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Derrubando mitos

SOU AGRO

EM 11/04/2012

4 MIN DE LEITURA

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Juliana Ribeiro


Todo ano é a mesma coisa. Basta chegar o dia 1º de abril para as pessoas contarem algumas mentiras e pregarem peças nos amigos. Até alguns veículos criam notícias fictícias, geralmente coisas boas como fim do desemprego e da violência, aumento do salário mínimo ou a cura de alguma doença.

Mas o Sou Agro pensou diferente e na semana do Dia da Mentira resolveu mostrar boas notícias e ações que já são realidade no setor. Elegemos alguns dos mais sensíveis temas que de uma maneira ou outra atingem negativamente o agro, mas muitas vezes de forma injusta. Assim, preparamos uma série especial de três matérias para mostrar que histórias têm sempre dois lados.

Desmatamento, uso da água, pecuária, agroquímicos (vulgo agrotóxicos), agricultura versus biocombustíveis e transgênicos estão na lista de assuntos polêmicos em relação ao meio ambiente e saúde das pessoas. Na hora das discussões, sobram dedos inquisidores, apontando os “responsáveis”, mas faltam dados concretos e sobram especulações.

A maioria dos produtores rurais, que a cada dia investe mais em tecnologia, segurança sanitária, rastreabilidade e iniciativas sustentáveis, é duramente criticada e colocada na mesma categoria de outros que agem de maneira irresponsável. O fato é que, ao contrário do que muitas vezes prega o senso comum, espalham-se por muitas regiões do País exemplos de boas práticas agrícolas, como as que você confere abaixo:

Pecuária

Muito se ouve dizer que a pecuária é a grande responsável pelo desmatamento, especialmente em regiões dos biomas Amazônico e Cerrado. Quando não, é acusada de ser coadjuvante na expansão da soja nessas regiões, para alimentação de bovinos. Mas um estudo realizado pela Embrapa e divulgado em 2011 mostra que a realidade não é bem assim.

Segundo os pesquisadores Eliseu Alves, Elisio Contini e Geraldo Martha Junior, os recentes ganhos de produtividade, com o uso de tecnologias, evitaram o desmate de aproximadamente 525 milhões de hectares, área superior ao bioma Amazônia, cuja extensão é de 420 milhões de hectares. Eles pesquisaram o avanço de desempenho da atividade e sua relação com a expansão da área, compararam a evolução dos dados desde 1950 e constataram que de lá para cá houve um aumento de 79% na produtividade da pecuária nacional, enquanto as áreas de pastagens cresceram 21% no período.

Entre 1996 e 2006, a atividade cresceu a um ritmo de 6,6% ao ano, enquanto a área de pastagens no mesmo período, foi reduzida em 19 milhões de hectares. Entre os principais fatores para essa redução, estão os investimentos em melhoria de genética, tecnologia, qualidade dos pastos, disseminação no uso de suplementos alimentares, maior controle de doenças como a febre aftosa e o crescimento do confinamento em muitas regiões, o que acelera o ganho de peso do animal, que é abatido em menor tempo e ocupa área reduzida.

No trabalho, os pesquisadores também avaliaram o efeito que o aumento da produtividade teve na redução dos preços da carne no varejo. Em junho do ano passado, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o consumidor pagava apenas 30% do valor pago em 1973 tendo como referência os habitantes da cidade de São Paulo.

Um dos bons exemplos de que pecuária e meio ambiente podem conviver em harmonia está em Paragominas (PA). O município, que já foi o campeão nacional de desmatamento, há pouco mais de três anos iniciou um projeto que reuniu sindicato rural, prefeitura e pecuaristas para regularizar a situação do agro na região.

Na matéria “A cidade que venceu o desmatamento”, você confere os detalhes desse trabalho que transformou a localidade em exemplo de recuperação de áreas e produtividade.

Agroquímicos
Quem não se lembra de reportagens, publicadas e veiculadas no final do ano passado, apresentando dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso de agroquímicos e contaminação dos alimentos? E os pimentões então? Passaram a ser ignorados em feiras livres e supermercados Brasil afora. O relatório mostrava que entre 18 culturas, com 2.488 amostras, 28% foram consideradas não satisfatórias.

A adequação das amostras é medida de três maneiras. A primeira identifica se o agroquímico encontrado é autorizado para o produto analisado, depois a segunda se o resíduo encontrado do defensivo agrícola autorizado ultrapassa o limite permitido – limite máximo de resíduos (LMR) – e por fim aponta os casos em que ocorrem os dois eventos.

Na época, André Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Relações Internacionais (Icone) e coordenador da RedeAgro, escreveu o artigo “Os pimentões da Anvisa” no qual procurava esclarecer informações que foram “esquecidas” no relatório.

Primeiro, “foi constatado o índice médio de 3,6% nas 18 culturas – considerado bom, mesmo para os rigorosos padrões internacionais. O segundo é o fato de que em cinco alimentos – das 18 culturas analisadas – não foi detectado nenhum índice de resíduo sequer. Destaque-se que são alimentos de elevado consumo, como arroz e batata. Aliás, apontado injustamente como “vilão” no relatório, com 92% das amostras consideradas “insatisfatórias”, o pimentão aparece totalmente ileso de resíduos nas amostras que utilizaram apenas produtos autorizados”, escreveu Nassar.

Em novembro do ano passado, o Sou Agro levou ao ar a matéria “Informação assegura o uso correto dos agroquímicos”, a qual destacava que o manejo adequado desses produtos protege o meio ambiente e o produtor, garantindo alimentos saudáveis e seguros. Muitas empresas desenvolvem programas de capacitação e orientação dos produtores, para que eles utilizem os produtos de forma correta, como é o caso da Ihara.

“O uso de agroquímico, desde que feito de forma correta, nos traz alimentos sadios e sem riscos de toxicidade. Se utilizarmos de forma correta, não teremos problemas”, afirmou Danilo Tubaldini, coordenador da estação experimental da companhia.

Já em outra matéria, intitulada “Remédios para as plantas”, publicada antes, em setembro, Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), pontuou que “o que faz o veneno é a dose não é o princípio ativo”. “É como tylenol: na quantidade certa cura dor de cabeça, mas a superdosagem pode matar.”

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