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Boas condições climáticas para colheita de café no Brasil pressionam às cotações na semana

NATÁLIA SAMPAIO SENE FERNANDES

EM 17/05/2013

3 MIN DE LEITURA

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 Conforme comentado na última semana, caso as condições climáticas se mantivessem favoráveis às lavouras de café no período de pré-colheita e colheita, as cotações poderiam voltar a trabalhar em baixa devido a pressão da safra do maior país produtor.

Confirmando que esta será a maior safra de ciclo de baixa bienalidade já produzida no país, a Conab divulgou a 2ª Estimativa de safra para o café no Brasil, apresentando um volume a ser colhido de 48,59 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 4,4% (2,23 milhões de sacas) quando comparada com a produção de 50,83 milhões de sacas obtidas na temporada anterior, devido a baixa bienalidade e ao regime de chuvas bastante irregular aliado às altas temperaturas.

Então, os fundamentos do café somados às incertezas do cenário macroeconômico impediram que o mercado desse sequência ao movimento de alta das últimas semanas. A valorização do dólar contribui para a queda das commodities, inclusive o café.



O dólar foi afetado pela divulgação de dados piores que o esperado de emprego, indústria e do setor imobiliário nos Estados Unidos, que para alguns agentes afastam a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) antecipar o processo de normalização da política monetária do país. Por outro lado, mais dois presidentes regionais do Fed, Richard Fisher, de Dallas, e John Williams, de São Francisco, disseram ontem que gostariam que a autarquia já começasse a reduzir os estímulos econômicos em vigor atualmente.

Enquanto isso, o fungo “roya” tem sido a grande preocupação dos produtores de café da América Latina. A ferrugem tem prejudicado a produção na ordem de US$ 500 milhões e deve eliminar 374.000 empregos na safra deste ano, segundo a Organização Internacional do Café (OIC). O ataque das lavouras tem dizimado boa parte dos cafés de qualidade produzido pelos países como Guatemala, Honduras, Costa Rica El Salvador e Nicarágua, fazendo com que os preços desse tipo de café subam ainda mais.

MERCADOS FUTUROS

Na semana o contrato junho/13 na bolsa de NY (ICE Futures) teve grande oscilação, indo da máxima US$ 146,85/lb a mínima de US$ 136,75/lb, encerrando a semana cotado a US$ 137,05/lb com forte desvalorização de 5,12% (715 pontos).



Ainda como fator baixista, a Green Coffee Association (GCA) anunciou um aumento dos estoques norte-americanos de café verde (em grão) em 90.759 sacas de 60 quilos no mês de abril de 2013 na comparação com março. O total de café verde depositado nos armazéns credenciados pela GCA em 30 de abril de 2013 chegava a 4.867.677 sacas, ante as 4.776.918 sacas em 31 de março de 2012.

A BM&FBovespa acompanhou o mercado internacional e também acumulou queda na semana, oscilando de US$ 178,60/saca a US$ 166,05/saca para o contrato setembro/13, encerrando a semana cotado a US$ 166,80/saca (R$ 338,60/saca), com 5,23% de baixa.



MERCADO FÍSICO

Com as desvalorizações do café no mercado futuro, a saca de café no mercado físico encerrou a semana valendo menos que a semana anterior. O indicador Cepea/Esalq para o arábica, tipo 6, bebida dura para melhor, encerou a quinta-feira (16) a R$ 300,70/saca, com queda de R$ 11,36/saca na semana.

De acordo com informações do Cepea/Esalq, a colheita da safra 2013/14 do café arábica foi iniciada nesta semana em algumas regiões de Minas Gerais. Já houve, inclusive, sacas do café novo sendo comercializadas.

Em relação ao clima, segundo a Somar Meteorologia, no período entre 22 e 26 outra frente fria avança pelo leste da Região Sudeste, com chuvas somente em áreas costeiras, não devendo prejudicar as lavouras cafeeiras.

A comercialização da safra 2012/13 segue um tanto quanto atrasada, de acordo com Safras & Mercado. Até o dia 30 de abril 83% da safra havia sido comercializada, frente a 92% no mesmo período da safra passada. Também há atraso em relação à média dos últimos 5 anos, que aponta que 93% da produção normalmente já está negociada no período.

PARA A PRÓXIMA SEMANA...

De qualquer forma vale ficar atento às previsões climáticas. Do ponto de vista técnico, o US$140,00/lb virou resistência no curto prazo. Como o mercado rompeu o nível de US$138,00/lb, agora o suporte mais próximo é US$134,80/lb, com objetivo na mínima de US$132,70/lb.

Se as condições climáticas se mantiverem favoráveis à colheita no Brasil e nenhuma política de renda for anunciada por parte do governo brasileiro, a tendência de queda deve se firmar nas próximas semanas.

Brasília, 17 de maio de 2013.

Natália Fernandes
Assessora Técnica - Comissão Nacional do Café
Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA


Breno de Mesquita
Presidente - Comissão Nacional do Café
Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA

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ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/05/2013

Entao,tanta esperança no novo Ministro da Agricultura para nada.Vi hoje declaraçao dele dizendo que o preço minimo do cafe eh suficiente.Va plantar cafe seu ministro.
ANDRE MARCOLINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 20/05/2013

que tal não colhermos metade do café? pode ser suicídio, se não der certo. mas se colhermos a safra a morte será arrastada e dolorosa. melhor morrer por via rápida.
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/05/2013

Estive no meu sítio em Caconde-SP, onde iniciei a colheita do café no dia 13/05. Pude constatar a crítica situação que o produtor têm pela frente, ou seja, uma colheita cara e falta de recursos para realizá-la. O município está empobrecido, a falta de dinheiro circulando é gritante. Conversei com alguns conhecidos cafeicultores que estã decididos, como eu, erradicar grande parte das lavouras.
Com os atuais preços, R$298 a saca, na nossa região, de montanha, o prejuízo está em torno de R$80 a R$100 por cada saca produzida. Muitos, estão sem recursos e no aguardo das linhas de créditos para poder iniciar suas atividades de colheita. Espero que o governo libere o mais rapidamente esses recursos para não tornar insustentável o que já está muito crítico.
Peço aos colegas cafeicultores que vão descrevendo as reais situações de suas regiões. Um abraço e Sorte a todos.
DANIEL RENNO SAMPAIO

SANTA RITA DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/05/2013

É INSUNSTENTAVEL PRODUZIR CAFÉ NA MONTANHA NESTES INTERVALOS , POIS OS CUSTOS DE PRODUÇAO ESTÃO BEM ACIMA DESTES PATAMARES , AINDA MAIS OS PASSIVOS GERADOS PELA FALTA DE PREÇO NA ULTIMA DÉCADA , INFELIZMENTE SOBREVIVER NESTA ATIVIDADE ESTA PRATICAMENTE IMPOSSIVEL!!!!!!!!!!!!!

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