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Preços em baixa colocam em risco 25 anos de trabalho dos cafeicultores

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 11/03/2013

3 MIN DE LEITURA

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O extraordinário investimento dos últimos 25 anos em pesquisa, qualidade, produtividade e desenvolvimento de novas áreas de produção de café no Brasil, resultaram em um aumento na oferta de arábicas de qualidade e o consequente crescimento do consumo mundial de café, através das cafeterias, abertas aos milhares ao redor do mundo, e agora do mercado de monodoses, que conquistaram os jovens nos diversos mercados consumidores. Todo este trabalho agora está ameaçado pela forte queda dos preços do arábica, que no Brasil chegou ao patamar dos trezentos reais por saca, valor que gera prejuízo até nas regiões produtoras mais eficientes e capitalizadas.

Acreditando no discurso dominante nos principais mercados consumidores do mundo, os cafeicultores brasileiros investiram e trabalharam com afinco, levando o Brasil a ser hoje o fornecedor de mais de cinquenta por cento do café arábica consumido no mundo (aí incluso o consumo interno brasileiro).

A queda dos preços aconteceu em cima de um discurso de excesso de estoques e produção no Brasil, que não são confirmados pelos números levantados pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento e, nos últimos meses, por um novo factoide: o café arábica está sendo substituído por robusta nos principais mercados consumidores, sem prejuízo para a qualidade e sem queda no consumo.

O discurso sobre café arábica de qualidade, café “gourmet”, “terroir”,“fair trade”, certificação e meio ambiente praticamente desapareceu. Agora o robusta resolve todo e qualquer problema de abastecimento (não se sabe de onde apareceu tanto café robusta).

Estreitaram fortemente o diferencial do robusta para o arábica e, no Brasil, entre os arábicas mais fracos e os de alta qualidade. Diminuiu, praticamente desapareceu, o prêmio para cafés arábica certificados.

Os cafeicultores brasileiros se mostram desorientados e ludibriados. A pergunta que mais ouvimos é se vale a pena continuar investindo na produção de café arábica e em qualidade. Os custos são altos e os riscos (secas, frio, pragas, escassez de mão de obra) assustam.

É urgente um pronunciamento do Ministério da Agricultura sobre os números de produção divulgados pela CONAB. Se estiverem corretos não existe excesso de café no Brasil. Se não for estancada e revertida a atual queda de preços, corremos o sério risco de perder 25 anos de trabalho dos cafeicultores brasileiros.

A situação das lavouras de café na América Central já é reflexo dos preços praticados no mercado internacional. Não podemos deixar que o quadro se repita no Brasil.

O Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de fevereiro foram embarcadas 2.166.096 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 3% (57.670 sacas) menos que no mesmo mês de 2012 e 15% (380.855 sacas) a menos que no último mês de janeiro. Foram 1.909.695 sacas de café arábica e 34.452 sacas de café conillon, totalizando 1.944.147 sacas de café verde, que somadas a 220.891 sacas de solúvel e 1.058 sacas de torrado, totalizaram 2.166.096 sacas de café embarcadas (confira mais informações).

Até o dia 7 os embarques de março estavam em 63.840 sacas de café arábica e 5.250 sacas de café conillon, somando 69.090 sacas de café verde, mais 23.170 sacas de café solúvel, contra 131.820 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 498.930 sacas, contra 479.445 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 1, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 8, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 70 pontos ou US$ 0,93 (R$ 1,81) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 1 a R$ 375,64/saca e dia 08 a R$ 371,76/saca. Na sexta-feira, dia 8, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 95 pontos.

As informações são do Escritório Carvalhaes.
 

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WILLIAN TREVIZAN

ARAGUARI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/03/2013

Enquanto não colocarmos uma liderança rural na presidencia não iremos ter valor..ha se fosse um Ronaldo Caiado lá na presidencia...tenho certeza que tudo no meio rural iria bem e seria mais valorizado...
JOSE EUGENIO DE QUEIROZ

FRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/03/2013

Cafeicultor esta igual enchurada  morro abaixo. não sabe onde vai parar
BRUNO T S PEREIRA

LAVRAS - MINAS GERAIS

EM 12/03/2013

O importante é saber que café naõ é feito em uma safra, porém de um trabalho arduo e grande esforço para deixar esse café pronto. Porém lá fora eles não querem saber das dificuldades de um páis subdesenvolvido, desde ecoar sua produção até confiar em corretor da venda, fora os entemperios , falta de mão de obra, cara; vale a pena ressalatar e que além de ser cara ela é incapacitada, ou seja adaptadas por nós produtores que pegamos esses trabalhadores que não conseguem nada na cidade e vão trabalhar na''roça''.Obs: trabalhadores de montadoras de veiculos recebem o valor base de sindicato deles, porém têm de pagar agua aluguel luz iptu etc... o trabalhador rural recebe bem e não paga nada é responsabilidade nossa, o governo fica satisfeito com nós tomando prejuizo e bancando parte dos projetos socias dele. Prrecisamos de decisões drasticas, seja parar ou não parar com o proceso produtivo essa incerteza só está gerando prejuizo.
AMARILDO J SARTÓRI

VARGEM ALTA - ESPÍRITO SANTO

EM 12/03/2013

Amigos cafeícultores,vou expressar aqui a mesma opinião e comentário que fiz em outro site.  "Além do desanimo do produtor de café, venho mais uma vez comentar sobre a falta de vergonha que ocorre em alguns elos da cadeia produtiva. Embora da última vez isso tenha passado sem muito alarde, já que não houve por parte dos próprios produtores de café interesse em buscar informações ou comentar a respeito. Mas hoje, para minha surpresa, ao chegar em uma propriedade onde é prestado serviços de secagem e pilagem de café para terceiros, presenciei e constatei um fato que me deixou estarrecido. Estavam passando pela máquina de pilar resíduos de café, contendo grãos minúsculos, mal formados e pretos, juntamente com casca melosa retirada no processo de despolpamento dos grãos cerejas. Perguntei para que servia e a resposta foi de que aqueles resíduos seriam vendidos a empresas de torrefação para adicionar aos grão perfeitos na hora da torrada. Por este motivo, volto a repetir "Temos é que criar urgentemente um selo de qualidade para esse tal de Nathan Herskowicz, da ABIC, que é a entidade responsável pela qualidade do café que consumimos aqui no Brasil e também para outras pessoas ligadas ao setor, pois os mesmos já estão vencidos há muito tempo. Essas pessoas não estão verdadeiramente comprometidas com a verdade, com a qualidade do café que bebemos no Brasil. Pura falta de ética... Enquanto isso, vamos bebendo casca de café, resíduo de café e milho torrado, minha gente. Que cafezinho saboroso e barato... E o lucro das torrefadoras só aumentando.... Que beleza!!! Que vergonha!!!"



Aberto a qualquer discussão a respeito.



Amarildo Sartóri

28-09983.2320
RUDOLF KAMENSEK JUNIOR

BATATAIS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 12/03/2013

Infelizmente nao temos uma politica séria para quem realmente produz as riquezas deste grande país.
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO COSTA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/03/2013

No caso do conilon,  os problemas são os mesmos do Arábica. Só sabem pedir qualidade,conilon despolpados e mil outras coisas. Os custos de produção do café conilon aumentaram muito nesses últimos anos, são diferentes tipos de podas pós colheita, tres a quatro desbrotas após as podas, pragas diversas como a cochonilha de raiz ou de roseta, fungicidas caríssimos,broca em excesso, ácaros de todas as cores e muitas outras doenças e tratos que demandam muito dinheiro, isso sem contar que diferente do arábica, quase tudo no conilon  é manual e está faltando mão de obra para isso. O preço hoje de uma saca de café conilon de boa qualidade é de R$ 245,00 não dá nem para cobrir os custos de produção. Na minha humilde opinião eu acho que devemos brigar e muito para subir os preços do café arábico, pois é um absurdo o que eles estão pagando, também sei do gosto e qualidade do arábico em relação ao conilon. Mas devemos brigar pelo café arábico sem tentar derrubar o conilon, pois em primeiro lugar estamos todos em um mesmo barco e também em contra partida se o conilon subir mais, ele será automáticamente subistituido por um arábico de pior qualidade o que gerará um círculo vicioso aumentando o preço de um arábico de qualidade. Devemos nos unir e brigar sim, mas com esses especuladores de plantão, com esses milhares de fundos que nos afunda e mostrar a nossa PRESIDENTA que existe um produto agrícola chamado café que gera grande quantidade de empregos e divisas para nosso Brasil
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 11/03/2013

Realmente muito estranho!!!
CARLOS EDUARDO DE ANDRADE

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/03/2013

A história de exigência de qualidade de café pelos consumidores me parece confusa. Como pode tanta exigência de qualidade, longos discursos a respeito da qualidade, tantos trabalhos de pesquisa e na atualidade o consumidor  passar de uma hora para outra a gostar do Conilon? Sei não....

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