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Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas

POR NECAF

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 07/01/2015

4 MIN DE LEITURA

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Por Estevam Antonio Chagas Reis – mestrando em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras e Renato Bottrel – graduando em agronomia pela Universidade Federal de Lavras

Com a crescente necessidade de ser cada vez mais eficiente em relação aos processos produtivos, visto o aumento dos custos de produção, a utilização correta do conhecimento sobre a cultura em questão se torna imprescindível para a eficiência do processo produtivo.

Sendo assim, sempre que o valor econômico da cultura esteja em risco devido a ataque de pragas, doenças e plantas daninhas deve ser realizado intervenção como forma de reduzir os danos causados na mesma.

O uso da tecnologia de aplicação faz com que se tenha maior eficiência na utilização de defensivos, sendo que seu conhecimento proporciona a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade adequada, de forma econômica e com o mínimo de contaminação em outras áreas.

Sempre que necessário o controle, devem ser consideradas as seguintes questões:
- Qual o alvo biológico a ser controlado?
- Qual tratamento mais adequado?
- Como realizar uma aplicação eficaz?

Para um bom entendimento em relação às práticas adequadas a serem utilizadas, o conhecimento a respeito de alguns conceitos se torna necessário para a utilização correta das técnicas:

- Pulverização: processo físico-mecânico de transformação de uma substancia líquida em partículas ou gotas.
- Aplicação: deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequada.
- Regulagem do equipamento: ajustar os componentes da máquina em relação às características da cultura e produtos utilizados.
- Calibragem do equipamento: verificar a vazão das pontas, determinação do volume de aplicação e quantidade do produto a ser colocado no tanque.
Há uma relação direta entre o produto a ser aplicado e o pulverizador utilizado, sendo necessário o conhecimento destas interações para a utilização correta das técnicas adequadas, como será descrito posteriormente.

Agitação da calda
A primeira observação a ser realizada, é a verificação do sistema de agitadores se está funcionando corretamente. Em pulverizadores tratorizados a tomada de potência (TPD) deve trabalhar com rotação de 540 RPM, pelo fato de o sistema normalmente ser dimensionado para esta rotação.

A não utilização da rotação adequada faz com que a calda não seja revolvida adequadamente e não se tenha o retorno correto da calda devolvida ao tanque, podendo interferir na eficácia do produto utilizado. Formulações pó-molhável e suspenção concentrada contêm partículas sólidas em suspensão que tendem a se depositar no bundo do tanque de pulverização. Isso faz com que se tenha aplicação desuniforme do produto quanto à dose por área.


Utilização de filtros corretos
A malha do filtro utilizado deve ser adequada em relação ao produto que se está sendo aplicado junto à calda de pulverização. Filtros de malha inferior ao tamanho da partícula faz com que estas ficam retidas, formando uma pasta que o bloqueia com frequência. Esse fato faz com que seja necessária a limpeza constante, reduzindo o tempo útil de trabalho e aumentando os riscos de contaminação pelo operador.

Misturas de tanque de suspensão concentrada ou pó-molhável com adjuvantes oleosos pode potencializar o problema, visto que a coalizão entre as partículas pode resultar na união entre duas de pó e uma de óleo.
Podem-se verificar estas interações conforme a figura seguinte.



Volume de pulverização
Não há um volume de calda pré-estabelecido, sendo este dependente de fatores como o alvo desejado, tipo de ponta utilizada, arquitetura da planta e tipo de produto a ser utilizado.

Por motivo econômico deve-se utilizar o menor volume indicado por hectare, como forma de intensificar a capacidade operacional.

Tamanho de gotas
A ponta de pulverização não produz apenas um único tamanho de gota, variando sim a proporção entre elas.

Gotas grandes (>400µm) são menos arrastados por derivas e apresentam menores problemas por evaporação até o alvo. Em contrapartida as mesmas possibilitam menor cobertura da superfície tratada e menor concentração de gotas por cm², também apresentam menor capacidade de absorção pela cultura e maior escorrimento superficial foliar.

Gotas médias (200-400µm) possuem características intermediárias entre gostas grades e pequenas. São indicadas quando não há recomendação de tamanho de gostas na bula do produto de forma a minimizar as chances de erro.

Gotas pequenas (<200µm) são mais arrastadas pela deriva e apresentam problemas com evaporação até o alvo. Em contrapartida possibilitam maior cobertura da superfície tratada e maior concentração de gotas por cm², também apresentam maior capacidade de absorção pela cultura e menor escorrimento superficial foliar.

O tamanho de gota a ser empregado, em sua maioria, está descrito junto a bula do produto a ser utilizado visando maior eficiência do mesmo.

Pontas de pulverização
A ponta de pulverização se caracteriza pelo componente do bico responsável pela formação de gotas.

As pontas de pulverização são classificadas em função da energia utilizada para formação das gotas. Em aplicações agrícolas, as pontas hidráulicas são as mais utilizadas. Nelas o líquido sob pressão é forçado através de uma abertura, fazendo com que o mesmo se espalhe, desintegrando em gotas de diferentes tamanhos.

Vários são os modelos de pontas de pulverização, sendo que cada uma apresenta características únicas; fazendo com que a escolha adequada influencie na eficiência da aplicação.

Os principais modelos de pontas são:
- Pontas de jato plano: podem ser de jato tipo leque ou de impacto, produzem jato em um só plano, sendo indicada para alvos planos como solo, parede e culturas como soja.
- Pontas de jato cônico: compostas por dois componentes denominadas de ponta (discos) e núcleo (difusor, caracol, espiral). Podem ser de dois tipos: cone cheio e cone vazio.

São utilizadas na pulverização de alvos irregulares, como folhas de uma cultura.

Influência climática
Alguns fatores podem influenciar no momento da pulverização como vento, temperatura e umidade relativa.

As condições que limitam esses fatores são:
- Umidade relativa do ar: mínima de 55%;
- Velocidade do vento: 3 – 10 km/h;
- Temperatura: abaixo de 30ºC.

Seguindo as técnicas adequadas de aplicação se tem maior eficiência na utilização de defensivos agrícolas, obtendo sucesso no trabalho realizado.
_______________________________________________

Referência bibliográfica
Manual de tecnologia de aplicação/ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal. -- Campinas, São Paulo: Linea Creativa, 2004.
 

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WIDERBROW MOTTA

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/01/2015

De fato!

Ótimo artigo!

É necessário que tenha uma aproximação maior entre produtor e quem faz a assistência técnica ao mesmo...temos muito vendedores, assistentes e assessores técnicos preparados    temos pouco, para capacitar o agricultor e o operador.
VINÍCIUS TEIXEIRA LEMOS

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 13/01/2015

Excelente artigo Estevam Reis e Renato Bottrel! Parabéns!
ÉLDIO FELICIO BASSO

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/01/2015

Informações como está, que nós produtores precisamos ter no dia dia no campo, muito bom.
ADONIS CERRI

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/01/2015

Produtor de café - Gostei, com essas orientações com certeza nós vamos fazer um trabalho melhor.   Com a falta de chuvas constantes está aparecendo mais  doenças, principalmente bicho mineiro no meu cafezal.  

Parabéns.
RONALDO SOUZA MORAIS

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/01/2015

Boa tarde a todos.

Quando você consegue reunir todas essas técnicas de aplicação de defensivos agrícolas,

você está trabalhando com toda segurança para o meio ambiente. Os problemas maiores estão na assistência técnica (uma verdadeira bomba) e na escolaridade (cultura) do empresário e do tratorista( aplicador), como são conhecidos por aqui.

  
ELIS REGINA DE OLIVEIRA

GOIÂNIA - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 09/01/2015

A visão ambiental poderia permear os textos, com contribuições preciosas, independente das questões ideológicas, com vista de fato a ampliar a visão do produtor.
ESTEVAM REIS

CARMO DA CACHOEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/01/2015

Prezado Márcio, o ideal é temperatura de no máximo 30 graus. No caso informado, umidade relativa de no mínimo 55% e velocidade do vento entre 3 a 10 km/h.
JOSÉ TADEU DANTAS LEITE

CAMPOS ALTOS - MINAS GERAIS

EM 08/01/2015

   Artigo muito bem elaborado. Precisamos de informações Técnicas que nos venham auxiliar em nossas atividades cotidianas.
MARCIO CESAR RODRIGUES DOURADO

CAPELINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/01/2015

Temperatura abaixo de 30ºC, limita?
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/01/2015

ARrtigo excelente, muito bom.

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