras que eu já me decidi por mudanças....porém não adianta mudar e retroceder no passado...Eu vou de Eduardo Campos, um político experiente, inovador e aberto a novidades com embasamento técnico...mudou a cara de Pernambuca na área da educação e demais....Tenham coragem para mudar também nós e o nosso pais agradecemos....Eduardo Campo o meu Presidente do BRASIL.

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