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Café produzido no Brasil a partir dos resíduos do pássaro Jacu faz sucesso no exterior

PAULO HENRIQUE LEME

EM 01/11/2011

2 MIN DE LEITURA

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A Indonésia produz o café mais caro do mundo a partir dos grãos digeridos pelo luwak (animal parecido com o nosso gambá), mas o Brasil também tem seu representante exótico nesta área. O jacu, um pássaro abundante nas regiões com Mata Atlântica, se alimenta dos frutos do pé de café. E é a partir de suas fezes que a fazenda Camocim Organics criou o Jacu Bird Coffee, exportado para vários países do mundo.

Desagradável? Nem tanto, é só entender o processo de fabricação para ser aguçado pela curiosidade. A Fazenda Camocim é a maior produtora do café do jacu no Brasil. O proprietário, Henrique Sloper Araújo, explica que o pássaro come o fruto maduro no pé de café e, enquanto faz a sua própria colheita, evacua ali mesmo.

O trabalho é recolher estes resíduos, que são secos ao sol. Depois, manualmente, os grãos de café que o Jacu expele inteiros e envoltos por uma casca são separados manualmente. "Este produto é uma raridade e tem qualidade, porque o bicho só come grãos maduros. Café bom é café colhido na hora certa e ninguém melhor que um pássaro para decidir a melhor hora", brinca Henrique.

Na fazenda, o cultivo é no sistema de agrofloresta, ou seja, as plantas ficam imersas em meio a mata nativa. "Nós não conseguimos controlar o que o jacu come, então brincamos que o blend é determinado por ele. Além da fruta do café, a espécie adora comer frutas vermelhas", explica. A produção é orgânica e biodinâmica e o resultado é uma bebida de baixa acidez, doce, com aroma de chocolate e fruta, muito bem aceita no exterior.

Das duas toneladas produzidas por ano do Jacu Bird Coffee, 80% vai para países como França, Japão, Austrália e Estados Unidos - o parceiro mais recente é o estrelado chef Alain Ducasse. No Brasil, no entanto, o prestígio ainda é menor. "A gente não sabe valorizar o que é nosso", desabafa Henrique. Em São Paulo, por exemplo, o café pode ser degustado no Suplicy ou na Casa do Porto, e só.

Infestação Rentável

Henrique Sloper é produtor de café há mais de 10 anos. A fazenda está localizada no Espírito Santo, uma das áreas mais frequentadas pelo jacu. Em 2007, depois de uma infestação do pássaro na plantação, ele decidiu chamar órgãos competentes para tentar afastá-los. "Os pássaros sempre voltam, não sabia o que fazer", conta. A partir de então, inspirado pela produção do kopi luwak na Indonésia, deu início às pesquisas que atestam a qualidade do café feito a partir dos resíduos do animal brasileiro.

O Jacu Bird Coffe pode ser comprado em grão, pó ou sachê. Uma embalagem de 250g custa entre R$ 90 e R$ 130. A xícara, entre R$ 7 e R$ 15. Vale dizer que os chefs franceses que passaram por Búzios recentemente, se encantaram pelo sabor e pelo aroma desta iguaria. E você, vai provar?

As informações são do site Colherada Cultural, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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MARIA DO CARMO

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - ESTUDANTE

EM 17/07/2015

esse café e só para os ricos beberem, e o que parece nem a clace média tem condições de comprar e se Deus tirar os passaros como fica.
MARIA ÉLIDE BORTOLETTO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/11/2011

Eu já tinha lido alguma matéria sobre este interessante pássaro brasileiro. Precisamos divulgar e valorizar muito mais o produto de nossa terra.

Lamentavelmente  já acabamos com a nossa Mata Atlântica. Porém  não é motivo para ficarmos na lamentação. Vamos preservar o pouco que resta dela e talvez o Jacu passe a frequentar outros biomas que também estão bastante ameaçados.

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