Dez/07 fechou em 122,10 cents/lb (R$ 292,38/sc), recuo de 135 pontos (-1,09%). Mar/08 foi cotado em 125,60 cents/lb (R$ 300,76/sc), queda de 100 pontos (-0,79%).
Segundo relatório de traders divulgado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), referente ao dia 20 de novembro de 2007, no café, os fundos passaram de um saldo líquido comprado de 37.467 para 38.123 lotes.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar (compra) fechou a R$ 1,810, alta de 0,82% em relação ao dia 23. Apresenta, no acumulado da semana, valorização de 2,94%.
Segundo notícia do InfoMoney, há poucas semanas, eram raros os questionamentos à estratégia de vender dólares e comprar reais. Agora existem algumas boas ressalvas, detalhadas por especialistas do mercado de câmbio.
"Essa história de fundo soberano não está muito bem explicada", afirma Bruno Carvalho, economista da Paraty Investimentos. Acompanhando boa parte do mercado, ele critica as intenções governamentais de formar um fundo com excedentes cambiais. "Isso não é negócio do BC ou do Tesouro".
Para Miriam Tavares, diretora de Câmbio da corretora AGK, "é mais um rumor de que o governo quer intervir para amenizar a valorização do real". Com boas ou más desculpas, o fundo impulsionaria a demanda por divisas.
Miriam acha que as dúvidas em relação ao fundo, que ainda carece de diretrizes oficiais, tendem a deixar o dólar acima de R$ 1,80 no curto prazo.
Outras variáveis não trazem tanta surpresa quanto o fundo soberano, mas nem por isso são irrelevantes. "O cenário externo ainda está turbulento e a balança comercial anda um pouco mais fraca, conforme esperávamos", lembra a diretora da AGK.
Bruno Carvalho cita a sazonalidade do fim de ano, quando subsidiárias instaladas no Brasil compram dólares para emitir lucros às matrizes. E também fala das atuações do BC: "As intervenções devem continuar, principalmente no mercado à vista".
Com o IPO da BM&F e a oferta secundária de ações do Banco do Brasil, "o Banco Central vai querer neutralizar dólares", interpreta o economista da Paraty. Mesmo assim, o efeito líquido nesse caso é em prol do real.
Segundo previsões levantadas por Miriam Tavares, serão cerca de R$ 4 bilhões captados com a oferta da BM&F e R$ 2,1 bilhões com a do BB - boa parte advinda de estrangeiros. "Quando esses recursos ingressarem, o dólar pode voltar a operar abaixo de R$ 1,80", ela estima.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Londres registrou queda nesta segunda-feira. Os contratos para nov/07 fecharam em US$ 2.296/ton (R$ 249,37/sc), recuo de 25 pontos (-1,08%). Jan/08 ficou em US$ 1.809/ton (R$ 196,48/sc), queda de 17 pontos (-0,93%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F fechou em queda. Com volatilidade de 0,80%, os contratos para dez/07 ficaram em US$ 152,75/sc (R$ 276,51/sc), desvalorizados US$ 0,30/sc (R$ 0,54/sc). Foram negociados 349 contratos e 3.053 ficaram em aberto. Para mar/08, os contratos fecharam em US$ 158,50 (R$ 286,92/sc), queda de US$ 0,55/sc (R$ 1,00/sc). A volatilidade foi de 0,85% neste vencimento. Foram negociados 468 contratos e 8.946 ficaram em aberto.
Foram negociados 392 contratos de opções na BM&F.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
No mercado físico, pouca variação nos preços. Em Guaxupé, MG, a saca do arábica tipo 6 (dura-melhor) fechou em R$ 262,00, alta de R$ 2,00/sc. O indicador Esalq-arábica ficou em R$ 247,34, alta de R$ 0,81/sc.
O conilon seguiu estável em São Gabriel da Palha, ES (tipo 6/7 - R$ 193,00/sc) e Vitória, ES (tipo 7 - R$ 198,00/sc). O indicador Esalq-conilon fechou a R$ 206,87, com pequena alta (+R$ 0,07/sc).
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint